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Paraná Vespersaurus paranaensis

Dinossauro encontrado no Paraná vivia menos que outras espécies, relatam pesquisadores

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(Foto: Divulgação)

Pesquisadores do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Paraná, e do Museu Nacional do Rio de Janeiro fizeram novas descobertas sobre o Vespersaurus paranaensis, que é a primeira espécie de dinossauro encontrada no Paraná.

De acordo com a pesquisa, a espécie paranaense vivia menos do que outros dinossauros já estudados. Além disso, o animal demorava cerca de 15 anos para atingir estatura de 1,50 m.

Fósseis do Vespersaurus paranaensis foram encontrados em um sítio paleontológico de Cruzeiro do Oeste por pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), da Universidade de São Paulo (USP) e do Museu Paleontológico da cidade.

A descoberta foi anunciada em 2019. Segundo os pesquisadores, o animal viveu na região noroeste do Paraná há aproximadamente 90 milhões de anos.

O pesquisador do Museu Nacional do Rio de Janeiro Geovane de Souza explicou que o Vespersaurus paranaensis tinha um tipo de tecido ósseo de crescimento muito lento, algo incomum pra maioria dos dinossauros.

Em relação ao tempo de vida, os estudiosos consideram que a espécie vivia pouco, em comparação com outros dinossauros.

“Quando a gente compara com os outros dinossauros que a gente tem informação, eles eram capazes de viver por 25, 30, até 40 anos. O Vespersauros vivia pouco tempo, mais ou menos o mesmo tanto de um cachorro ou um gato de hoje em dia”, disse.

O pesquisador também afirmou que estudar o padrão de vida dos dinossauros ajuda a compreender como estes animais, que dominavam o planeta, se adaptaram às mudanças climáticas, o que pode ser útil para o futuro do ser humano.

 

ESPÉCIE PARANAENSE

O Vespersauros paranaensis era bípede e carnívoro. Pesquisadores acreditam que eles viviam numa região de oásis onde há milhões de anos havia um deserto, no noroeste do Paraná.

A descoberta comprova que dinossauros habitaram a região noroeste do estado pelo menos 30 milhões de anos antes da extinção de grandes espécies.

Fósseis do animal foram encontrados pela primeira vez na década de 1970. O material ficou guardado na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) por 40 anos e só depois analisado.

Segundo os pesquisadores, características encontradas nos pés dos animais ajudaram a identificar que a espécie de dinossauro é única no mundo.

A diretora do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste, Neurides Martins, disse que o sítio paleontológico ainda deve revelar novas descobertas.

“A expectativa de publicar muito mais coisas. Nós temos pesquisas em andamento, mas o principal disso tudo é a retomada das escavações assim que passar esse momento de pandemia.”

 

Com G1

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