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Municípios Safra 2018/2019

Produtores iniciam plantio de soja com o “pé direito”

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Fotos: Carina Ribeiro/Copagril

Diante da abertura oficial da janela de plantio no Paraná e das previsões de chuva para o Oeste, os produtores da região estão aproveitando para realizar a semeadura da soja para a safra 2018/2019.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Copagril, Marlon Lucas, esse ano está favorável para os trabalhos de plantio de soja, tendo em vista que o período de semeadura foi antecipado no Paraná e que há condições de implantar as lavouras já no início da janela. “No ano passado houve atraso no plantio da soja devido ao clima, o que implicou na demora no plantio de milho safrinha. Porém, agora a semeadura está ocorrendo em uma época considerada ideal”, ressalta.

A previsão de chuva é outro ponto considerado relevante, menciona o técnico. O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) prevê precipitações para hoje (14) e amanhã (15). “Caso essa chuva se confirme, favorecerá a germinação das sementes, o que é muito importante para a largada da safra”, avalia Lucas.

Dentro do planejamento agrícola dos associados, diz ele, também está, desde já, a preocupação com a implantação da cultura de milho para a segunda safra. “Se houver condições favoráveis na safra verão será possível plantar milho entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, o que é a intenção de todo produtor”, comenta o agrônomo.

 

BOAS EXPECTATIVAS

A família Lengert, que é associada à Copagril, deu início aos trabalhos de plantio na tarde de quarta-feira (12), em uma área localizada na Linha Guavirá, em Marechal Cândido Rondon.

De acordo com Horst Arno Lengert e o irmão Eldevir Lengert, o objetivo da família é escalonar a semeadura nas diferentes áreas que serão cultivadas, conforme o ciclo da cultivar escolhida. “Para essa primeira lavoura escolhemos uma variedade intacta e de ciclo mais longo”, afirma Horst, que cultivará três cultivares diferentes.

Indagado sobre os investimentos e expectativas da família, ele afirma que são relativamente equilibrados. “Nosso investimento nas lavouras varia entre médio e alto. E nossa previsão é colher entre 150 e 160 sacas por alqueire, considerando as diferentes características das áreas que cultivamos”, revela Horst.

 

REGIÃO OESTE

A perspectiva do produtor rondonense é condizente com a do Departamento de Economia Rural (Deral), escritório regional de Toledo. Segundo o órgão ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a previsão inicial é de que nos 20 municípios da regional a produtividade da safra 2018/2019 alcance 151 sacas por alqueire (3.750 quilos). Só em Marechal Rondon 31,5 mil hectares devem ser cultivados com soja, de acordo com o órgão.

Conforme o técnico do Deral, João Luis Raimundo Nogueira, essa previsão supera a produtividade alcançada na safra anterior, que foi consolidada em 142 sacas por alqueire (3.532 quilos). “A perspectiva de aumento nessa nova safra que está sendo implantada leva em consideração dois fatores: a previsão de aumento de área cultivada e o plantio antecipado em relação à safra anterior, quando a maioria dos produtores só conseguiu plantar soja no fim de setembro, por falta de chuva”, rmenciona.

Enquanto na safra passada foram cultivados 480.820 hectares, para esta que está sendo implantada a perspectiva é que a soja ocupe uma área de 482 mil hectares. “É um momento favorável, pois com a ‘guerra’ entre China e Estados Unidos a soja brasileira fica mais competitiva no mercado mundial. Além disso, o produto está com liquidez no mercado, a safra anterior foi boa, os preços estão em bons níveis e o produtor está capitalizado”, explana Nogueira. “Com esse cenário inicial positivo, a partir de agora é só torcer para que o clima favoreça as lavouras, para que as expectativas se confirmem”, enaltece o profissional do Deral.

 

CONDIÇÃO FAVORÁVEL

De acordo com o técnico Paulo Oliva, a estimativa era de que 8% da área dos 20 municípios da regional já havia sido semeada com soja desde a última sexta-feira (07) até quarta-feira. “Ano passado a expectativa em relação à colheita foi frustrada devido às chuvas torrenciais de outubro e novembro, especialmente em janeiro, o que reduziu a produtividade”, pontua. “Alguns especialistas falam em 70% a 80% de registro do fenômeno El Niño, o que deve reverter em um ano com melhor condição de chuvas em toda a região, com a tendência de favorecer o aumento no desempenho do agronegócio. A condição é de haver uma safra muito boa e de ótima qualidade nos grãos”, assinala.

 

 

Agricultor Horst Arno Lengert: “Nosso investimento nas lavouras varia entre médio e alto. E nossa previsão é colher entre 150 e 160 sacas por alqueire, considerando as diferentes características das áreas que cultivamos” (Fotos: Carina Ribeiro/Copagril)

 

O Presente/Com assessoria

 

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