Municípios Fiscalização
Vigilantes da Gestão vai auditar projeto de consórcio do lixo do Oeste do Paraná
Depois de vários municípios se preocuparem com a possibilidade da criação de um consórcio para destinação do lixo das cidades do Oeste do Paraná e que áreas técnicas não estariam sendo consultadas, a Organização Não Governamental (ONG) Vigilantes da Gestão decidiu auditar o projeto e as medidas que serão tomadas pela administração de Toledo.
Segundo notícias de veículos de comunicação e publicações disponíveis nas redes sociais, o secretário de Meio Ambiente de Toledo anunciou a criação de um consórcio que receberá lixo de 32 municípios, o que representa mais de 300 toneladas para serem colocadas no aterro de Toledo; o local, no entanto, já estaria com problemas ambientais e com o limite esgotado para recebimento na célula atual.
VISITA À SECRETARIA
Na terça-feira (27), o presidente do Vigilantes da Gestão, Sir Carvalho, e um especialista em projetos ambientais estiveram na Secretaria Municipal de Meio Ambiente para levantar informações sobre o projeto anunciado. Os dois também visitaram o aterro, mas não foi possível fazer vistoria, pois segundo regras da prefeitura somente é permitido com agendamento prévio.
O escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Toledo também foi visitado, sendo que o chefe regional informou desconhecer o teor do projeto do secretário. Ele aguarda apresentação do mesmo para depois analisar se há viabilidade técnica para aprovação do órgão ambiental do Paraná.
“Vamos oficiar o prefeito municipal de Toledo para que forneça todos os dados técnicos do projeto, para depois fazer juízo de valor”, afirmou Carvalho, presidente da ONG. “Nas questões ambientais é preciso agir pelo princípio da prevenção, pois se ocorre um dano nunca mais o remédio é suficiente” reforçou.
ATUAÇÃO
O Vigilantes da Gestão, dentre outras frentes, vem há anos atuando nas prefeituras para orientar sobre a destinação correta do lixo, extinção dos lixões, remuneração digna dos catadores e a investigação de atos de corrupção em contratos de lixo.
“Diversos consórcios, não só de lixo, no Paraná, enfrentam problemas com a justiça, ações criminais impetradas pelo Ministério Público dão conta da grande preocupação com que a sociedade vê a possibilidade da criação de um consórcio sem fundamentação técnica, por isso vamos avaliar e esse for o caso subsidiar medidas para que a sociedade não corra risco”, finaliza Carvalho.
Com assessoria