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Paraná Temporais

Desastres ambientais castigam o Paraná neste começo de ano

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Só no último final de semana, por exemplo, foram cinco registros em cinco municípios diferentes (Foto: GoioNews)

As duas primeiras semanas de 2019 têm sido também uma das mais agitadas dos últimos anos para a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Paraná. Segundo informações do SISDC (Sistema Informatizado de Defesa Civil), desde o início do ano novo o estado tem registrado duas ocorrências ambientais por dia, em média.

Só no último final de semana, por exemplo, foram cinco registros em cinco municípios diferentes, entre eles Curitiba, que teve alagamentos nos bairros Boa Vista e CIC e o registro de queda de árvore ou galhos grandes no Pinheirinho, Centro e Santa Felicidade.

O episódio mais grave, contudo, ocorreu em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, onde 300 pessoas foram afetadas por alagamentos provocados pela chuva excessiva. Muitas famílias tiveram prejuízo patrimonial, com a perda de roupas, móveis e alimentos. Além disso, um homem teria desaparecido em uma enxurrada quando seguia para casa em uma motocicleta, acompanhado do filhoi. O Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) tenta localizar a vítima desde o último domingo.

Os dados da Defesa Civil paranaense, por sua vez, mostram que desde o 1º dia do ano foram registrados 30 ocorrências ambientais no Paraná, das quais oito em Curitiba e região metropolitana. Desde 2016, quando nos primeiros 14 dias do ano foram registrados 76 ocorrências, não havia um número tão grande de desastres no estado num começo de ano.

Além da Região Metropolitana de Curitiba, o litoral paranaense também foi bastante castigado, com quatro registros. Dois deles foram em Guaraqueçaba, que chegou a decretar situação de emergência no último dia 5 após um temporal seguido de enxurrada deixar o município ilhado e pelo menos 65 pessoas desabrigadas.

A maior parte das ocorrências deste ano, inclusive, estão relacionadas com condições climáticas desfavoráveis e típicas desta época do ano, em que costumamos ter mais calor e também chuvas fortes. Dos 30 registros da Defesa Civil, 14 são de vendavais, 7 de enxurradas, três de alagamentos, uma de tempestade de raios, de chuva de granizo e deslizamento.

 

Dezembro e janeiro concentram 22% das ocorrências

Não é de hoje, inclusive, que o mês de janeiro é um dos mais agitados para a Defesa Civil do Paraná – embora neste ano o número de registros tenha crescido. Curiosamente, aliás, o primeiro e o último mês de cada ano, que costuma ser também o período de maior calor no estado, com o fim da primavera e o início do verão, são aqueles com maior número de ocorrências.

De dezembro de 2014 até janeiro de 2019 foram registrados no Paraná 2.117 ocorrências ambientais, com três casos a cada dois dias, em média. Os meses de dezembro e janeiro concentram mais de um quinto das ocorrências (21,9%), com 463 registros no período. Desses, 61 ocorreram desde dezembro de 2018 – ou seja, o mês de janeiro, em duas semanas, praticamente igualou o número de ocorrência de dezembro último (31).

 

Quem acionar quando cair uma árvore?

Muito calor durante o dia e pancadas de chuva à tarde, com grande volume de água e ventos fortes. Em Curitiba, município com mais de 320 mil exemplares de árvores, um cenário desses favorece a queda de galhos e até de árvores inteiras. E aí é importante que o cidadão saiba qual o canal para pedir a retirada desses resíduos vegetais, caso algo assim tenha caído por conta de temporais.

Para fazer a solicitação de serviço, basta entrar em contato com a Central 156, por telefone ou pelo site. O atendimento acontece por ordem de chamada e também de acordo com a gravidade da situação relatada.

“Nossas equipes irão priorizar casos emergenciais, que são os que apresentem obstrução de ruas”, explica o diretor do Departamento de Produção Vegetal, responsável pela arborização da cidade, José Roberto Roloff.

Já se a situação ocorrer dentro de imóveis e envolver risco às pessoas, deve se acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

Em vias públicas, se houver comprometimento aos cabos de energia, o melhor caminho é acionar a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), uma vez que o serviço de retirada, nestes casos, só pode ser feito com o desligamento da energia, para evitar acidentes

Em Curitiba, as equipes de arborização fazem a manutenção das árvores, mas não há como garantir que árvores sadias não terão desprendimento de galhos ou quedas neste período.

 

Ocorrências Ambientais

Janeiro (1º a 14 de janeiro)

2019 – 30
2018 – 27
2017 – 25
2016 – 76
2015 – 27
2014 – 17
2013 – 31
2012 – 132
2011 – 13
2010 – 18
2009 – 15

 

Dezembro a janeiro

01/12/2018 a 14/01/2019 60
01/12/2017 a 31/01/2018 116
01/12/2016 a 31/01/2017 57
01/12/2015 a 31/01/2016 153
01/12/2014 a 31/01/2015 77
TOTAL 463

 

Ocorrências no ano

2019 – 30
2018 – 424
2017 – 583
2016 – 400
2015 – 645
2014 – 560

 

Com Bem Paraná

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