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Municípios Triunfo do projeto

Primeira usina híbrida de biogás e energia fotovoltaica em grande escala do país é inaugurada em Ouro Verde do Oeste

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(Foto: Divulgação)

Os geradores foram ligados pelo governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior e, oficialmente, a 1ª usina híbrida de biogás e energia fotovoltaica em grande escala do país, da empresa EnerDinBo, entrou em funcionamento nesta quinta-feira (29). Uma cerimônia marcou o início das atividades na Fazenda Britânia, no município de Ouro Verde do Oeste, e, além do Governador, contou com a presença do secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, produtores rurais e várias autoridades políticas e empresariais.

Nos discursos foi destacada a transformação significativa nos âmbitos ambiental, social e econômico possibilitada pelo novo empreendimento. O triunfo do projeto é o uso de dois tipos de captação de energia: por placas solares durante o dia e por biogás durante a noite. O biogás é gerado a partir de dejetos de suínos de 40 propriedades da região e que, até então, não tinham destinação adequada. Assim, a usina cumpre uma importante missão, transformando o problema em energia. “Esses dejetos quando não são tratados vão para o solo e chegam ao lençol freático poluindo a água. Além disso, com esse processo correto, a gente elimina vetores, moscas, qualquer bicho que possa estar vinculado aos dejetos, além de possíveis patógenos. Fora a diminuição do odor forte, motivo de reclamação constante”, declara Thiago González, diretor técnico da EnerDinBo.

O governador do Paraná visitou toda a estrutura da usina e destacou a relevância do investimento como mais uma prova da preocupação do estado com o meio ambiente. “Essa usina é o selo de garantia da sustentabilidade da agricultura paranaense. É de extrema importância que a iniciativa privada possa colaborar com iniciativas como essa para que o mundo veja o quanto somos fortes no agronegócio, mas também somos comprometidos com os recursos naturais”.

Representando os suinocultores, o produtor Delmar Koeller demonstrou a gratidão do setor com a novidade. Além de terem a possibilidade de ampliação do número de animais sem se preocupar com os dejetos, eles ainda recebem gratuitamente adubo orgânico do que sobra da geração de energia. Para o município em que a unidade está instalada também há vários benefícios, que foram elencados pelo prefeito, Aldacir Domingos Pavan. O empreendimento garantirá o aumento de 50% das arrecadações de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para Ouro Verde do Oeste. A energia gerada também deverá arrecadar R$ 6 milhões do imposto.

O início das atividades recebeu a bênção do Padre Reginei José Modolo, mais conhecido como Padre Zico, momento que arrancou lágrimas de um dos membros do grupo empresarial T2D, investidor da usina, Valdinei Silva. “Eu me emociono porque, entre os nossos negócios, esse é um que já começamos fazendo o bem, mudando um cenário, ajudando a natureza. Gosto de destacar uma frase que tem nos movido: a usina é o nosso presente para a humanidade. Desejamos que esse seja o início de uma história de muitas conquistas para nós, para os produtores e para a sociedade em geral”, conta.

 

COMO FUNCIONA?

A equipe da usina vai até a propriedade e coleta os dejetos dos suínos sem custo. Já na usina, é feita a separação da fração líquida e da fração sólida. Depois, os resíduos entram nos chamados biodigestores que são ambientes sem a presença de oxigênio e ali o material passa por quatro fases até chegar ao produto final: biogás com 65% a 70% de metano, 25% a 30% de gás carbônico e demais gases como oxigênio e nitrogênio. “O que a gente almeja é essa concentração maior de metano, que potencializa a geração da energia elétrica”, explica Thiago González.

A luz solar e o biogás produzem energia que é injetada na rede de distribuição da Copel, Companhia Paranaense de Energia, e distribuída para usuários de todo estado que têm alto consumo energético. Só os dejetos de suínos são capazes de gerar hoje 1 megawatt/hora, o que é suficiente para abastecer cerca de 2.500 residências. A intenção é ampliar a produção para 2,5 megawatt/hora, para alcançar até 6 mil residências. A distribuição é feita pela Energia das Américas (EDA), criada para que a energia chegue aos cooperados. CNPJ’s com contas que têm mais de R$ 1 mil de custo mensal com energia estão sendo atendidos de forma prioritária.

 

Com assessoria

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