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Paraná Ensino superior

Mais de 160 bolsas de pós-graduação vão ser cortadas ou congeladas da UFPR até o fim de 2019, diz Capes

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Foto: Divulgação

Até dezembro de 2019, 164 bolsas de pós-graduação vão ser cortadas ou congeladas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), de acordo com o levantamento que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) fez exclusivamente para a RPC.

Essas bolsas incluem mestrado (79), doutorado (68) e pós-doutorado (17) – representando cerca de 10% do total de bolsas da Capes na UFPR.

O levantamento apontou que, em agosto, foram cortadas ou congeladas 48 bolsas.

Em abril deste ano, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o bloqueio de 30% na verba das instituições de ensino federais. A medida vale para as universidades e para todos os institutos e vem causando uma série de cortes.

 

PRODUÇÃO DE CIÊNCIA

A UFPR está entre as 15 universidades que mais produzem ciência no Brasil, sendo a 8ª colocada.

Entre 2013 e 2018, foram mais de 20 mil publicações na revista eletrônica mundial de ciência.

Agora, há a preocupação dos pesquisadores com o corte das bolsas, que pode diminuir a produção científica da UFPR.

 

TRISTEZA E ESPERANÇA

O pró-reitor de pesquisa e graduação da UFPR, Francisco Mendonça disse que a instituição recebeu a notícia do congelamento, somado aos cortes que já ocorreram no 1º semestre, com tristeza.

“Significa a não aplicação de recursos para o desenvolvimento da pesquisa a partir de recursos humanos de alta qualidade”, afirmou o pró-reitor.

A pesquisadora Sabrina Calado tenta ser otimista: “Sempre tem a esperança de continuar pesquisando e aumentando o desenvolvimento científico do Brasil”.

 

O QUE DIZ O MEC

O Ministério da Educação (MEC) informou que não houve corte no orçamento das universidades e, sim, um contingenciamento em toda a administração federal.

Disse também que, para garantir o funcionamento e a autonomia das instituições, liberou no dia 2 de setembro R$ 366 milhões de limite de empenho às universidades federais.

Esse valor deve ser aplicado na manutenção e custeio – como água e luz e manutenção dos restaurantes universitários. O MEC ainda afirmou que estuda aumentar os limites de empenho.

 

Com G1

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