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Municípios Santa Terezinha de Itaipu

Teatro inova catequese e resgata crianças de município da região

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Fotos: Antonio Pitondo

Rua Vitório Corrente, 34, Conjunto Residencial Planalto. Esse é o endereço da solidariedade e da esperança para um grupo de crianças e adolescentes de Santa Terezinha de Itaipu que está há mais de dois anos aprendendo catequese por meio de peças teatrais.

“No início tentamos levar essas crianças até a igreja matriz, para os encontros, mas percebemos muita desistência. Foi então, que surgiu a ideia de ensinar catequese no bairro, de forma mais atrativa, para que eles sintam-se estimulados e a freqüência seja garantida”, informou a catequista voluntária, Sandra Dal Pont. A alternativa deu certo e em abril desse ano, sete crianças fizeram a 1ª Comunhão. O grupo, hoje composto por 14 crianças e adolescentes, segue se preparando para o crisma.

Os encontros acontecem todas as sexta-feiras, a partir das 18h30, na casa da família de Paulo e Aparecida Saltier (a Cida). Sensibilizada com o trabalho de resgate das crianças, Cida ofereceu a casa para que as aulas e os ensaios aconteçam. “O empenho deles nos comoveu. Ampliei a varanda e abro minha casa com muito amor para que essas crianças recebam um pouco da palavra de Deus”, disse Cida.

João Pedro, ator, que tem em seu currículo vários prêmios com peças teatrais, está unido com Sandra para ensinar voluntariamente, de forma lúdica. “O teatro encanta, envolve, torna o aprendizado mais leve. O ganho é de todos, mas principalmente de nós que, de forma despretensiosa, conseguimos levar um pouco de amor para esse grupo”, avaliou. Segundo João Pedro, a primeira peça denominada “O Auto de Natal” foi um sucesso, nas quatro apresentações. No momento, eles ensaiam o espetáculo teatral “O Socorro de Deus”, que será apresentado no dia 24 de agosto, na igreja matriz. “Vejo essa ação como o começo de algo maior. Sabemos que temos muito mais a fazer e muitos ainda a recrutar”, destacou.

Além dos encontros semanais, os integrantes da catequese participam nas terceiras sextas-feiras de cada mês, da leitura da liturgia na missa da igreja matriz. “É uma forma de envolvê-los com as outras crianças e estimular, aos poucos, a participação da família”, resumiu Sandra. E, na terceira semana de cada mês, uma família abre sua casa no Residencial Planalto para a realização da missa. “É a integração. Eles têm respondido aos nossos estímulos e nada poderia ser mais gratificantes”, avaliaram os voluntários.

 

Exemplo

Vitória Rodrigues Barbieri, 17 anos é um dos exemplos positivos de que se houver estímulo, os resultados aparecem. Ela é uma catequizanda auxiliar. “É muito mais divertido aprender com o teatro. Vejo que meus amigos gostaram da novidade e as faltas são cada vez menores. Todos temos prazer em ir para a catequese”, avaliou.

Rafael Felipe da Silva Viera, 13 anos, também é um entusiasta e declarou que quer se padre. “Eu fico contando os dias para a nossa catequese. Adoro participar e tenho convidado meus amigos para que venham e vejam o quanto é bom”.

 

Com assessoria

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