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Paraná À disposição da Justiça

Capitão do Gaeco preso pode responder por extorsão ou corrupção passiva; também pode perder a função na corporação

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Coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, concedeu coletiva de imprensa sobre o caso na manhã desta segunda-feira (30): "O capitão até então não tinha apresentando qualquer problema" (Foto: Divulgação)

O policial militar que atuava no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi preso em flagrante ao receber cerca de R$ 20 mil em dinheiro no estacionamento de um shopping de Curitiba, de acordo com o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti.

A prisão do policial ocorreu no sábado (28). Ele é capitão da Polícia Militar (PM) e fazia parte do Gaeco há mais de dez anos.

Batisti confirmou que a prisão do policial foi convertida em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.

Conforme Batisti, que concedeu uma coletiva de imprensa sobre o caso na manhã desta segunda-feira (30), o capitão até então não tinha apresentando qualquer problema.

Porém, no sábado, foi flagrado por policiais do Gaeco recebendo o dinheiro de um empresário que presta serviços à Prefeitura de Foz do Iguaçu. Eram 300 cédulas e todas estavam marcadas.

O PM foi imediatamente desligado de suas funções no Gaeco. Ele havia pedido R$ 100 mil ao empresário.

O Gaeco informou que não há denúncias contra o empresário. O setor em que o empresário trabalha não foi informado para preservar a identidade dele.

 

Escolha aleatória
O caso foi descoberto, segundo o Gaeco, pelo setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR). O empresário foi escolhido pelo PM de maneira aleatória, de acordo com Batisti.

“Nós recebemos inicialmente uma informação da Secretaria de Segurança, através dos órgãos de inteligência, dizendo que alguém havia se apresentado como funcionário ou policial que atuava no Gaeco e que estava tentando tirar uma vantagem, exigindo uma vantagem do empresário”, afirmou Batisti.

O capitão está detido na Corregedoria da PM, na Capital paranaense. Quando questionado sobre o caso, no momento da prisão em flagrante, preferiu ficar em silêncio.

O PM pode responder por extorsão ou corrupção passiva. Ainda está sendo avaliado por qual crime responderá.

Além disso, responderá por um processo administrativo junto à PM e também pode perder a função na corporação. Ele chefiava o setor de investigação do núcleo de Foz do Iguaçu.

 

O empresário
Conforme Batisti, o empresário foi procurado pelo PM com a justificativa de que o capitão poderia abrir uma investigação contra ele no Gaeco porque haveria suspeitas contra ele, mas o empresário não aceitou a investida.

Quando o setor de inteligência da Sesp conseguiu identificar o empresário, entrou em contato com ele. Por meio de foto, o empresário confirmou se tratar do policial militar. Para ajudar nas investigações, o empresário aceitou fazer o pagamento dos R$ 20 mil.

“Uma vez identificado o empresário, ele por fotografia convenceu-nos que era determinado policial que trabalhava conosco e que nós prendemos, e daí nós desatamos a situação que levou à prisão em flagrante do policial”, explicou Batisti.

 

O que diz a PM
A Polícia Militar informou que o policial preso ficará à disposição da Justiça e que aguarda os procedimentos para avaliar sobre a situação dele dentro da corporação.

 

Com G1

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