Em janeiro de 1996, uma intensa disputa política e regional mobilizou os municípios de Santa Helena e Marechal Cândido Rondon. O motivo? A definição da sede do batalhão de fronteira, prometido pelo então governo estadual. A questão dividiu opiniões e colocou lideranças locais em lados opostos.
De um lado, Santa Helena, liderada pelo deputado Elio Lino Rusch, que defendia a instalação do batalhão no município, argumentando que a cidade dispunha de estrutura e localização estratégica. Do outro, Marechal Rondon, que também reivindicava a sede, alegando sua importância econômica e populacional para a região Oeste.
Enquanto prefeitos e vice-prefeitos trabalhavam politicamente para garantir o projeto, a população acompanhava com expectativa o desenrolar das negociações. O batalhão significava não apenas segurança reforçada para a fronteira, mas também geração de empregos e movimentação econômica — fatores que tornavam a decisão ainda mais sensível.
À época, tanto técnicos quanto lideranças políticas avaliaram que o fundamental era que o batalhão servisse de apoio à segurança regional, independentemente do município-sede. A principal preocupação era assegurar a presença militar e o reforço do policiamento na área de fronteira, alvo constante de contrabando e crimes transfronteiriços.
Hoje, 29 anos depois, após Marechal Cândido Rondon ter se tornado sede do Batalhão de Polícia de Fronteira, comentários ganham corpo de que o município deve perder a base da corporação, que pode ir para Guaíra. A notícia reacende a lembrança daquela antiga disputa e desperta, mais uma vez, o sentimento de defesa da presença militar na cidade.
Confira abaixo notícias que circularam no Jornal O Presente impresso, em 1996.



Sobre a coluna Passado no Presente
Como parte das comemorações rumo aos 35 anos de fundação, O Presente lançou, em outubro, a coluna Passado no Presente, um tributo à sua trajetória e à memória coletiva de Marechal Cândido Rondon e região.
Até o dia 4 de outubro de 2026, a coluna vai resgatar conteúdos marcantes publicados nas edições impressas ao longo de mais de três décadas de circulação. A cada semana, serão relembradas reportagens históricas, fatos relevantes e personagens que ajudaram a construir a identidade do jornal e da comunidade que ele retrata.
Mais do que uma retrospectiva, Passado no Presente é um convite à reflexão sobre os caminhos percorridos, os acontecimentos que moldaram o cotidiano regional e os nomes que deixaram sua marca nas páginas de O Presente.
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