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Municípios "É preciso renovação"

Servidor técnico da Unioeste oficializa pré-candidatura à direção do campus rondonense

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Pré-candidato a diretor do campus da Unioeste de Marechal Cândido Rondon, servidor técnico Emilson Nogueira Kaiser: “Está na hora de um técnico disputar um cargo que é efetivamente técnico” (Foto: Joni Lang/OP)

Servidor técnico do laboratório de informática da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) de Marechal Cândido Rondon, onde atua desde 1997, Emilson Nogueira Kaiser oficializou a sua pré-candidatura como diretor do campus rondonense.

Graduado em Administração, pós-graduado em Direito Penal e Direito Processual Penal, sendo atualmente acadêmico do 5º ano do curso de Direito, Kaiser diz que colocou o nome à disposição por entender que chegou a hora de haver uma alternância no poder e que um técnico deveria assumir o cargo que, segundo ele, é técnico. Confira a entrevista concedida ao Jornal O Presente.

 

O Presente (OP): O que motivou o senhor a se colocar como pré-candidato a diretor do campus da Unioeste de Marechal Cândido Rondon?

Emilson Kaiser (EK): Primeiro porque está na hora de um técnico disputar um cargo que é efetivamente técnico, ou seja, embora a legislação interna não proíba nenhum professor ou técnico de ser candidato, mas sendo um cargo técnico acho que é um técnico que deve ocupar essa função. Nós, técnicos, temos essa capacidade de exercer o cargo. Segundo, um professor com título de doutor fora da sala de aula, além do salário dele, tem mais um custo de contratar outro professor para substituí-lo enquanto estiver em uma atividade administrativa. Então, nesse aspecto é uma economia para os cofres públicos do Estado. No nosso caso não contrata outro técnico, não tem substituição e nem precisa, pois somos em três.

 

OP: Esta é a primeira vez que o senhor concorre a uma eleição na Unioeste?

EK: Concorri, como técnico, para o Conselho Universitário e, também, como acadêmico para o Conselho Universitário. Nas duas vezes eu tive a oportunidade de concorrer.

 

OP: Há quanto tempo está na Universidade?

EK: Estou na universidade desde 1997. Já são 22 anos.

 

OP: O senhor acredita que haverá quantas candidaturas à direção de campus?

EK: Eu acho que terá mais de duas. No mínimo duas, mas quem sabe três.

 

OP: O processo de alinhamento e articulações ainda está a todo vapor. O senhor já consegue visualizar quem serão os outros candidatos ou ainda está bastante indefinido?

EK: Está muito indefinido ainda pelo posicionamento dos pré-candidatos. Principalmente para reitor, em que a composição é mais lenta, envolve mais gente, para a tomada de decisão. Então acho que está longe da definição.

 

OP: O senhor já tem nomes escolhidos que deve apoiar à direção de centros no campus rondonense?

EK: Não, não conversei sobre apoio ainda. Como é uma pré-candidatura só vou iniciar as conversas sobre linhas de apoio daqui mais alguns dias. Primeiro tenho que tomar outras decisões quanto a reitor e candidatos do campus.

 

OP: Quais as suas principais propostas enquanto pré-candidato a diretor do campus rondonense?

EK: Primeiro é a transparência. Acho que temos uma gestão que não é muito transparente, principalmente abrir a caixa-preta do campus, que envolve a fazenda, recursos humanos. Tudo o que estiver incorreto, que não está claro, transparente, nós vamos levantar das últimas administrações.

 

OP: O senhor já tem conversando com acadêmicos? Como tem sentido a receptividade de sua pré-candidatura?

EK: A receptividade está sendo ótima. O pessoal está contente, porque, pela primeira vez, um técnico teve a coragem de se candidatar para o cargo. As pessoas estão bem empolgadas e isso é um diferencial para a campanha. Sempre só teve professor, mas muitos não os apoiam. Dessa vez temos um técnico pra concorrer a um cargo técnico, especialmente técnico.

 

OP: Qual o principal argumento que o senhor vai usar para convencer o “eleitor”?

EK: Primeiro argumento é que este grupo já está no poder há 30 anos. Acho que pelo bem da democracia deve ter renovação. Faz parte da democracia essa renovação, essa alternância de poder. Ou seja, quando o pessoal fica muito tempo no poder há um desgaste, há um processo que não se torna muito democrático.

OP: Em relação à Reitoria, há um pré-candidato do campus rondonense. O senhor pretende apoiá-lo?

EK: Não, eu não pretendo apoiar o candidato do campus. Ele nem conversou comigo ainda, mas andei conversando com o professor Edison Leismann, que é candidato do campus de Cascavel e que já solicitou apoio. Estamos conversando ainda.

 

OP: E esse alinhamento com Edison Leismann está definido ou eventualmente o senhor pode apoiar o atual diretor do campus de Cascavel, Alexandre Webber?

EK: Não, nesse primeiro momento eu estaria mais inclinado a apoiar o professor Edison Leismann.

 

OP: O senhor acredita que a consulta para reitor deve contar com as pré-candidaturas que estão postas ou pode surgir mais alguma?

EK: Acredito que deve surgir mais. Está bastante movimentado e eu sei que há pessoas se articulando.

 

OP: De forma geral, qual a sua expectativa para a eleição da Unioeste e em especial para o campus rondonense?

EK: Primeiramente espero que o pessoal compareça ao longo do processo, participe da escolha dos novos diretores, reitor e diretores de centros. Que seja uma campanha limpa, sem baixaria, dentro do princípio democrático e republicano que nós vivemos.

 

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