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Safrinha deve ter quebra de 15% a 20% na produção

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Produtividade pode chegar em 200 sacas por alqueire em algumas localidades da região. Próximo relatório do Deral será divulgado segunda-feira (21) (Foto: Mirely Weirich/OP)

 

Depois de os pluviômetros da região não registrarem rastros de nenhum pingo de chuva desde o dia 1º de abril, a madrugada da última sexta-feira (11) começou acumulando água nas ruas de Marechal Cândido Rondon.

Nas duas chuvas que caíram na sexta-feira, os medidores somaram 22 milímetros no município. Todavia, os 40 dias sem ver a água caindo do céu é alívio não apenas para quem sente os reflexos negativos do tempo seco prolongado na cidade, mas principalmente para os agricultores, que já estavam apreensivos acerca da produtividade da safrinha de milho deste ano.

Conforme a engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) de Toledo, Jean Marie Ferrarini, o período de estiagem na região afetou o potencial produtivo das áreas plantadas, pois o milho já estava na fase de floração e frutificação. “Mas isso não leva a uma perda total das áreas”, reforça.

 

Relatório Deral

Dos 20 municípios da área de abrangência do Deral de Toledo, a engenheira agrônoma diz que ainda não há estimativas de perda, tendo em vista que os trabalhos serão realizados nesta semana e que o próximo relatório será divulgado apenas na próxima segunda-feira (21). “Temos que observar, porém, que a previsão foi otimista para uma safra que já começou com atraso, então podemos trabalhar com número de perda. Um produtor ou um município pode ter mais perda que o outro, mas a região, como um todo, não terá uma grande quebra”, afirma.

Conforme a previsão do Deral, em Marechal Cândido Rondon, a estimativa era de que fossem semeados 24,5 mil hectares de milho, com previsão de colheita para 5,8 mil toneladas. Já para a região de abrangência do Deral de Toledo, são 423 mil hectares semeados e 2,4 milhões de toneladas para expectativa de colheita.

Jean Marie avalia que o estande do milho foi excelente se comparado a outros anos, permitindo uma boa formação da cultura mesmo com o atraso no plantio. “Essa falta de chuva foi ruim, porém o calor e o sol fizeram algo que os produtores não esperavam: adiantou a fase do milho. Normalmente o milho fica estagnado por conta da chuva e o frio, mas como fez calor o milho entrou em floração e frutificação antes do esperado e de certa forma isso foi positivo”, sinaliza, observando que para esta semana há previsão de nova chuva para a região.

 

Preço

Outro ponto citado é a questão do preço do milho. Na safrinha do ano passado, a saca estava sendo comercializada a R$ 20. Já neste ano está em patamares acima de R$ 30. “Essa diferença de preço compensa a diminuição de produtividade. Não é boa, mas compensa para o produtor”, complementa Jean Marie.

 

Índice de chuva de sexta-feira (11)

Entre Rios do Oeste       20.5 milímetros

Marechal Cândido Rondon     22 milímetros

Mercedes        20 milímetros

Pato Bragado  35 milímetros

Quatro Pontes 13 milímetros

Bom Jardim     42 milímetros

Iguiporã   20 milímetros

Margarida        16 milímetros

Novo Horizonte       18 milímetros

Novo Sarandi  17 milímetros

Novo Três Passos  17 milímetros

Porto Mendes 39 milímetros

São Roque      18 milímetros

 

Fonte: Agrícola Horizonte/Copagril

 

Semana tem previsão de frentes frias

A semana em todo o Paraná será de temperatura mais amena, com previsão de duas frentes frias que devem atingir todo o Estado, uma entre hoje (15) e amanhã (16) e outra entre sexta-feira (18) e sábado (19). Com isso, aumenta a possibilidade de chuvas tanto em praticamente todo o Paraná, informa o Simepar.

Há probabilidade de chover na sexta-feira e no sábado, segundo o Simepar.

 

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