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Paraná FORÇA-TAREFA

Exército dá sequência à Operação Fronteira Sul e reforça segurança na região

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O Presente

O Exército Brasileiro dá sequência aos trabalhos da Operação Fronteira Sul I/Ágata, desencadeada no domingo (25), em toda a faixa de fronteira do Paraná.

Sob o comando da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada de Cascavel (15ª Bda Inf Mec), a operação está sendo desenvolvida em coordenação com diversos órgãos de segurança pública e de fiscalização federais, estaduais e municipais, em ambiente interagências, com os objetivos de fortalecer a presença do Estado na região e atuar contra ilícitos transfronteiriços.

Os militares estão conduzindo operações preventivas e repressivas pontuais, tais como patrulhamentos terrestres e fluviais; estabelecimento de postos de bloqueio e controle de estradas, vias urbanas e fluviais; revista de pessoas, veículos e embarcações, além da intensificação da fiscalização de produtos controlados.

De acordo com o comandante do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizado (B I MEC), tenente-coronel Wilson Rogério Pinheiro, responsável pelo comando da força-tarefa Guarani, a novidade da operação deste ano está na constituição da tropa.

Composta por tropas dos Batalhões de Infantaria Mecanizado de Apucarana, Cascavel e Foz do Iguaçu, além de tropas do Esquadrão de Cavalaria Mecanizado de Francisco Beltrão e do Grupo de Artilharia de Campanha de Guarapuava, a força-tarefa está constituída em três companhias, que estão dispostas em toda a região de fronteira. A 1ª Companhia engloba as regiões de Guaíra à Querência do Norte, a 2ª Companhia, bem como o comando do Batalhão, está sediada em Marechal Cândido Rondon, compreendendo os municípios vizinhos, desde Pato Bragado e Toledo até Cascavel, e a 3ª Companhia situada na região de Foz do Iguaçu. “Cada companhia ocupou uma região distinta para que nós pudéssemos, de acordo com a ordem de operação da 15ª Bda Inf Mec, fechar toda a região de fronteira, desde Foz do Iguaçu até Querência do Norte”, pontua Pinheiro.

No total, o comandante revela que a operação conta com um efetivo de cerca de 600 militares, dispostos entre as três companhias. “Na última operação realizada no ano passado haviam outras organizações militares além das que nós temos hoje. Sendo assim, tivemos um vulto maior em termos de efetivo, porém com a mesma área de operações”, destaca o tenente-coronel.

 

Posição estratégica

Devido à sua posição estratégica, Marechal Cândido Rondon foi a cidade escolhida para receber a base militar do Exército, que foi montada junto ao Parque de Exposições do município. “Dentro da área que operamos, Marechal não é o ponto central, mas está eixada com todas as demais regiões, além disso, o município nos oferece uma estrutura boa e adequada para as nossas instalações”, menciona o comandante.

 

Repressão efetiva

Tendo como principal objetivo a diminuição da incidência dos ilícitos transfronteiriços, principalmente tráfico de drogas, armas e munições, as tropas atuam em pontos estratégicos dispostos ao longo da fronteira.

Os locais de atuação das tropas, conforme explica Pinheiro, são frutos de operações de Inteligência. A linha de ação tem como premissa a valorização do princípio da surpresa, com o aumento do número de ações, sendo elas mais curtas e pontuais. “O nosso setor de Inteligência nos alimenta com informações, que chegam até nós com uma defasagem de 24 horas, para que assim possamos planejar e executar as operações, que, basicamente, consistem em pontos de bloqueio nas vias urbanas e estradas, além de patrulha fluvial na região do Lago de Itaipu”, expõe o comandante da força-tarefa.

A antecedência com a qual as informações são repassadas ao comanda das tropas visa manter o sigilo e a surpresa para que o desencadeamento das operações tenha o efeito desejado.

Ontem (27) tropas da 2ª Companhia atuaram junto ao posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Quatro Pontes e hoje (28) desencadearam ações na região de Pato Bragado e no Arroio Guaçu, em Mercedes.

 

Mudanças de comportamento

Embora até o presente momento não se tenha tido nenhuma apreensão de vulto, Pinheiro ressalta que já é perceptível algumas mudanças no comportamento do fluxo de veículos. “Principalmente quando nós nos apoiamos em cima dos eixos de estradas verificamos que a incidência de ilícitos diminui bastante”, comenta, acrescentando: “E constatamos isso justamente pelo fato de ainda não haver apreensão, haja vista que quem comete algum ilícito, verifica a presença de tropas e evita passar pelos eixos de fronteira”.

Além dos equipamentos usuais de dotação do Exército, utilizados em operações de garantia da lei e da ordem, a operação também se apoia em sistemas de vigilância. “Quem utiliza os sistemas de vigilância são os nossos órgãos superiores, que desencadeiam as operações de inteligência e nos repassam as informações”, salienta Pinheiro.

Integração como fator de sucesso

A Operação Fronteira Sul I/Ágata tem caráter inter- agências, isto é, atuação conjunta com demais órgãos de segurança do Estado. “Antes de desencadearmos a operação propriamente dita, uma reunião com todos as instituições de segurança, tanto a nível estadual, federal ou municipal, foi realizada na sede da 15ª Bda Inf Mec. O efeito dessa integração multiplica o fator de sucesso das operações”, salienta Pinheiro.

Ele também revela que a operação segue por tempo indeterminado, sendo que as tropas serão retiradas da área apenas com a ordem do Escalão Superior.

Ainda conforme o comandante, outras edições da Operação Fronteira Sul I/Ágata serão realizadas ao longo do ano.

Comandante do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizado (B I MEC), tenente-coronel Wilson Rogério Pinheiro: “Cada companhia ocupou uma região distinta para que nós pudéssemos, de acordo com a ordem de operação da 15ª Bda Inf Mec, fechar toda a região de fronteira, desde Foz do Iguaçu até Querência do Norte”

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