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Paraná Audiência pública

Diálogo entre instituições é necessário para preservação de reservatórios de água

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(Foto: Divulgação)

Um diálogo permanente entre Assembleia Legislativa do Paraná, prefeituras da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e instituições como o Ministério Público e Universidade Federal do Paraná (UFPR) é de vital importância para preservação dos reservatórios de água da região. Esta foi o principal tema de uma audiência pública remota promovida nesta quinta-feira (17) pela Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Paraná, que focou na discussão da represa do Iraí, uma das que abastecem a grande Curitiba.

A discussão faz parte do projeto “Salve a água: Ciclo de audiências sobre os reservatórios de Curitiba e Região”, criado pelo deputado Goura (PDT), presidente da Comissão. No cerne da discussão estão as barragens Piraquara I e II, a represa do Iraí, a represa do Passaúna e a represa do Miringuava. O objetivo dos debates é reunir atores da preservação ambiental para discutir ações de conservação em meio à maior crise hídrica da história do Estado.

“Reforçamos aqui a importância do diálogo entre as instituições para efetivarmos o que está na Constituição”, disse o deputado Goura. “Este debate visa discutir políticas públicas de produção e preservação de água dentro da crise pela qual passamos. Isto é fundamental para termos água nos municípios da Região Metropolitana de Curitiba”, comentou.

O diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Julio Gonchorosky, frisou que a discussão é fundamental para o abastecimento de água na região. “A meteorologia indica que ainda teremos tempos duros pela frente, com uma primavera seca e um verão com chuvas normais. Temos de nos preparar para isso. A reserva do Iraí tem papel fundamental neste caso. Ela precisa de uma estratégia diferente de conservação, pois está dentro de uma área urbana. Sem a conservação dela e da Serra do Mar, não teremos água em Curitiba”, alertou.

O coordenador de planejamento da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (COMEC), Eloir Alberti Junior, frisou a importância da reserva do Iraí para o abastecimento da RMC. “O cenário crítico que temos hoje seria muito mais difícil sem esta área de preservação ambiental. Por isso, temos de buscar ferramentas não só para preservar, mas também para recuperar áreas degradadas”, observou.

Carlos Alberto Porcides, da divisão de obras especiais da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), informou que a instituição tem trabalhado na preservação e economicidade de água. “A Cohapar tem buscado isto com a redução de invasões nas margens de rios”. Já a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) tem projetos de obras de preservação nos mananciais do Iraí nos próximos meses. A informação é do diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do órgão, José Luiz Scroccaro.

 

PREFEITURAS

No mesmo sentido, representantes dos municípios que abrangem a reserva do Iraí também manifestaram a preocupação com a preservação. O prefeito de Quatro Barras, Angelo Andreatta, frisou a necessidade de políticas compensatórias para os municípios da Região Metropolitana produtores de água. A diretora de projetos ambientais de Campina Grande do Sul, Andreia Trevisan Del Zotto, concordou. “É importante a implantação de um benefício para quem tem áreas no reservatório de água”, opinou.

Ao fim, todos manifestaram preocupação com o futuro dos reservatórios de água. “Temos de manter essa preocupação constante com a preservação, principalmente para manter a qualidade da água”, observou o servidor da prefeitura de Pinhais, Irineu Nogueira. “Os mananciais são mais importantes que os municípios. A questão de pertencimento é muito grande”, disse o engenheiro florestal do município de Colombo, Robério Marcolino Filho.

 

PARTICIPAÇÕES

Também participaram da audiência a assessora jurídica de Promotoria do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Paraná, Isabella Madruga da Cunha, o engenheiro florestal da UFPR, Marcelo Langer, a especialista em Direito Socioambiental, Flávia Sotto Maior, o ativista ambiental Diego Saldanha, o presidente do Comitê de Bacia do Alto Iguaçu, Michel Ribas Galvão, o promotor de Justiça Diogo Porto, a agricultora Claudia Molina e a psicanalista e doutora em Meio Ambiente pela UFPR, Ana Lizete Farias.

 

Com Assembleia Legislativa do Estado do Paraná

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