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Ex-Presidente da Petrobras depõe hoje em processo na Lava Jato

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O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine deve ser ouvido nesta quarta-feira (22), na condição de réu em um processo a que responde na Operação Lava Jato. Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de receber R$ 3 milhões em propina da Odebrecht, para facilitar contratos entre a empreiteira e a estatal. A defesa nega as acusações.

O depoimento dele ao juiz Sérgio Moro está marcado para começar a partir das 14h.

Nesta terça (21), os advogados de Bendine solicitaram o adiamento do interrogatório argumentando que ainda não tiveram acesso à cópia de todos os equipamentos eletrônicos apreendidos nas buscas e apreensões.

O juiz Sérgio Moro negou a solicitação. "Não cabe à suspensão do interrogatório dos acusados, já que a denúncia não se funda no material eletrônico não examinado e já que seria mera especulação afirmar que nele pode haver alguma prova relevante", argumentou.

Bendine é o único ex-presidente da Petrobras que virou alvo de processo na Operação Lava Jato. Ele foi conduzido ao cargo na estatal pela ex-presidente Dilma Rousseff, após a saída de Graça Foster do comando da empresa. Antes disso, ele ocupava a presidência do Banco do Brasil.

O ex-presidente da Petrobras está preso desde o dia 27 de julho deste ano, quando a força-tarefa da Lava Jato deflagrou a 47ª fase da operação, denominada "Cobra". Segundo a Polícia Federal, o nome é uma referência ao codinome dado ao principal investigado nas tabelas de pagamentos de propinas apreendidas no Setor de Operações Estruturadas da Odrebrecht, durante a 23ª fase da operação.

Além de Bendine, os irmãos André Gustavo Vieira e Antõnio Carlos Vieira, suspeitos de operar os repasses e lavar o dinheiro de propina, também devem prestar depoimento nesta quarta. Os outros réus, Álvaro José Novis, Marcelo Odebrecht e Fernando Reis já foram ouvidos por Sérgio Moro nesta ação penal.

 Pedido negado

A defesa de Aldemir Bendine chegou a pedir ao juiz Sérgio Moro para que suspendesse a audiência. Os advogados disseram que não tiveram acesso aos computadores apreendidos com Bendine, quando ele foi preso.

Moro, no entanto, negou o pedido. O juiz considerou que a defesa poderá ter acesso a todos os documentos que achar pertinentes e que terá até a possibilidade de pedir um novo depoimento de Bendine, caso entenda necessário.

O magistrado preferiu manter o depoimento já marcado, pois, segundo ele, os itens aos quais a defesa quer acessar não foram citados na denúncia do MPF.

Fase final

Os depoimentos dos réus, que se encerram nesta quarta-feira, são uma das últimas etapas da ação penal. Após as oitivas, o juiz deverá abrir prazo para que as defesas e a acusação apresentem pedidos para novas diligências. Passada essa etapa, será aberto o período de alegações finais.

Assim que as alegações finais do MPF e dos advogados dos réus forem entregues à Justiça, o processo voltará ao juiz Sérgio Moro, deverá dar a sentença, em que pode condenar ou absolver os acusados. Não há prazo para que a sentença seja definida.

Com informações G1

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