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JCI celebra hoje 40 anos de atividades

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Ter uma organização para fomentar o espírito de liderança, a responsabilidade social, o senso empresarial e o companheirismo. Estes foram os principais objetivos do grupo liderado pelo jovem Elói Lohmann (em memória), que no dia 02 de julho de 1977 fundava a atual JCI Marechal Cândido Rondon – que no passado tornou-se conhecida como Cajumar e depois Câmara Júnior. Lohmann tornou-se o primeiro presidente da organização. Tudo acontecia quando o município de Marechal Cândido Rondon estava prestes a completar 17 anos de emancipação.

Há cerca de 40 dias a JCI completou 40 anos de atividades prestadas no município, entre elas inúmeros projetos de cunho social e outras ações que contribuíram ao desenvolvimento da cidade e de instituições. Para marcar a data e homenagear os ex-presidentes, será realizado na noite de hoje (11), com recepção às 20 horas, um evento solene nas dependências do pavilhão da Matriz Católica Sagrado Coração de Jesus. Autoridades políticas municipais e regionais, assim como dirigentes da JCI Brasil estarão presentes. O protocolo contempla homenagens aos ex-presidentes e jantar dançante.

Em entrevista concedida ao Jornal O Presente, a presidente da JCI, Juliani Della Giustina, o ex-presidente da JCI Brasil e vice-presidente mundial Vitor Giacobbo, e o ex-presidente da JCI Brasil e dirigente internacional Gilson Metz destacaram as atividades desenvolvidas pelos membros da entidade, enalteceram os projetos e traçaram um panorama do presente e futuro da organização.

 

Oportunidade

A presidente Juliani Della Giustina foi distintivada em 2014, tendo como madrinha a senadora JCI Eda Cristina Benkendorf e atuou como secretária no ano passado. Ela define como uma ótima oportunidade presidir a organização no período em que a mesma completa 40 anos de atuação. “É um momento importante por todo o significado da JCI no município e no Brasil. Também é um grande esforço manter a nossa organização ativa através de inúmeras ações. O evento dos 40 anos é um dos projetos mais importantes deste ano, a partir do qual prestaremos um reconhecimento às pessoas que construíram a história da nossa organização. A JCI Marechal Rondon está consolidada, vem crescendo e tem novos e maiores desafios pela frente”, enaltece.

A organização teve dois presidentes nacionais, além de membros que presidiram a extinta Câmara Júnior do Paraná, casos de Vitor Giacobbo, Itamar Dall’Agnol e Dante Roque Tonezer. João César Silveira Portela foi eleito, entretanto não chegou a assumir porque os diretórios estaduais foram dissolvidos. A assembleia de fundação da extinta Câmara Júnior do Paraná (Cajupoar) teria sido presidida por Pedro Rempel. Além disso, inúmeros membros estiveram à frente de ações nos níveis local, estadual, nacional e das Américas.

 

Representatividade

Presidente da JCI Marechal Rondon em 2004, vice-presidente nacional em 2005, vice-presidente executivo em 2006 e 2007, presidente da JCI Brasil em 2009 e integrante do Comitê de Desenvolvimento Americano em 2010, o senador JCI Gilson Metz entende que a organização tem representatividade enorme na sociedade junto com demais entidades organizadas, o que demonstra cultura e possibilita uma sociedade forte. “Ao longo desses 40 anos a JCI Marechal Rondon realizou uma série de projetos de cunho social, a exemplo da germanização, entre outras ações, e no momento atual representa a mudança”, destaca.

Para Metz, o perfil dos jovens de hoje é um pouco diferente dos jovens de décadas atrás, mas isso não interfere na representatividade da organização. “Ela não deixa de ter representatividade em ações na comunidade, a exemplo do projeto Oratória nas Escolas, que visa envolver talentos e encaminhar os jovens para um futuro mais promissor. Historicamente a JCI sempre contribuiu com o desenvolvimento de Marechal Rondon na formação das pessoas que consequentemente assumiram posições na sociedade, seja na esfera política, empresarial ou pessoal. É todo um contexto que faz a organização ter importância depois de tantos anos”, menciona.

 

Influência

O senador JCI Vitor Giacobbo entrou na JCI em 1981, tendo como padrinho Luís do Amaral. Ele presidiu o capítulo em 1984, depois presidiu a Câmara Júnior do Paraná em 1993, a JCI Brasil em 1994 e atuou como vice-presidente mundial em 1996. “Alguns fatos passam despercebidos e nós não conseguimos dimensionar quanto a JCI tem influência em Marechal Rondon. Na maioria das vezes se observa como uma associação ou outra entidade nas tarefas do dia a dia, numa ação pontual mais visível”, expõe. “Todavia, a JCI tem contribuição extraordinária no município porque ajudou a desenvolver seres humanos e pessoas que começaram sua carreira. Foi o meu caso, de sair da universidade e não ter todo o aparato de conhecimento. Entrei numa entidade que me oportunizou falar em público, liderar equipes de trabalho e formou o meu caráter em termos de gerente, administrador de empresa até participar em outros setores do município como um todo”, descreve.

Giacobbo enaltece a organização como um grupamento de pessoas que estão se preparando e que essas mesmas pessoas contribuem ao desenvolvimento do município de uma forma que não é muito visível.

A formação de liderança na esfera política é observada nos casos de pessoas como o ex-vereador e deputado estadual Elio Rusch, que é senador JCI; Claudio Roberto Köhler e Josoé Pedralli, vereadores; Dante Roque Tonezer, ex-vereador; ex-prefeito Ariston Limberger; vereador e ex-vice-prefeito Valdir Port (Portinho); Arlen Güttges, ex-vereador e ex-secretário municipal; Vitor Giacobbo, ex-candidato a prefeito e ex-secretário; e do ex-vereador e prefeito reeleito de Entre Rios do Oeste, Jones Neuri Heiden.

“No aspecto empresarial, a JCI auxiliou no crescimento de pessoas como Elemar Lamberti (ex-candidato a prefeito), no meu caso, do Gilson Metz, Jones Heiden, Arno Kunlzer, Arlen Güttges, Sidnei Bombassaro, Elonir Kochem, Marcos Kasburg (Marcão), entre outras pessoas. Não que foi só a JCI, pois essas pessoas já tinham muito conhecimento, mas a organização exerceu papel importante. São pessoas que de alguma maneira aplicaram bem os conhecimentos transmitidos na entidade”, exemplifica Giacobbo.

 

História Marcante

Ele diz que a JCI não amarra as pessoas para ficar, mas aquelas que ficam com certeza colhem bons resultados. “O envolvimento com a entidade acaba preparando essas pessoas como lideranças. O papel que eu defendo é da preparação para o futuro, por isso a organização deve ser renovada constantemente. Qualquer entidade tem os passos iniciais e nós já temos uma história de 40 anos. É o caso de uma empresa de 40 anos que é sólida. Quem começou há menos tempo precisa aprender muita coisa. Quando eu entrei em 1981 a JCI era uma entidade jovem, nós fomos crescendo e solidificando esta entidade. Eu sinto orgulho em dizer que no nosso município a JCI superou todos os desafios, pois em outras cidades maiores como Toledo e Cascavel a JCI foi forte e caiu. Cascavel e Toledo hoje estão se reestruturando. Foram muitos os casos no Brasil”, comenta.

Giacobbo afirma que é motivo de satisfação e deve ser levado em conta o fato de Marechal Rondon, mesmo tendo 50 mil habitantes, ser um município com organizações e clubes de serviço bastante atuantes, não apenas a JCI. “A nossa sociedade é diferente das demais porque conseguiu suportar e sobreviver esse tempo todo, por isso temos entidades sólidas. No caso da JCI é lógico que é difícil manter isso ano após ano, trazer gente diferente e continuar em pé. No passado houve épocas difíceis, quando hoje há outras questões para superar. De repente no passado não havia tantas atividades e conseguíamos nos dedicar mais porque tínhamos só a JCI, participávamos de festas e todas as convenções estaduais e nacionais. Hoje não posso mais porque tenho outros compromissos. Nas décadas de 80 e 90 a JCI Marechal Rondon fez história no Brasil, esse é um ponto alto e que ninguém pode tirar”, declara.

 

Trajetórias de Sucesso

Dois exemplos merecem ser citados pela trajetória de sucesso que brotou entre uma safra de destacados presidentes. Trata-se dos senadores Vitor Giacobbo e Gilson Metz, que exerceram as maiores funções na organização e levaram o nome do município rondonense a diversos cantos do país e outras localidades do planeta.

Conforme abordado anteriormente, ambos foram eleitos presidentes da JCI Brasil, contudo em momentos distintos. Na década de 90, Giacobbo foi o primeiro presidente estadual do interior, uma vez que até então sempre era Curitiba. Depois quebrou outro paradigma: foi o primeiro morador do interior do Paraná a ser eleito presidente da JCI Brasil – até então havia um revezamento entre Rio de Janeiro, Santa Catarina e poucas localidades; Curitiba era a referência no Paraná.

“A JCI Marechal Rondon hoje é muito bem vista, tanto que os presidentes são cobrados para integrar a direção da JCI Brasil. A JCI Marechal Rondon construiu isso e nós continuamos fazendo história no país. O nosso grande feito foi levar o nome da organização e marcar presença em grandes eventos internacionais para ter o respeito e ser convidado a assumir um cargo, até chegar ao nível mundial”, ressalta Giacobbo, acrescentando que a JCI Brasil até então possuía débitos com a JCI Mundial, o que passou a ser pago a partir dessa época, possibilitando a candidatura e eleição do rondonense a vice-presidente mundial.

Era a década de 2000 quando Gilson Metz construía sua carreira na JCI, com uma ascensão que pode ser considerada meteórica por assumir importantes cargos de forma sequencial. A motivação veio por parte do presidente da JCI Marechal Rondon em 2003, Marcos Rogério Kasburg (Marcão). Presidente da JCI Brasil em 2009, Metz teve oportunidade de participar de um evento em uma das sedes da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, com a presença do secretário da ONU Ban Ki Moon. “Tudo isso mostra que a JCI abre portas que um cidadão normal jamais teria acesso de outra maneira”, enaltece.

“O outro evento mais recente foi a Academia do Japão. Pelo que me lembro nenhum outro rondonense teve essa oportunidade porque é destinada ao presidente nacional eleito, então para mim foi um divisor de águas. É um evento que trata da história da organização, da cultura e da forma como o Japão conduz as ações. O Japão é a nossa organização nacional mais forte em nível mundial por muitos anos, é muito bem estruturada, sendo seguida pelos Estados Unidos. Estiveram presentes representantes de 92 países, com mais 92 japoneses. Posso destacar ter vivido um espetáculo de intercâmbio e cultura que marcaram a minha vida, além de inúmeras convenções, conferências e congressos mundiais, que foram cinco”, relaciona Metz.

No ano de 2010 o rondonense exerceu atribuição junto ao Comitê Americano de Desenvolvimento. Metz estava preparado para ser eleito vice-presidente mundial da JCI em Taiwan, através de indicação do bloco americano. “Por questões pessoais eu acabei abrindo mão e talvez não tive esse gás extra do Vitor Giacobbo de um ano não ir e no ano seguinte insistir. Esta foi a trajetória das oportunidades que a JCI proporcionou para mim”, complementa.

 

Participação

Uma normativa da JCI Mundial é de que para assumir cargo ou passar a ser um membro oficial é preciso ter entre 18 e 40 anos, sendo que todo companheiro pode continuar na organização após a idade limite. Para participar inicialmente é apresentado um convite dos membros, então à medida que vai interagindo e gostando o postulante pode ser convidado a se tornar membro.

Metz explica que a JCI busca o perfil de pessoas que tenham vontade de crescer, que tenham interesse pela comunidade, sejam idôneas e que não pensem apenas em si. “A organização desenvolve o membro individualmente, mas para contribuir com o desenvolvimento da sociedade. Esse é o propósito. Que almejem o desenvolvimento pessoal, mas com espírito coletivo. A partir do convite a decisão de permanecer é do convidado”, comenta.

Pessoas que não são convidadas e que entendam se encaixar nesse perfil podem procurar o presidente para conhecer mais sobre a organização. A JCI Marechal Rondon conta com 50 membros inscritos na lista oficial, sendo uma das mais representativas entre os 42 capítulos em atuação no país. Em todo o mundo são 140 mil membros ativos e mais de um milhão de egressos.

 

Desafios

No entendimento de Giacobbo, o grande desafio que os próximos presidentes e gestores da JCI têm é interpretar o que é positivo para a sociedade, assim como proporcionar projetos diferenciados para que esse público jovem participe da organização. “Nós precisamos de atividades atrativas para poder aglutinar essas pessoas. Esse é o desafio não só da JCI Marechal Rondon, como nacional, internacional e de todos os clubes de serviço. A cada dia entram fatos novos, equipamentos que não existiam no passado e ações diferentes”, destaca.

Segundo Metz, o desafio realmente está em se reinventar, com atenção à atualidade e o que prevê o futuro para que a organização se mantenha ativa e cresça. “Devemos inovar para atender a demanda. Um jovem de 20 anos hoje tem aspirações totalmente diferentes do jovem dos anos 80, então a organização precisa se adaptar a esse novo formato, assim como as empresas se adaptam. A missão da JCI é manter a longevidade. Todos os membros que fazem parte da história gostariam de vê-la prosperar por 50, 60 anos e assim por diante. O desafio é nesse sentido: de reinventar não só a forma de atuação como as próprias reuniões atrativas para que o membro esteja interessado em permanecer”, finaliza.

 

Reuniões

As reuniões da JCI Marechal Cândido Rondon acontecem todas as segundas-feiras, às 20h15, na sede localizada à Rua Presidente Costa e Silva, nas proximidades da Unioeste, aberta a interessados a partir dos 18 anos. Aos sábados à tarde quem se reúne é a JCI Juvenil, com participação de adolescentes a partir dos 12 anos. Outro grupo é o Clube do Senado, formado por sêniores e senadores com idade a partir dos 40 anos, assim como ex-presidentes, cujos mandatos já passaram de cinco anos; este encontro costuma ser realizado uma vez por mês.

 

Evento festivo

Ponto alto dos festejos dos 40 anos da JCI Marechal Rondon, um jantar dançante será realizado hoje, com recepção a partir das 20 horas, no pavilhão da Matriz Católica Sagrado Coração de Jesus. O cerimonial seguido de homenagens aos ex-presidentes inicia às 20h30, sendo que às 22 horas será servido jantar e após a dupla Carla e Manoel anima a noitada. Membros da JCI, homenageados, familiares, convidados e autoridades políticas do município e da região estarão presentes à solenidade.

 

Relação de presidentes:

1977: Elói Lohmann (em memória)

1978: Valter Schneider

1979: Dirson Leonardo Hackbarth (em memória)

1980: Elio Lino Rusch

1981: Pedro Rempel

1982: Ademar Dahmer

1983: Arno Kunzler

1984: Vitor Giacobbo

1985: Elio Lino Rusch

1986: Airton Kraemer

1986: Wiland Schurt

1987: Sérgio Von Mühlen (em memória)

1988: Vilson Leites de Oliveira

1989: Olinda Schneider

1990: Elonir José Kochem

1991: Werner Lange

1992: Dante Roque Tonezer

1993: Paulo Luís Rempel

1994: Jorge Moacir Osmarini

1995: Cremilde Andreolli

1996: Ademar Alcindo Roehrs

1997: Sidnei Bombassaro

1998: Jones Neuri Heiden

1999: Carlindo Ferreira de Souza

2000: João César Silveira Portela

2001: Eli Margarida Azeredo Coutinho Roehrs

2002: Nelso Ladi Maltauro

2003: Marcos Rogério Kasburg

2004: Gilson Metz

2005: Eda Cristina Benkendorf

2006: Claudio Roberto Köhler

2007: João Carlos Klein

2008: Arlen Alberto Güttges

2009: Gelson José Linck

2010: Joni Leocir Lang

2011: Roges Adriano Freitag

2012: Leandro Almir Berwanger

2013: Gabriel Henrique Arnhold Centenaro

2014: Ellen Cristina Teixeira

2015: Mariana Caroline Lamberti Port

2016: Émerson Kochem

2017: Juliani Dozolina Maineri Della Giustina

2018: Luciano Lizzoni (presidente eleito)

 

Membros fundadores:

Ademar Dahmer

Dirson Leonardo Hackbarth

Elio Lino Rusch

Elói Lohmann

Heitor Danilo Brener

Irineu Valdir Deuner

Pedro Rempel

Pedro Spohr

Samuel Malanche

Sérgio Aylton de Almeida Garret

Sílvio Massmann

Valter Schneider

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