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Vaccarezza e outros dois presos na Lava Jato fazem exames no IML

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O ex-deputado Cândido Vaccarezza, o operador financeiro Henry Hoyer de Carvalho e o ex-gerente da Petrobras Márcio Albuquerque Aché Cordeiro, presos na Operação Lava Jato, fizeram exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal de Curitiba, na manhã deste sábado (19).

As prisões temporárias (válidas por cinco dias) foram determinadas pelo juiz federal Sérgio Moro e cumpridas na sexta-feira, na 43ª e na 44ª fases da Operação Lava Jato. Vaccarezza, Carvalho e Cordeiro seguiram para a carceragem da Polícia Federal, no bairro curitibano Santa Cândida, onde seguem presos. As defesas dos três negam participação nos crimes relacionados à Petrobras.

 

Principais pontos das investigações

•              Ações apuram o favorecimento de empresas estrangeiras em contratos com Petrobras.

•              Operação Abate investiga fraudes no fornecimento de asfalto para a Petrobras por uma empresa norte-americana, entre 2010 e 2013.

•              Funcionários da Petrobras, o PT e, principalmente, Cândido Vaccarezza teriam recebido propinas que somam US$ 500 mil no esquema da Abate.

•              Operação Sem Fronteiras investiga o pagamento de propinas para contratação de armadores (transportadores marítimos) da Grécia, entre 2009 e 2013.

•              Ao menos 3% dos contratos com as empresas gregas, que superaram US$ 500 milhões, seriam propina para políticos, funcionários da estatal e operadores financeiros.

•              As investigações surgiram da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

 

Operação Sem Fronteiras

Segundo a PF, o foco da Sem Fronteiras é a relação ilícita entre executivos da Petrobras e grupo de armadores gregos para obter contratos milionários com a empresa brasileira.

As investigações tiveram início a partir de relato do colaborador e ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e se desenvolveram com a análise de materiais apreendidos na 13ª fase da operação.

Os procuradores dizem que Costa ajustou com o cônsul honorário da Grécia no Brasil, Konstantinos Kotronakis, um esquema de facilitação de contratação de navios gregos por meio do fornecimento de informações privilegiadas e o pagamento de propinas.

A força-tarefa da Lava Jato chegou a pedir a prisão do cônsul honorário da Grécia, mas o juiz Sérgio Moro indeferiu.

"Relativamente a Konstantinos Georgios Kotromakis, embora sejam cabíveis tanto a prisão preventiva como a temporária, resolvo substituir as medidas mais drásticas por cautelares alternativas. Afinal, Konstantinos Georgios Kotromakis é cônsul honorário da Grécia no Brasil", explicou Sérgio Moro. O cônsul não pode deixar o país, nem a cidade de residência e deve entregar os passaportes.

A defesa Konstantinos e Georgios Kotronakis disse que os clientes têm total interesse em esclarecer os fatos e contribuir com o trabalho da Justiça.

 

Operação Abate

A outra é a Operação Abate, que mira um grupo criminoso que era apadrinhado por Cândido Vaccarezza, cuja influência era utilizada para a obtenção de contratos da Petrobras com empresa estrangeira. Nesta relação criminosa, recursos foram direcionados para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes públicos e políticos, além do próprio ex-parlamentar, segundo a PF.

Essa investigação trata do fornecimento de asfalto para a Petrobras pela empresa norte-americana Sargeant Marine, que também teve início a partir do relato Costa. Foram colhidas provas adicionais a partir de buscas e apreensões da 1ª e da 16ª fases da operação Lava Jato, além de resultados de quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático e de pedidos de cooperação internacional.

 

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