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Paraná Sanidade animal

Começa a vacinação contra a febre aftosa

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A não vacinação ou não comprovação implica em multa mínima de 10 UPF, podendo ser maior para rebanhos com mais de dez cabeças, além de não poder transportar seus animais para qualquer finalidade (Foto: ANPr)

Iniciou na terça-feira (1º) a primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa no Paraná. Nesta primeira etapa, os produtores devem imunizar os animais de até 24 meses, incluindo os bezerros com poucos dias de vida. Depois de vacinar o rebanho, o criador tem até o dia 31 de maio para comprovar a aplicação do medicamento.

O produtor deve se dirigir às lojas agropecuárias que são credenciadas a comercializar a vacina. A comprovação pode ainda ser feita pela internet, no sistema da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar). Lá, ele deve informar a quantidade total de bovinos que tem na propriedade por faixa etária, sempre separando macho e fêmea.

A recomendação é que os produtores tomem cuidado para utilizar sempre vacinas novas, para que a introdução, quando feita via subcutânea, não cause nenhuma inflamação, além de que sejam limpas e desinfetadas. Isso evita que os animais tenham alguma reação pós-vacinação no local em que foi feita a imunização. Outro ponto importante é que no momento da vacinação o animal esteja bem contido, para que ele não se mexa no momento da vacina e não cause qualquer lesão ou reação no local.

A vacina deve ser mantida entre dois e oito graus, tanto no armazenamento e transporte, quanto durante o processo de vacinação do gado. A Adapar recomenda, ainda, adquirir a vacina nas datas mais próximas da aplicação planejada, evitando assim o armazenamento na propriedade por períodos prolongados. Esta medida diminui os riscos que podem comprometer a qualidade e a eficiência da imunização durante a vacinação.

Outra recomendação é que os produtores não deixem para comprar a vacina e fazer a comprovação nos últimos dias. Isso evita transtornos, como o sistema lento ou muitas pessoas para comprar nas lojas agropecuárias. Além disso, é valido lembrar que a vacinação é obrigatória.

 

COMPROVAÇÃO

O produtor pode realizar a comprovação da vacinação pela internet, acessando a página da Adapar (www.adapar.pr.gov.br). Será feita em duas etapas: 1º) cadastro da venda da vacina pelo revendedor e 2º) comprovação pelo produtor. O produtor somente conseguirá efetuar a comprovação pela internet após o revendedor também ter cadastrado a venda da vacina.

A não vacinação ou não comprovação implica em multa mínima de 10 Unidade Padrão Fiscal (UPF) do Paraná, cujo valor em abril/18 é de R$ 98,64, variando todo mês, podendo ser maior para rebanhos com mais de dez cabeças, além de não poder transportar seus animais para qualquer finalidade.

 

BRASIL

O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, alerta que o calendário de vacinação tem que ser seguido à risca. “O fazendeiro que não cumprir com sua obrigação será autuado e multado (a multa depende de cada Estado) e a vacinação será aplicada mesmo que seja necessária a utilização de força policial”, afirmou.

O diretor explica que o ministério avalia a imunidade para saber se os animais foram realmente vacinados. Isso é possível com a coleta de material (sangue), em várias propriedades, de diversos Estados. Essa checagem complementa a declaração de vacinação e a nota fiscal de compra apresentada pelos criadores. Se os auditores fiscais constatarem que o rebanho não foi vacinado, o produtor responderá um processo.

Neste ano, a vacina continua com a dosagem de 5ml, contendo dois tipos de vírus: O e A. “Estamos trabalhando para que em maio do ano que vem a vacina tenha 2ml”, disse Marques.

O criador que, eventualmente, observar algum tipo de lesão vesicular ou animais babando e mancando (suspeita de febre aftosa) deve comunicar imediatamente o serviço veterinário oficial.

 

Com agências

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