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Padre Sérgio Rodrigues fala das sequelas e da sua realidade pós-Covid: “Estou vendo a vida com outros olhos”

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Padre Sérgio: "Tenho um 'zumbido no ouvido', preciso fazer tratamento para recuperar a audição do ouvido esquerdo; início de trombose na perna. Faço fisioterapia, tomo remédios e tenho cuidados com a alimentação. Por causa do período longo de internamento e sedação fiquei também com uma anemia. A imunidade precisa também ser recuperada"  (Foto: Divulgação)

Recuperando-se das sequelas causadas pela Covid-19,  o padre Sérgio Augusto Rodrigues, pároco designado para a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marechal Cândido Rondon, comenta como está sendo esse período de recuperação, depois de passar dias internado, na UTI e ser intubado por complicações da doença.

“Fiquei um período internado, depois fui sedado, depois mais um período no hospital e na sequência o médico deu alta para continuar o tratamento em casa. Continuo essa fase de recuperação das sequelas que ficam em função da Covid-19 e que muitos acham que é uma brincadeira, uma gripezinha, que é algo simples. Graças a Deus alguns não têm sintomas ou apresentam sintomas leves e, tratando em casa, conseguem se recuperar. Mas nem todos conseguem. Foi o meu caso. Tive que ficar internado, sedado para poder me recuperar. Agora estou me recuperando das sequelas. Graças a Deus não são sequelas graves. O pulmão está bem, o rim, o coração também. Não perdi o paladar nem o olfato. Ficaram algumas sequelas, como questões pulmonares, a força pulmonar, a respiração. Também tenho um ‘zumbido no ouvido’, que é um dos tratamentos que tenho que fazer para recuperar a audição do ouvido esquerdo; tive início de trombose na perna pelo tempo que fiquei parado, mas também estou em tratamento. Faço fisioterapia, tomo remédios e tenho cuidados com a alimentação. Por causa do período longo de internamento e sedação, fiquei também com uma anemia. A imunidade precisa ser recuperada. Então, são sequelas que eu considero pequenas diante do quadro que eu passei. Agora é seguir os tratamentos para recuperar minha condição física para poder retornar às atividades”, salienta o padre.

O religioso falou também sobre como vivenciou esse período todo, sem ter contato com as pessoas, porém, sabendo que todos estavam unidos, rezando para a sua recuperação. “Quem passa pela experiência de estar internado, mesmo que sedado, não tendo consciência é uma situação muito difícil e quem está ao redor. Eu acho que são as pessoas que mais sofrem porque elas têm consciência do que está acontecendo e esperam sempre uma notícia positiva. Alguns conseguem essa graça, de retornarem; a família também, de acolher novamente a pessoa que se recuperou. Alguns não têm essa possibilidade e por esse Brasil afora a gente vê assim, tantos relatos de experiências boas de quem conseguiu vencer e de pessoas que acabaram vindo a falecer. Então, acho que esse momento é de reflexão, é momento da gente nos unir a Deus em oração e contar com apoio das pessoas que estão ao nosso redor pra superar esse momento de dor”, considera.

Por fim,  o padre manifesta estar muito agradecido pelas orações e pela força recebida de todos que torciam pela sua recuperação. “Quem passa por essa situação passa a ver a vida com outros olhos. Fico feliz, agradecido por tantas pessoas que estiveram unidas à gente. O carinho das pessoas, a atenção, a oração para que a gente pudesse se recuperar e, assim, como a gente recebe essa força, orações, não podemos esquecer de tantos que já passaram por isso, se recuperaram; e outros que, talvez, não tenham conseguido superar a doença e, quantos que estão internados ou em casa, lutando com essa doença. Fico feliz por tantas pessoas que torceram, que rezaram e que precisam também das nossas orações. Isso foi fundamental para o retorno nessa fase”, afirma.

Padre Sérgio continua seu processo de recuperação e, em conversa com a reportagem do O Presente, revelou que ainda não há data definida para sua vinda à paróquia rondonense, uma vez que depende de sua completa recuperação para que isso aconteça.

 

 

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