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Professor do campus rondonense será pró-reitor de Graduação da Unioeste

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Professor doutor Eurides Küster Macedo Júnior, escolhido pró-reitor de Graduação: “Em conjunto com as instituições desejamos desenvolver ações para ter formas de investimentos visando estruturar mais especialmente os cursos de graduação voltados à questão específica do ensino” (Foto: Joni Lang/OP)

O professor rondonense Eurides Küster Macedo Júnior, que atualmente ocupa a função de diretor do Núcleo de Estações Experimentais do campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em Marechal Cândido Rondon, foi escolhido para ocupar o cargo de pró-reitor de Graduação na gestão de Alexandre Webber e Gilmar Ribeiro de Mello (2020/2023). Webber e Mello serão empossados reitor e vice-reitor da Unioeste, respectivamente, no dia 16 de janeiro, em evento que vai acontecer na cidade de Cascavel.

Macedo é engenheiro agrônomo formado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESc), com mestrado na área de Engenharia agrícola pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Minas Gerais, com ênfase em irrigação e drenagem. É doutor na área de Agronomia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, também com ênfase em irrigação e drenagem.

O agrônomo iniciou os trabalhos como professor no campus rondonense da Unioeste no ano de 1997 no curso de Graduação em Agronomia, tendo atuado no Mestrado e Doutorado em Agronomia. Entre outras ações, exerceu por três mandatos a coordenação do curso de Agronomia, além de ter sido diretor do Centro de Ciências Agrárias.

“Tive a oportunidade de atuar como pró-reitor de Graduação da Unioeste na gestão do então reitor Alcibíades Orlando. É gratificante ser convidado a exercer o cargo devido aos novos desafios em virtude do crescimento da instituição no decorrer deste período e uma oportunidade de representar o campus local na gestão da Universidade”, declarou Macedo ao O Presente.

Em entrevista à reportagem, ele falou sobre como pretende trabalhar para implantar ações que tragam maior projeção e maior qualidade à graduação na Unioeste e enalteceu a intenção do reitor eleito de desenvolver um trabalho conjunto com os cinco campi e de preencher as vagas ociosas da universidade. Confira.

 

O Presente (OP): O que representa para o senhor e para o campus de Marechal Cândido Rondon o convite para atuar como pró-reitor de Graduação da Unioeste?

Eurides Küster Macedo Júnior (EKMJ): Para mim, é uma honra aceitar o desafio de ocupar esta função na carreira profissional, o que significa um crescimento bastante marcante. Para o campus rondonense, por sua vez, é uma forma de ter representação diretamente na Reitoria.

 

OP: De que forma pretende conduzir os trabalhos à frente da Pró-reitoria de Graduação?

EKMJ: Vamos trabalhar de acordo com as diretrizes que a nova gestão está desenvolvendo, buscando atender as demandas da instituição como um todo desde o acesso às questões relativas à permanência, questão de ocupação das vagas, enfim, de todos os trabalhos que envolvem a Reitoria de forma completa e todos os trabalhos o mais próximo possível com as direções de campus, diretores de centro e coordenadores de curso, bem como envolvendo as representações dos estudantes.

 

OP: O senhor acredita que a boa relação do diretor reeleito do campus rondonense, Davi Félix Schreiner, com o reitor eleito Alexandre Webber vai contribuir para novos e importantes projetos voltados ao campus local?

EKMJ: Acredito que sim. Nessa gestão que se encerra os cinco diretores de campi trabalharam de forma unida, desde a busca de recursos, se comprometeram a sanar problemas comuns aos campi, viajaram a Curitiba e Brasília para trazer recursos e viabilizar a aprovação de projetos. Foi um trabalho em que um auxiliou o outro, portanto, embora tenham diferentes bagagens, esses professores se somaram e socializaram o conhecimento na parte administrativa. Isso foi positivo e auxiliou para haver essa proximidade.

 

OP: Qual a expectativa em relação à nova gestão da Unioeste? Que mudanças e novidades podem ser esperadas nos próximos quatro anos?

EKMJ: As expectativas são muito boas. Acredito que o trabalho a ser desenvolvido deve acontecer com o intuito de envolver toda a instituição. Passado o processo de escolha, a ideia é trabalhar a instituição de forma ampla e ter algo mais próximo principalmente da atuação dos diretores de campus.

 

OP: De que forma pretende-se implantar a proposta do reitor eleito Alexandre Webber de integrar os cinco campi?

EKMJ: Nós temos nos conselhos superiores já estabelecida a normatização da instituição com a participação dos diretores de campus. Além disso, a ideia é que se desenvolva um trabalho conjunto, sempre voltado para todos os campi. Vamos tratar a instituição como um todo e não um campus de forma isolada. Contemplaremos os cinco campi, o Hospital Universitário, entre outros.

 

OP: Uma problemática observada há algum tempo diz respeito a cursos que não preenchem o número de vagas ofertadas. De que maneira a Unioeste trabalha essa questão das vagas ociosas? Pode-se esperar ações diferentes neste sentido na nova gestão?

EKMJ: Estes são casos pontuais. A forma de acesso na Unioeste vem sendo ampliada, atingindo percentuais próximos de 100%, porém em outros casos após o acesso, como período de efetivação das matrículas, tem ocorrido a não ocupação de algumas vagas, então, em conversas com a nova equipe e com a Pró-reitoria de Graduação, vamos tentar estabelecer mudanças desde a forma como computaremos o número de vagas para elevar o máximo possível a ocupação dessas vagas.

 

OP: Esta questão é preocupante também nos outros campi da Unioeste?

EKMJ: Constatamos que ocorre principalmente nos cursos com ofertas nos períodos diurno e noturno. Temos ideias em mente, vamos conversar com os diretores de centro e coordenadores de curso para apresentar propostas para que juntos pensemos sobre a melhor alternativa a ser adotada para combater esta questão das vagas ociosas.

 

OP: As vagas ociosas são observadas com maior frequência em determinados cursos ou é algo comum em todos os cursos?

EKMJ: A partir do trabalho desenvolvido pela Pró-reitoria, em conjunto com grupos que desenvolvem estudos em relação ao tema, observa-se que isso vem se repetindo faz alguns anos em alguns cursos. Então, a nossa proposta é tratar esses cursos com atenção especial para apresentar alternativas objetivando melhorar a ocupação de vagas. Nós temos as vagas aprovadas e elas são oferecidas, então, à medida que é ociosa, alguém que poderia não está ocupando esse lugar. Vamos definir formas de tentar oportunizar o acesso a mais pessoas e tentar verificar quais os principais motivadores para esta vacância. Já que existe a vaga, a instituição e a estrutura estão à disposição, nosso trabalho fica pautado em disponibilizar o acesso a mais pessoas.

 

OP: Os cursos de educação a distância (EAD) têm conquistado cada vez mais espaço nos últimos anos. O senhor acredita que a questão das vagas ociosas tem relação com isso, ou não?

EKMJ: É mais uma alternativa de educação. Permite mais acessos e maior democratização do ensino. Acredito que, se bem orientada, de maneira séria, é uma opção importante. Vejo com bons olhos por oportunizar o acesso à educação para a população. Não acredito que as vagas ociosas nas faculdades presenciais tenham relação direta com o crescimento do ensino a distância. Estamos democratizando cada vez mais e ampliando as formas de acesso, mas precisamos trabalhar cada vez mais as questões relacionadas à permanência, porque muitos alunos sentem dificuldade em continuar os estudos no Ensino Superior, então se tenta viabilizar isso pelo Restaurante Universitário, ou via moradias mais acessíveis. Também existe sistema de distribuição de bolsas na instituição para o aluno atuar nos projetos de ensino, monitorias, iniciação científica e trabalhos de extensão para que a permanência do estudante seja possível. A ideia é manter a política e ampliar e melhorar os valores que hoje são praticados.

 

OP: A Unioeste é referência no ensino, pesquisa e extensão. Programas de pós-graduação têm crescido e se destacado nos últimos anos. Como fazer para que graduação e pós-graduação se desenvolvam e se mantenham fortalecidas?

EKMJ: Precisa ser realizado um trabalho em conjunto entre as instituições, com proximidade maior junto à Superintendência de Ciência e Ensino Superior. O professor Aldo Bona, responsável pela superintendência, vem do sistema estadual, foi reitor da Unicentro, possui visão excelente da educação e sobre como o sistema deve transcorrer. Em conjunto com as instituições, desejamos desenvolver ações para ter formas de investimentos visando estruturar mais especialmente os cursos de graduação voltados à questão específica do ensino.

 

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