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Paraná PROTESTOS

Greve dos caminhoneiros chega ao 8º dia nas estradas do Paraná

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PRF/Divulgação

A greve dos caminhoneiros chegou, nesta segunda-feira (28), ao 8º dia nas rodovias do Paraná. A mobilização também segue em outros estados.

Há falta de combustível, e aulas foram suspensas. Nas principais cidades do estado, os ônibus do transporte coletivo circulam normalmente.

Nesta manhã, de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), há 157 pontos de protestos nas estradas estaduais. O balanço foi divulgado às 6h10. No sábado (26), eram cerca de 165.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) não atualiza os números desde a noite de sábado (26), quando havia 60 bloqueios.

Nova proposta

Na noite de domingo (27), representantes de caminhoneiros autônomos afirmaram que aprovam as medidas para a categoria anunciadas, mais cedo, pelo presidente Michel Temer.

Em Curitiba, o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, disse que as três novas propostas recebidas do governo federal serão levadas aos caminhoneiros no país para avaliação.

“Acredito que até amanhã tenha uma resposta [sobre as propostas]. Estamos de plantão 24 horas aguardando o posicionamento da categoria pra dar uma posição à nação brasileira”, afirmou Bueno no domingo.

 Com a nova proposta, detalhada por Temer durante pronunciamento, o governo espera encerrar a greve dos caminhoneiros.

Entre as medidas está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias e a isenção de pegamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. Apenas a redução de R$ 0,46 no preço do diesel custará ao governo R$ 10 bilhões.

No pacote, estava prevista a edição de três medidas provisórias para atender à demanda dos caminhoneiros. As MPs saíram em edição extra do Diário Oficial da União publicada no fim da noite dee domingo.

Governadora conversa com caminhoneiros

A governadora do Paraná, Cida Borghetti (Progressistas), participou de duas reuniões no domingo no Palácio Iguaçu, em Curitiba.

Às 16h, ela conversou reservadamente com representantes dos caminhoneiros autônomos. A reunião durou cerca de uma hora.

Depois, ela se reuniu com os representantes dos caminhoneiros, do setor produtivo, federações das indústrias e agricultura, integrantes do governo, empresários do setor de transportes, PRF e Defesa Civil. Esse encontro terminou pouco depois das 20h.

Ao final da reunião, a governadora anunciou a redução da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel de R$ 3,20 para R$ 2,95, a partir de 1º de junho.

Conforme a assessoria do governo, essa redução deve representar uma queda de R$ 0,04 por litro do combustível para o consumidor final. A medida vale por 90 dias.

José Roberto Ricken, presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), que participou das reuniões, disse que o setor já registrou perda real de mais de R$ 150 milhões nesses sete dias de paralisação dos caminhoneiros.

“Ficou claro que o problema que existe no transporte, também existe na produção. Nós também usamos óleo diesel. Pedimos encarecidamente que houvesse uma trégua para evitar o caos”, afirmou.

O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, também falou sobre o pedido de trégua aos representantes dos caminhoneiros.

“Estamos cavando nossa própria sepultura”, afirmou, ao comentar sobre os reflexos da paralisação e possíveis problemas sanitários gerados em aviários e no descarte de leite.

Houve, ainda no domingo, uma terceira reunião no Palácio Iguaçu. Participaram representantes do governo, de caminhoneiros e do setor produtivo, sem a presença de Cida Borghetti.

Com informações G1 PR

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