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Oportunidades de trabalho aumentam na reta final do ano em Marechal Rondon

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O final do ano já está batendo à porta e, apesar das incertezas que ainda rondam o cenário econômico, até mesmo as empresas menos otimistas já começam a se movimentar para atender ao aumento da demanda por produtos e serviços nesse período. E um dos aspectos mais importantes dessa preparação é justamente o reforço do quadro de funcionários. Na região, muitas empresas estão anunciando contratações para suprir a nova demanda. Na Agência do Trabalhador de Marechal Cândido Rondon, por exemplo, até o início da tarde de ontem (11) haviam 199 vagas abertas ao mercado de trabalho, disponibilizadas por 42 empresas do município.

Conforme o diretor da Agência do Trabalhador, Arli Neodi Costa (Perera), o aumento no número de vagas se deve não somente ao período de fim de ano, mas principalmente ao fato de a grande maioria das empresas terem aberto novas linhas de produção e, consequentemente, necessitarem de mais mão de obra. “Nós encaminhamos os candidatos com base nos critérios exigidos pelas empresas, buscando sempre reforçar essa relação de confiança para que elas continuem abrindo as vagas na Agência”, expõe.

Segundo Perera, como atualmente a divulgação das vagas é ampla, as pessoas também procuram a Agência com maior frequência, chegando até cerca de 100 pessoas por dia. “Nem todos vêm para se candidatar a uma vaga de imediato, mas para pedir informações estas, principalmente para saber se possui ou não o perfil exigido”, menciona o diretor, acrescentando: “Além disso, temos também os serviços de seguro-desemprego e emissão de carteira de trabalho, que também somam aos atendimentos”.

 

Vagas temporárias

É comum que nos meses de outubro, novembro e dezembro muitas empresas realizem contratações temporárias. Essas vagas são abertas como uma estratégia de reforço no fim de ano, podendo render um dinheiro extra e até mesmo uma efetivação aos profissionais contratados. Embora várias empresas, especialmente do comércio, estejam contratando pessoal nessa época do ano para dar conta das vendas para o Natal, Perera afirma que apesar de o número de vagas ter aumentado, estas não são temporárias. “As vagas temporárias nem chegaram até nós, pois as empresas devem estar contratando de forma direta”, diz.

O diretor enfatiza que há muitas vagas efetivas abertas e que os interessados dever ir até à Agência do Trabalhador. “Não acredito que alguma pessoa procure vaga de emprego temporário. Ela pode procurar por uma necessidade, mas, mesmo assim, quer e espera ser efetivada, e não trabalhar apenas por um ou dois meses e depois ter que voltar a procurar emprego”, ressalta.

 

Porta aberta para o mercado

Não é clichê. O trabalho temporário pode virar um emprego efetivo na virada do ano. Para muitas pessoas, a vaga temporária é uma oportunidade de voltar ao mercado de trabalho após vários meses engrossando as estatísticas do desemprego. Especialmente neste período do ano, as empresas buscam profissionais com disponibilidade de horário e os temporários que trabalharam bem, havendo oportunidade, serão efetivados. “As pessoas que são contratadas por meio de vagas temporárias devem se inspirar e se esforçar para que tenham uma possibilidade de ser contratadas de forma efetiva, quem sabe não imediatamente, mas em uma futura necessidade”, destaca Perera.

 

Crescimento do setor

Reflexo desse aumento no número de vagas disponíveis é que de janeiro até novembro deste ano a Agência do Trabalhador colocou mais de 900 pessoas no mercado de trabalho. No total, foram disponibilizadas 1.390 vagas nos últimos 11 meses, representando um aumento de 105,32% se comparado ao ano de 2016, que fechou com um saldo de 677 vagas e 344 trabalhadores efetivados no mercado. Os números de vagas também apresentam um aumento de 62,38% se comparadas ao ano de 2015, quando foram disponibilizadas 856 vagas de trabalho ao longo de todo o ano.

De acordo com o diretor da Agência do Trabalhador, a meta anual estipulada pelo Ministério do Trabalho era que 2,5% da população economicamente ativa do município, estimada em 27,5 mil pessoas, fosse empregada através da Agência. A meta foi superada e já apresenta aumento para o próximo ano: 3,5% da população.

 

Campeão de contratações

Do total de postos de trabalho disponibilizados na Agência, a ampla maioria atende o setor industrial. Pereira menciona que esse foi o setor responsável pelo maior número de contratações realizadas em 2017. “Agora, após o frigorífico da Frimesa ter iniciado os trabalhos de abate, a expectativa é que as vagas para esse setor aumentem ainda mais”, relata.

O diretor também ressalta que o fato de novas linhas de produção terem sido montadas aumentam a demanda não apenas da indústria, mas também do próprio comércio. “Quando a indústria começa a vender mais, o comércio também passa a vender em maior escala, o que exige mais mão de obra”, enfatiza.

 

Vagas

Entre as vagas já disponibilizadas neste fim de ano nos diversos setores estão: auxiliar administrativo, recepcionista de hotel, ajudante de motorista, atendente de balcão, enfermeira, controlador de acesso, empacotador, enfermeiro auditor, engenheiro químico, limpeza interna de veículos, mecânico de automóvel e para manutenção de máquinas industriais, operador de caldeira, operador de empilhadeira, operador de instalação de ar-condicionado, polidor de metais, programador de sistemas, serralheiro, soldador, torneiro mecânico, técnico de enfermagem, técnico em química, técnico de refrigeração, trabalhador na suinicultura, encarregado de qualidade, vendedor pracista e vitrinista.

Inúmeras pessoas compareceram ontem (11) à Agência do Trabalhador para analisar se o perfil se encaixa nas exigências dos contratantes

Experiência

Muitas vezes os anúncios de trabalho pedem como requisito básico para a contratação a experiência na área por “x” meses e/ou anos. Conforme Perera, não há como desmerecer que com anos de trabalho o indivíduo acaba tendo, por vezes, mais segurança do que uma pessoa iniciante – e isso parece estar também no pensamento dos empresários. “Houve um tempo em que as empresas não tinham muita escolha, precisavam contratar uma pessoa e capacitá-la para o emprego. Hoje, no entanto, elas buscam pessoas que já estão preparadas. E isso acontece apenas porque há muitas pessoas preparadas no mercado de trabalho à espera de oportunidades”, pontua.

O diretor comenta ainda que percebeu uma curiosidade no mercado de trabalho rondonense. Pessoas mais velhas estão sendo mais valorizadas pelas empresas e para desempenharem determinadas funções. “Muitas pessoas quando chegavam aos 50 anos saíam do mercado de trabalho e perdiam qualquer perspectiva de voltar a encontrar um emprego. Hoje essas mesmas pessoas estão sendo bastante valorizadas, e em todos os setores, principalmente em áreas que exijam mais conhecimento e experiência”, revela.

 

Confira a matéria completa na edição impressa desta terça-feira (12).

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