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Caciopar pede apoio a deputados para reverter fechamento do comércio

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Presidente da Caciopar, Alci Rotta Júnior: “O decreto baixado pelo secretário Beto Preto mediu todos pela mesma régua, quando o mais correto seria dialogar e procurar atender a situação segundo as características de cada um” (Foto: Divulgação)

A Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar) encaminhou ofício ontem (06) aos deputados estaduais visando obter apoio para a reabertura do comércio considerado não essencial nos municípios do Oeste do Paraná. Tais empresas tiveram que fechar as portas na última quarta-feira (1º), data que passou a valer o decreto 4.942, editado pelo Governo do Estado.

No documento assinado ontem pelo presidente da Caciopar, Alci Rotta Júnior, a entidade que representa as associações comerciais e empresariais da região se soma ao pleito de empresários e autoridades políticas para a revogação do decreto.

A Caciopar enaltece que o Brasil enfrentou 25 grandes crises nos últimos 100 anos, quase todas com base política e com forte impacto financeiro nas empresas e na vida das pessoas. “No mesmo período, o mundo teve seis momentos considerados particularmente graves e de alcance global. Esses dados, apurados em um estudo acadêmico da Unioeste, mostram que o Brasil tem um talento incrível para criar problemas para ele mesmo. E, o pior, parece que ele não assimila as lições que esses momentos difíceis trazem, crescendo muito abaixo do que a média dos outros países”, consta no ofício.

“Caso o tratamento à crise atual, provocada pela pandemia do coronavírus continuar como está, é possível afirmar que mais uma vez o Brasil, e o Paraná, não aproveitará a chance de sair melhor de uma situação caótica do que quando entrou. Só para citar um exemplo: a forma como o Governo do Paraná, especificamente por parte do secretário da Saúde, Beto Preto, vem gerindo os impactos da pandemia no Estado. Sem apurar a fundo particularidades de regiões e de seus municípios, e sem considerar indicadores, o secretário simplesmente decretou lockdown que provocará inúmeros prejuízos à já combalida economia principalmente de pequenas e médias empresas”, aponta o documento.

 

AJUDA

Na exposição consta ainda que ao invés de analisar cenários e estudar números, para então de maneira cuidadosa adotar medidas de restrição, a Secretaria de Estado da Saúde simplesmente mandou fechar o comércio. “Caro parlamentar, precisamos de sua ajuda para tentar reverter essa decisão monocrática o mais rapidamente possível, porque os efeitos dela, caso o prazo determinado tenha mesmo que ser cumprido, serão devastadores”, prossegue.

“As associações comerciais, os empresários e a Caciopar priorizam a vida, mas todos temos que fazer isso com inteligência e com a adoção das medidas certas. E muito menos sem ameaças aos prefeitos que não cumprirem a decisão, por simplesmente considerá-la equivocada. Caro deputado, toda atividade empresarial que gere empregos, promova o desenvolvimento e recolha tributos, fundamentais para manter a máquina pública, deve ser considerada como essencial”, consta no ofício.

A nota segue informando que os números mostram que não está no comércio a maior incidência de casos, e que a atual situação não é culpa das prefeituras e dos municípios. “Esses, mesmo com poucos recursos e sentindo nos ombros o impacto social e econômico do coronavírus, têm feito tudo o que podem para combater o contágio. Se há alguém que errou para estarmos na situação atual essa foi a política da Secretaria de Estado da Saúde, que não equipou igualmente as regiões das condições certas para enfrentar a pandemia”, destaca.

“Os municípios têm particularidades muito diferentes e alguns deles nem casos positivos registraram (da Covid-19). Outros sequer transporte coletivo possuem. Quer dizer, o decreto baixado pelo secretário Beto Preto mediu todos pela mesma régua, quando o mais correto seria dialogar e procurar atender a situação segundo as características de cada um. Deputado, caso nada seja feito e depressa para reverter essa decisão unilateral, a crise que se instalará, principalmente no Oeste do Paraná, terá efeitos muito mais severos e duradouros do que a do coronavírus. Sem mais para o momento, agradecemos e aguardamos retorno”, finaliza a nota da Caciopar.

 

Com assessoria

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