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Paraná Covid-19

Fila de espera por leitos bate recorde no Paraná: são 1.320 pessoas, 612 em estado grave

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(Foto: Divulgação)

A fila de pacientes com confirmação e suspeita de Covid-19 à espera de um leito bateu recorde no Paraná nesta segunda-feira (15). São 1.320 pessoas na fila por uma vaga nas redes pública e privada no Estado, sendo que 612 delas estão em estado grave. São 530 pacientes que precisam ir para a UTI e 708 que aguardam um leito clínico, ou seja na enfermaria. Na Grande Curitiba, a fila chegou a 471 pacientes.

Dos 13 hospitais com vagas exclusivas para Covid-19 pelo SUS na Grande Curitiba, oito deles estão com 100% de taxa de ocupação nas UTIs, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) desta segunda (15). Dos 16 hospitais, incluindo o complexo de UPAs de Curitiba, com leitos clínicos, dez estão sem nenhuma vaga. Para toda a região Metropolitana de Curitiba, restam apenas 15 leitos de UTI e 104 de enfermaria. A taxa de ocupação no Paraná está em 96% no caso das UTIs. As macorregiões Oeste e Norte bateram os 98% de ocupação para UTI, enquanto a Leste fechou em 96% nesta segunda. A Macrorregião Noroeste tem ocupação em 89%.

 

Sete hospitais particulares de Curitiba estão com restrições

A cada dia, mais hospitais particulares de Curitiba anunciam restrições no pronto-atendimento por falta de vagas. Nesta segunda (15), o Hospital INC, especializado em Neurologia, Neurocirurgia e Cardiologia, que atua no combate à pandemia, com leitos exclusivos para pacientes com Covid, agora só receberá pacientes com emergências neurológicas e cardiológicas. “Devido à alta demanda registrada no período, passamos do limite da nossa capacidade instalada de leitos. Sendo assim, o pronto-atendimento (PA) do Hospital INC estará restrito somente a atendimentos de emergências neurológicas e cardiológicas no momento”, afirma o comunicado do hospital.

Outros seis hospitais privados já anunciaram restrição de atendimento por colapso: Hospital Pilar, Hospital Vita Batel, Hospital Vita Linha Verde, Marcelino Champagnat, São Vicente Centro e Hospital Nossa Senhora das Graças. As restrições variam dia a dia dependendo da liberação de leitos e alta de paciente, mas todos admitem que a situação beiram o colapso.

 

Estoque de medicamentos no fim

O Cento de Medicamentos do Paraná (Cemepar), que monitora os estoques de 63 hospitais que fazem parte do Plano Estadual de Enfrentamento à Covid, emitiu um alerta nesta segunda (15) para o risco do desabastecimento de medicamentos utilizados para a entubação. O sinal vermelho leva em consideração o aumento das internações nos últimos dias em todas as quatro macrorregionais de saúde. Para resolver a situação, a Secretaria de Estado da Saúde reforçou o pedido ao Ministério da Saúde por mais medicamentos e estabeleceu protocolos de compra emergencial, inclusive com dispensa de licitação. Os três estados do Sul já mandaram ofício ao ministro Eduardo Pazuello requisitando a disponibilidade de mais medicamentos. O painel atualizado pelo Cemepar nesta segunda aponta que o estoque de bloqueadores neuromusculares, que são os relaxantes usados para auxiliar na ventilação mecânica, deve durar mais três dias, nas atuais condições. O estoque dos sedativos e de analgésicos dá para abastecer os hospitais por mais oito dias, ou seja, até 23 de março.

O mesmo acontece na rede particular. “Na última semana, alguns hospitais começaram a sentir dificuldades na compra de anestésicos. Os fornecedores que vinham entregando normalmente começaram a não entregar”, afirmou Flaviano Fleu Ventorim, presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa).

 

Boletim atualizado

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta segunda-feira (15) 2.136 casos confirmados e 41 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 758.740 casos confirmados e 13.519 mortos em decorrência da doença.

 

Com Bem Paraná

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