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Paraná Crise do coronavírus

Falta de insumos e de profissionais são hoje os maiores problemas do Paraná no enfrentamento à pandemia

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(Foto: Ari Dias/AEN)

Atualmente, são dois os principais problemas que o Paraná enfrenta em meio à pandemia do coronavírus. Segundo anunciou ontem o governador Ratinho Junior e o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, os hospitais paranaenses já sofrem com a falta de insumos (sedativo para intubação) e a falta de intensivistas (que é o profissional especializado para trabalhar em UTIs). Essas duas questões, inclusive, foram as principais justificativas para que o governo estadual decretasse ‘quarentena mais restritiva’ em sete regionais de saúde a partir de hoje.

Segundo Ratinho Junior, no último final de semana houve até um hospital particular de Curitiba, cujo nome não foi revelado, que chegou a ficar no último sábado sem sedativos para os mais de 20 pacientes com Covid internados em UTI. A solução do Estado,e então, foi emprestar 50 ampolas de um medicamento e mais 100 de um outro, para que o estabelecimento de saúde pudesse manter os pacientes intubados, explicou Beto Preto.

“Esse é um problema que não é só do Brasil, no mundo está acontecendo isso. É uma situação gravíssima. Aquilo que era o problema respirador até 40, 60 dias atrás, passou a ser o medicamento para relaxar o paciente, para ser intubado”, disse ontem Ratinho Junior.

“Nossos estoques vão mais uns dias, mas aguardamos uma tomada de posição do Ministério da Saúde para que possamos regularizar nossos estoques”, complementou o secretário de Saúde, revelando ainda que o consumo de medicamentos sedativos, como Propofol, Midazolam e Fentanil cresceu cerca de 500% em relação à média histórica, uma vez que os pacientes que são intubados precisam ficar sedados. “Então é uma situação grave, grave”.

‘Não adianta abrir mais leitos se não há profissionais’

O outro problema que o estado e o Brasil como um todo encaram é a falta de intensivistas. Nos últimos tempos, o Paraná investiu fortemente na abertura de leitos UTI e enfermaria para poder dar conta da demanda de pacientes contaminados pelo novo coronavírus. Acontece, contudo, que a capacidade de ampliação do atendimento está chegando no limite, e esse limite se dá nem tanto pela falta de capacidade de abertura de novos leitos, mas sim pela dificuldade em se conseguir mais profissionais para atender a população.

“Mesmo que a gente abra mais leitos de UTIs, você tem dificuldade de ter mais profissionais. Então nós precisamos fazer com que essa curva perca sua velocidade para que toda essa estrutura que nós já temos possa suportar esses atendimentos, já que nós temos, inclusive, escassez de mão de obra”, declarou Ratinho Junior.

“Nós estamos chegando no limite. Os profissionais que atuam em unidade de terapia intensiva estão acostumados a trabalhar na tênue linha entre a vida e a morte. Nós temos casos que vão par UTI que precisam da mão do intensivista. Existem outras especialidades que ajudam também, mas os especialistas são os intensivistas, e esses intensivistas também é finito, não existe à disposição no mercado”, emendou Beto Preto.

Com Bem Paraná

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