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Municípios Medida sanitária preventiva

Responsáveis por crianças não vacinadas contra pólio podem ser responsabilizados; ações começaram a ser aplicadas no Oeste do Paraná

Ao fim de campanha nacional, Paraná tinha vacinado 63% do público-alvo. Instituição recomendou que cada cidade avalie o número de cobertura local da vacina e defina ações

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(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Responsáveis por crianças que não receberam a vacina contra a poliomielite no Paraná poderão ser responsabilizados criminalmente, de acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR).

A instituição recomendou que cada município avalie o número de cobertura local da vacina e defina ações. A imunização protege contra a paralisia infantil.

No último dia da campanha nacional contra a poliomielite, 63,02% do público-alvo do Paraná tinha sido imunizado.

O promotor de Justiça Ângelo Mazzucchi Santana Ferreira explicou que, além de responder pelo crime de infração de medida sanitária preventiva, o responsável poderá responder também por crime contra a criança.

“Se ele não vacinar a criança, nós teremos como levar isso ao conhecimento das promotorias que atuam em crimes contra a criança. Se ainda assim resistir, podem ser adotadas outras medidas indenizatórias”, explicou Ferreira.

Em algumas cidades do Paraná, ações começaram a ser aplicadas. Em Cascavel, Santa Tereza do Oeste e Lindoeste, o Ministério Público pediu às Secretarias de Saúde os nomes das crianças que ainda não foram vacinadas contra a doença.

Cobertura de vacinação

A campanha contra a pólio busca alcançar crianças menores de 5 anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante, aplicado aos 2, 4 e 6 meses de idade via injeção intramuscular, e incentivar a aplicação da dose de reforço, que ocorre por meio da conhecida gotinha.

Até 30 de setembro, o Paraná precisava vacinar 229.321 crianças menores de 5 anos. A meta do estado era imunizar 620.050 crianças.

Em 2021 a vacinação contra a doença no estado atingiu cobertura de 79,7%, conforme informado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa).

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil não registra casos da pólio desde 1989. Em 1994, conquistou o certificado de eliminação da da doença, mas o vírus continua presente em outros países, aumentando a necessidade de medidas preventivas.

Mesmo com o término da campanha, prefeituras que ainda possuem doses remanescentes seguiram com a aplicação.

Com G1

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