Saúde de Pato Bragado reforça ações de prevenção como únicas capazes de controlar a Covid-19

No momento mais crítico da pandemia, em que a capacidade de leitos em unidades de terapia intensiva (UTIs) na região Macro Oeste do Paraná está no limite e o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus só aumenta, a vacinação é considerada a única solução para acabar com a transmissão do vírus. No entanto, as doses da vacina, que chegam de forma parcelada às unidades básicas de saúde do município, ainda estão longe de serem a solução para o problema.

Em vista disso, o clínico geral da ala Covid-19 da Unidade Básica de Saúde de Pato Bragado, Gabriel da Silva Fraga, diz que é de fundamental importância que todos sigam as medidas de prevenção e continuem usando a máscara, façam a higienização das mãos com água e sabão ou com álcool gel, além de manter o distanciamento social e os ambientes sempre arejados.

No caso de apresentar sintomas relacionados à Covid-19, como febre, tosse, fadiga, congestão nasal, coriza, dor de garganta, dor de cabeça, diarreia, cansaço ou dificuldade para respirar, a orientação do médico é de que a pessoa procure imediatamente o atendimento profissional por intermédio do número (45) 99969-4608.

O referido canal de comunicação é disponibilizado 24 horas pela Secretaria de Saúde de Pato Bragado para que a pessoa relate a sua situação, principalmente os sintomas. “Essa atitude evita que venha à ala Covid-19 e fique exposta ao contato com outras pessoas. Além disso, ela é direcionada da forma correta. Se é um caso suspeito, ele é orientado a comparecer diretamente à ala Covid, realiza sua consulta e, em seguida, é providenciado o isolamento e a notificação. Mas se não for um caso suspeito, por telefone foi possível evitar o contato com pessoas que podem estar contaminadas”, expõe o clínico geral.

DENGUE E COVID-19

A dengue é outra doença viral que apresenta sintomas parecidos com a Covid-19 e o aumento da incidência de casos suspeitos volta a preocupar a Secretaria de Saúde. O profissional explica que, por vezes, sua equipe também acaba fazendo a investigação das duas doenças. A dengue, segundo ele, apresenta sintomas voltados à dor de cabeça, dores no corpo, manchas e febre, praticamente sem interferência no sistema respiratório. “Mas tanto a Covid pode imitar a dengue, como a dengue pode imitar a Covid. Então é possível ter, por exemplo, casos típicos de dengue com tosse e também dores nas articulações, atrás dos olhos e muscular, e ser Covid-19. Então, infelizmente também ocorrem esses casos específicos em que é preciso investigar as duas doenças”, salienta.

 

 

 

Outra situação que acaba prejudicando o tratamento e controle dessas doenças, destaca Fraga, é o medo de ficar em isolamento. Preocupado com esse problema, ele aponta que nesse momento as pessoas não devem se preocupar com o isolamento, pois enquanto isso não acontece, correm o grande risco de contaminar as pessoas ao redor, inclusive familiares, e no caso de comorbidades na família, o problema pode se agravar.

 

JOVENS

Ele faz um apelo aos jovens, já que em torno de 35% das UTIs estão ocupadas por pessoas com menos de 35 anos, as quais, inclusive, já estão intubadas. “Os jovens, por acharem que seus sintomas são leves, imaginam que não têm nada a perder e pensam que não ocorre a necessidade de ficarem em isolamento. Essas pessoas se tornam disseminadores em grande escala da doença. E assim, além do risco que a própria pessoa se expõe, nesse tempo acabam contaminando o colega que vai para casa e que contamina a mãe e o pai, que podem ser hipertensos, diabéticos, com problemas renais ou outras comorbidades”, alerta.

Clínico geral da ala Covid-19 da Unidade Básica de Saúde de Pato Bragado, Gabriel da Silva Fraga: “Nesse momento em que o desespero e o medo de um colapso no sistema de saúde são enormes, as medidas de prevenção são a única solução para barrar o vírus” (Foto: Marili Koehler)

Com assessoria

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