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Marechal

Cresce procura por consórcio de imóvel em Marechal Rondon

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Cada vez mais rondonenses se rendem ao consórcio, mercado que segue em franca expansão no município, região e especialmente no Sul do país devido às vantagens em termos dos valores mensalmente pagos aos administradores e às reduzidas taxas de juros quando comparadas com a modalidade de financiamento. Ao passo que o financiamento tem média de 7,5% de juro ao ano, o consórcio de imóvel aplica taxa aproximada de 0,9% ao ano.

Se engana quem pensa que a linha mais tradicional, a de veículos, segue dominando a lista que também inclui serviços (viagens, cirurgias, entre outros). Embora tenha a maior quantidade de cartas, o consórcio de veículos (automóveis e motocicletas) ocupa a segunda posição em inúmeras administradoras, uma vez que os valores da carta de imóvel são mais expressivos do que de veículos. Mercado emergente, o segmento consórcio também está sendo explorado por instituições bancárias e de crédito.

Por outro lado, além do planejamento, há alguns cuidados a serem tomados quando a pessoa optar por esta modalidade de crédito. Um deles é pesquisar a idoneidade da empresa e os custos, já que há planos com 60 parcelas, 120 até 180 meses ou mais. Basta o lance certo no grupo para ser contemplado.

 

Lance Embutido

O empresário rondonense Leandro Zimmermann está entre os cidadãos que aderiram ao consórcio de imóvel. Ele optou por uma carta de R$ 250 mil intencionado em apresentar um lance já definido, que de maneira embutida se aproximou de 40% do total da carta de crédito. “Levei três meses, ofertei alguns lances até ser contemplado no mês de junho”, conta.

O jovem, que é casado e pai de um filho, comenta que o plano é construir uma boa residência à sua família. “Eu e minha esposa já tínhamos o terreno, então o trâmite foi rápido após sermos contemplados. Não houve imprevisto, sendo que o projeto arquitetônico e a busca de um profissional para realizar o serviço levaram um pouco mais de tempo”, menciona.

Segundo ele, a construção foi iniciada há três meses e a expectativa é de que a família passe a residir no imóvel em meados de julho ou agosto.

Se a gente analisar, a taxa empregada no consórcio é menor do que no financiamento. No nosso caso foi optado por um prazo menor, então a parcela ficou um pouco maior, sendo a preferência pela rapidez de quitação. Nós temos cerca de 60 parcelas para pagar de um imóvel que geralmente as pessoas optam por 120 a 200 meses. Eu indico o consórcio, seja de imóvel ou outra espécie para outras pessoas, mas quem se interessar precisa pesquisar a empresa, o profissional, além dos valores e a quantidade das parcelas”, pontua.

 

Setor Destaque

Conforme o sócio-proprietário da empresa Braatz Consórcios, Carlos Braatz, o consórcio vem se destacando há muito tempo, mas se fortalece no Sul justamente porque as pessoas estão habituadas com a programação de pagamento.

O consórcio é uma forma de poupança porque você vai depositar o dinheiro, com a diferença de que o resgate acontece no momento de ser contemplado. O consórcio de imóvel está crescendo muito de quatro anos para cá porque as taxas são atrativas e têm leve aumento apenas para acompanhar o mercado financeiro”, informa.

 

Fatia de 41%

De acordo com o diretor de negócios do Sicredi Aliança PR/SP, Gilson Metz, a tendência é Marechal Rondon seguir a estatística de crescimento por tal modalidade de crédito. “O consórcio no geral vem crescendo bastante. As pessoas estão se organizando para encontrar neste tipo de produto uma forma de economizar em relação às linhas de crédito tradicionalmente existentes no mercado. O Sicredi possui uma administradora de consórcios que atua no mercado há mais de 11 anos e está entre as cinco maiores do Brasil. Neste contexto, o Sicredi Aliança PR/SP tem uma carteira de consórcio com R$ 151 milhões, dos quais 41% é representada pelo segmento de imóveis. Desta forma, acreditamos que a região segue a tendência de crescimento do Paraná e do Sul nesta modalidade”, afirma.

Metz reforça que a demanda vem aumentando expressivamente. “Temos percebido desde que o Sicredi lançou as modalidades de consórcios, que os imóveis representam aquilo que a própria estatística do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) demonstra: o grande sonho de todo brasileiro é ter uma casa própria, deixar de pagar aluguel para ter o seu próprio espaço. O consórcio vem se apresentando como uma solução para subsidiar essa demanda dos associados”, menciona.

 

Taxas Atraentes

O diretor de negócios do Sicoob Marechal, Anderson Wolff, confirma que a procura por consórcio, seja de imóvel, veículos ou serviços, está em uma crescente. Segundo ele, a melhor definição a ser aplicada a um consórcio é a compra programada, disponível aos associados. “O custo do consórcio é menor do que o financiamento. Agora, se pensar na aquisição imediata, o financiamento se mostra como a melhor opção. Para quem possui recurso disponível para dar como lance, o consórcio se torna uma opção muito mais interessante do que qualquer financiamento”, expõe, ressaltando que a administradora de consórcios do Sicoob figura entre as dez maiores do Brasil.

As melhores taxas de juros de financiamento giram na casa dos de 7,5% ao ano – com subsídio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) -, dependendo do enquadramento da renda, enquanto o consórcio imobiliário tem taxa de administração de aproximadamente 0,9% ao ano. O financiamento costuma variar de 20 a 30 anos, enquanto o consórcio de imóveis chega a 15 anos ou mais. “Mesmo assim, está mais econômico ter um consórcio. Além disso, há características diferentes, pois o financiamento imobiliário só permite adquirir imóveis urbanos novos ou usados, já o consórcio possibilita comprar as mesmas coisas, ou terrenos, inclusive rurais, ou então construir”, destaca Wolff.

 

Esta matéria pode ser lida na íntegra na edição impressa desta sexta-feira (12).

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