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Paraná Sobrecarga em Curitiba

Internações por Covid caem, mas ocupação de leitos gerais do SUS aumenta no Paraná

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(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Enquanto a demanda por leitos para pacientes com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 vem caindo na rede pública de saúde de Curitiba, os hospitais da capital paranaense estão tendo de lidar com uma alta na demanda por leitos gerais no SUS, principalmente em estabelecimentos que são referência no atendimento a traumas.

Conforme dados da Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa-PR), na última terça-feira (3), a taxa de ocupação dos leitos Covid em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes adultos estava em 71% na Grande Curitiba, com 513 das 718 vagas disponíveis em 13 hospitais da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) estando ocupadas.

Por outro lado, a taxa de ocupação em leitos gerais nas UTIs do SUS na RMC estava em 80% na mesma data, quando 260 das 327 vagas disponíveis estavam ocupadas. Entre os 15 hospitais de Curitiba e municípios do entorno com leitos gerais disponíveis, oito apresentam taxa de ocupação superior a 90%: o Angelina Caron (100%), em Campina Grande do Sul; o Hospital do Centro (98%) e o do Rocio (100%), em Campo Largo; o Universitário Evangélico Mackenzie (143%), o do Trabalhador (93%), o Universitário Cajuru (93%), o Cruz Vermelha (100%) e o Erasto Gaertner (100%), todos na capital paranaense.

A situação chegou a provocar a formação de filas de ambulância em hospitais da Grande Curitiba, como o do Trabalhador, o Cajuru e o Evangélico Mackenzie, entre os dias de ontem e anteontem, quando a média de espera por atendimento chegou a ser de quatro horas na capital paranaense. A sobrecarga afeta principalmente prontos-socorros que atendem emergências e urgências e ocorre por conta da alta na demanda de casos envolvendo traumas, como acidentes de trânsito e casos de violência/agressões.

Informações do Sistema Digital de Dados Operacionais do Corpo de Bombeiros do Paraná (SYSBM-CCB) ajudam a entender o que está acontecendo neste momento. Desde o começo do ano, o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) vem registrando um gradativo aumento da demanda, que bateu recorde no mês de julho.

Ao longo do primeiro trimestre, por exemplo, o estado registrou, mensalmente, entre 1.051 e 1.087 ocorrências de acidente de transporte ou de atendimento pré-hospitalar — em situações como agressões; ferimento por arma branca, de fogo ou cortante; e obstrução de vias aéreas, quando pessoas acabam se engasgando ou sufocando com alimentos ou objetos.

No trimestre seguinte, entre abril e junho, a média de atendimentos desse tipo subiu ainda mais, variando entre 1.227 e 1.244 ocorrências mensais. Já em julho, foi verificado o recorde no ano de 2021, com 1.355 registros de acidentes de trânsito e atendimento pré-hospitalar — ou 28,92% a mais que os 1.051 casos em abril, por exemplo.

 

Ocupação de leitos exclusivos para o coronavírus sobe dois dias seguidos

Após abrir agosto com o menor número de pacientes internados em UTI e leitos clínicos para casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 desde o dia 7 de janeiro, o Paraná já acumula duas altas consecutivas no número de pacientes internados na rede pública de saúde do estado.

Segundo informações da Sesa-PR, no primeiro dia do mês corrente haviam 1.871 pessoas internadas em hospitais do Paraná com suspeita ou confirmação de contaminação pelo coronavírus. No dia seguinte o número já havia subido para 1.886 e na última terça-feira (03 de agosto) chegou a 1.915.

Os dados mais recentes mostram ainda que a taxa de ocupação nas UTIs estava em 58,54%, com 1.083 pessoas necessitando de cuidados intensivos. Já nas enfermarias ou leitos clínicos haviam 832 pacientes internados, com taxa de ocupação em 38,57%.

 

Mortes por doenças cardiovasculares sobem em 2021

A Sociedade brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou ontem dados alarmantes sobre as doenças cardiovasculares. É que no primeiro semestre de 2021 houve aumento de quase 7% no número de óbitos causados por esse tipo de enfermidade em relação ao mesmo período de 2020.

Foram mais de 140 mil mortes registradas no ano passado contra mais de 150 mil no mesmo período deste ano

Segundo a SBC, um dos problemas tem sido o receio de contaminação pelo coronavírus, que tem feito pacientes portadores de doenças cardiovasculares e de outras doenças agudas, que necessitam de acompanhamento médico, negligenciarem a rotina de saúde, deixando de ir ao médico.

Segundo o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, José Francisco Kerr Saraiva, o colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores para doenças cardiovasculares e pode ser uma das causas que leva ao infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, controlar as taxas de gordura no sangue é fundamental para reduzir riscos, bem como continuar se cuidando, mesmo na pandemia, não deixando de realizar atividade física com segurança.

 

Com Bem Paraná

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