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Paraná pode ter 30 mil casos de coronavírus no pico da epidemia, diz secretário da Saúde

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Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, participou de sessão da Assembleia Legislativa para explicar aos deputados os efeitos e medidas que estão sendo tomadas para conter a pandemia (Foto: Dálie Felberg)

O Paraná deve ter dez mil casos de Covid-19 no pico da epidemia, mas se prepara caso esse número chegue a 30 mil, afirmou ontem (24) o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, em sessão da Assembleia Legislativa para explicar aos deputados os efeitos e medidas que estão sendo tomadas pelo Estado para conter a pandemia.

“Para isso, contamos com 200 leitos de (Unidades de Terapia Intensiva, UTIs) a mais para o caso da epidemia chegar a 40 dias. Se a situação ultrapassar esse período, temos condição de contratar até 600 novos leitos”, afirmou ele.

Dos dez a 20 mil casos previstos para o Paraná, segundo os estudos do Ministério da Saúde, Beto Preto esclareceu que 85% devem ser leves. Dos 15% restantes, dois terços vão precisar de tratamento em enfermaria e um terço de internamentos. “Sãos esses 15% que nos preocupam e o nosso esforço é para atendê-los da melhor forma, evitando os casos de mortalidade entre os grupos de risco”, disse.

O secretário afirmou que o Paraná está ainda no início da curva de crescimento da pandemia. “Eu acho que nós ainda estamos longe de alcançar o pico. O ministro (da Saúde, Luiz Henrique) Mandetta esta semana falou em 15 de abril. Eu acho que nós, no Paraná, se conseguirmos passar esse pico um pouco mais para frente, e não deixar ele muito agudo, e trabalhar para o achatamento dessa curva é cabível que nós possamos passar por um período de menor dificuldade, menor perda de vidas humanas do que outros Estados”, avalia. “Mas ainda estamos no início do processo. É a ascensão da curva ainda. Epidemiologicamente falando ela ainda vai ter muito para crescer. Na verdade a curva está aumentando”, apontou.

 

Planos

Como se trata de uma pandemia, Beto Preto diz que não é possível trabalhar com números exatos. Mesmo assim, se mostrou confiante. São três planos diferentes em caso de uma crise aguda: 200 novos leitos de UTIs e 300 de enfermaria em um primeiro momento; em um segundo estágio, com 350 leitos de UTIs e outros 500 leitos de enfermaria; e, se houver um pico mais alto, existe a possibilidade, de acordo com o secretário, de 600 leitos de UTIs mapeados e contratados da rede de hospitais privados, filantrópicos e próprios exclusivamente para o enfrentamento ao coronavírus.

 

Testes

Questionado pelos deputados sobre a aquisição de testes rápidos e a falta de equipamentos como máscaras para profissionais da saúde, o secretário afirmou que o Estado está adquirindo 100 mil testes da Fundação Oswaldo Cruz, além dos que são produzidos no Paraná. “Com relação às máscaras e insumos, infelizmente as empresas não têm cumprido prazos e a procura tem sido muito alta. Só em Curitiba, houve um acréscimo de 200% na utilização de máscaras em dez dias. Estamos tentando resolver essas questões trabalhando em várias frentes”, respondeu, ele, lamentando que uma caixa de máscara que custava em torno de R$ 5 hoje está custando R$ 200.

 

Casos

Segundo o boletim divulgado na terça-feira, são 2.500 casos notificados até o momento. Ao todo, 1.844 suspeitos e 70 confirmados. Foram descartados 197 casos. Dez destes casos foram contabilizados nas últimas 24 horas em Curitiba (6), Telêmaco Borba (1), Paranavaí (1), Cascavel (1) e um caso de paciente residente fora do Estado (Brasília). Os pacientes são sete mulheres e três homens com idades entre 23 e 70 anos. Metade das confirmações vem de pessoas que estiveram em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Dubai e Itália.

(Bem Paraná)

 

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