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Paraná

MP-PR recorre de decisão que absolveu 13 policiais militares

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O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria do Júri de Curitiba, interpôs nesta segunda-feira (17) recurso contra a decisão do Tribunal do Júri que absolveu 13 policiais militares acusados de homicídio triplamente qualificado e fraude processual pela morte, em 2009, de cinco suspeitos que estavam com um veículo furtado.

A fundamentação será apresentada formalmente pelo MPPR no prazo legal. Caso o recurso seja recebido, a Justiça deve determinar que a defesa dos envolvidos apresente suas contrarrazões para que os autos sejam remetidos ao Tribunal do Justiça, a quem caberá a decisão. As investigações do caso foram promovidas pelo MPPR por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba.

O julgamento

O julgamento começou no dia 4 de outubro e só terminou no dia 9. Segundo disse a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, que comandou a sessão, na sala secreta os jurados decidiram que os policiais não eram culpados nem por homicídio qualificado nem por fraude processual. Após a leitura da sentença, os policiais presentes ao julgamento foram aplaudidos de pé pelas pessoas presentes ao Tribunal do Júri . “Foi uma investigação capenga, direcionada. Isso tudo os jurados enxergam. São nove anos de uma guerra. Fomos atacados de todas as maneiras, de todas as formas, mas sempre confiamos”, declarou Cláudio Dalledone Júnior, advogado que defendeu os policiais no caso, pouco após o veredicto. “A polícia daqui não tem a história da polícia que mata. Aqui é a polícia que protege. Somos todos Rotam. Somos todos Polícia Militar”.

O caso

O caso ocorreu em 11 de setembro de 2009, na região do Alto da Glória, próximo ao Estádio Couto Pereira, e ficou marcado como a “Perseguição do Alto da Glória”. Os cinco mortos estavam eum um VW Gol e, segundo os policiais, ignoraram ordens de parada, furaram bloqueios policiais. Após baterem o Gol, desceram do carro já atirando. Dois foram baleados no início do confronto; outros três, minutos depois, após nova troca de tiros. Os cinco foram levados ao Hospital do Cajuru, pelas próprias equipes da PM. Todos morreram ao dar entrada no Hospital, segundo a defesa dos policiais.

Já a acusação alegava que os suspeitos foram executados – eles teriam se entregado após a abordagem. A acusação se baseia em imagens de vídeos captadas durante o suposto confronto, que mostraria um dos suspeitos dominado pelos policiais. As famílias dos jovens acompanham o julgamento.

Ao todo, eram 14 policiais acusados. Mas um deles morreu.

Com informações BemParaná

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