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Presos recusam comida da cadeia e dezenas de marmitas terminam no lixo em Umuarama

Segundo a polícia, detentos preferem alimentos enviados pela família; Depen diz que descarte é feito por questões sanitárias

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Cerca de 90 marmitas distribuídas na Cadeia Pública de Umuarama, na região noroeste do Paraná, foram rejeitadas pelos presos e descartadas na quinta-feira (11). Isso porque os detentos preferem as comidas enviadas pelos familiares, conforme a polícia.

Cada marmita continha arroz, feijão, carne de boi e salada e custa R$ 4,58 aos cofres públicos. A comida tinha sido entregue para a janta de quarta-feira e foi jogada fora porque, segundo a polícia, não pode ser reaproveitada.

Por dia, entre almoço e janta, são entregues aproximadamente 400 marmitas para os 200 detentos da cadeia da cidade e, de acordo com o delegado de Umuarama, Osnildo Lemes, o descarte ocorre diariamente.

“Essa situação existe desde que existe a carceragem, desde que existe o preso. Os presos dispesam as [marmitas] fornecidas pelo Estado para consumir as que os seus familiares oferecem”, explica.

Ainda de acordo com ele, a situação se repete em todo o Paraná. “Obrigar o preso a comer não tem como”, afirma.

Osnildo revela também que, por lei, não dá para doar as marmitas que sobram. “Elas podem estar deterioradas em razão do tempo decorrido entre a entrega na cadeia, a recusa pelo preso e o recolhimento por uma entidade de caridade”, acrescenta.

Em nota, a Polícia Civil, informou que uma reunião entre polícia e o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) será realizada para identificar a quantidade necessária de marmitas aos detentos.

O Depen disse que não há desperdício, que alguns presos preferem comer a comida levada pelos familiares e que, assim, as marmitas que sobram são descartadas por questões sanitárias.

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