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Política

“O vídeo foi para denegrir a imagem do prefeito”, avalia Marcio Rauber

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O prefeito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber (DEM), protocolou pessoalmente na tarde de ontem (21), na 1ª e na 2ª Promotoria da comarca rondonense, cópia de todo processo de licitação realizado pelo Poder Executivo para aquisição de grama em leiva e plantio em espaços públicos, ao valor de R$ 443,9 mil. A iniciativa foi tomada após um vídeo apócrifo circular em redes sociais no fim de semana.

O vídeo chama atenção não tanto ao preço em si, mas à empresa vencedora da licitação, que tem como principal atividade econômica o comércio varejista especializado em eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo. O material dá a entender que houve uma fraude na licitação. No entanto, em uma consulta ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) é possível observar que a empresa possui diversas atividades secundárias, sendo uma delas o comércio varejista de plantas e flores naturais.

Em entrevista ao Jornal O Presente, o prefeito classificou a montagem do vídeo como um ato covarde e cujo autor, ou autores, não tem coragem em mostrar sua identidade. “Obviamente, toda administração tem dificuldade e eventualmente pode cometer equívocos, mas a pessoa que pensa no bem do município faz uma crítica transparente e pensa literalmente no município. Não é o caso do vídeo montado. O vídeo foi para denegrir a imagem do prefeito, pois ao final tinha uma imagem minha. Isso é ridículo e é covarde. Repito: é de quem não tem coragem em se pronunciar, se manifestar, de mostrar quem é e está definitivamente interessado no bem do município”, declarou.

Como o material causou dúvida em muitas pessoas se houve alguma eventual irregularidade ou não na licitação, Rauber decidiu levar uma cópia integral do certame para as Promotorias. “Fizemos isso para mostrar que não existe equívoco nem erro algum, mas que existe lisura e transparência”, justifica, emendando: “Queremos deixar claro que existe transparência e fazemos as coisas de forma correta. Para valorizar também os funcionários de carreira, porque todos os processos licitatórios da nossa gestão passam por servidores de carreira. Esse processo teve inclusive a participação e assinatura na ata do Observatório Social e, por fim, um parecer final da Procuradoria do município. Coube ao prefeito exclusivamente a homologação. Como foi legal, assim o fizemos”, detalha.

 

Armadilha

Para o gestor, muitas pessoas que compartilharam o vídeo caíram em uma armadilha. “As pessoas precisam entender que por vezes existem outras pessoas que querem usá-las. Mais uma vez, algumas pessoas de Marechal Cândido Rondon foram usadas e caíram na armadilha para denegrir a imagem do prefeito. Quem fez (o vídeo) não publicou, mas usou talvez a inocência de outras pessoas para denegrir a imagem de outrém, no caso a minha”, opina.

 

Identificar os responsáveis

Um boletim de ocorrência (BO) já foi feito pelo prefeito junto à Delegacia de Polícia Civil. A empresa ganhadora da licitação igualmente fez um BO. “Vamos responsabilizar todos aqueles que publicaram e compartilharam o vídeo, pois trata-se de um material criminoso. Este vídeo tem por objetivo denegrir a imagem. É calunioso. Então vamos tomar todas as medidas possíveis contra aqueles que devem ser responsabilizados. Vamos levar isso à Justiça”, garante Marcio Rauber.

 

Lisura

Questionado o que espera com a ação realizada ontem em protocolar no Ministério Público cópia da licitação, o mandatário é enfático: “O Ministério Público não pode dar o aval se o processo está correto ou não. Quando percebe que existe indício de irregularidade, o Ministério Público monta um procedimento administrativo e vai averiguar. Se houver indícios de irregularidades, a Promotoria propõe uma ação civil pública; se entender que há lisura, arquiva. Se houver entendimento de que o material deve ser analisado, assim deve ocorrer e o promotor fará aquilo que lhe cabe. Não cabe a mim dizer. Tomamos este ato baseados em lisura. É assim que iniciamos a condução dos trabalhos e vamos fazer até o final. Talvez as pessoas que se manifestaram não têm conhecimento de que o processo licitatório é público. Tudo foi legal e foi correto e assim vamos conduzir até o final do nosso mandato”, garante.

 

Difamação

Já ao ser perguntado se pretende tomar atitudes semelhantes a cada denúncia ou difamação, o prefeito diz que qualquer denúncia precisa ser feita junto ao Ministério Público. “O que fizeram nas redes sociais é provocação, é tentar enganar e confundir os munícipes. O ato em si não me incomoda. O que me incomoda são as pessoas me julgarem sem saber o que está acontecendo. Estas pessoas precisam ser responsabilizadas. Infelizmente foram usadas, mas precisam abrir o olho que tem gente mau caráter que não tem coragem de assumir os vídeos que faz e aí procura usar alguns inocentes da população, que acabam caindo nestas armadilhas, se colocando em situações constrangedoras e que vão acabar parando na Justiça”, conclui.

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