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Paraná MOBILIZAÇÃO

Militantes do MST e CUT montam acampamento próximo à sede da PF

Publicado

em

Franklin de Freitas

Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra e da Central Única de Trabalhadores (CUT/PR) montaram acampamento nas proximidades da sede da Polícia Federal, em Curitiba, no bairro do Santa Cândida, onde está preso desde ontem (07) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, ontem ao longo do dia chegaram a Curitiba três ônibus com militantes pró-Lula vindos da região Oeste do Paraná, mais especificamente das cidades de Cascavel e Foz do Iguaçu. Houve deslocamentos de ônibus de outras regiões do estado, mas a PRF não tem como precisar a quantidade exata. Hoje pela manhã chegou à capital paranaense  um ônibus com manifestantes vindos de São Paulo (SP).

Segundo informações não oficiais, pelo menos seis ônibus de manifestantes pró-Lula nas imediações da sede da PF. A Prefeitura de Curitiba cedeu o Parque Atuba para eventual utilização deles.

MST e CUT estimam que cerca de 40 ônibus com manifestantes devem chegar ao local durante o domingo. Os defensores de Lula pretendem promover manifestações para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar uma liminar que impede a prisão após condenação em segunda instância e pode favorecer Lula.

Cerca de 1,5 mil pessoas devem se reunir no espaço. Devido à ordem judicial, o acampamento está a uma distância de 500 metros da Superintendência, atrás do bloqueio da Polícia Militar. Com as ruas fechadas, a rotina dos moradores da região foi afetada.

Um morador que não quis se identificar informou que agora tem que deixar no carro um comprovante de residência para passar pelo bloqueio. “Estou andando com uma conta de luz no carro. Tive que sair ontem para cuidar da minha mãe que é idosa e tive dificuldades para voltar”, disse. O morador ainda criticou o planejamento das forças de segurança. “No dia em que o Lula veio prestar depoimento, eles isolaram a área, fizeram bloqueio, cadastraram os moradores e deu tudo certo. Agora que era a prisão do ex-presidente, um evento muito mais complicado, a PM não fez nada disso. Não entendemos o porquê. Acho que deveria ter tido um cuidado similar”, completou.

Ontem (7), o comandante do 20° Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Mário Henrique do Carmo avaliou como positiva a ação policial e descartou falta de planejamento. Afirmou que a corporação se preparou para o evento e agiu de forma correta para evitar conflitos entre os manifestantes contrários e favoráveis ao ex-presidente.

Os manifestantes favoráveis ao ex-presidente começam a montar um acampamento, chamado Lula Livre, próximo ao prédio da carceragem da PF. Segundo Roberto Baggio, da Frente Brasil Popular, os grupos estão se organizando e haverá cozinha improvisada, equipes voluntárias de saúde, ônibus de apoio, colchões e barracas. Sobre possíveis conflitos, Baggio afirma que o objetivo é protestar de maneira pacífica. “Nossa orientação é de que nosso pessoal não aceite provocações. Eles [manifestantes favoráveis à prisão] ficam jogando cerveja, fazendo piadas, não vamos revidar.”

A Polícia Militar isolou o quarteirão ao redor do prédio da PF para impedir a aproximação da manifestantes. A circulação de veículos também é restrita. O objetivo é evitar novos confrontos entre apoiadores do petista e agentes da Polícia Federal. Nove pessoas ficaram feridas durante confronto que ocorreu na noite de sábado, quando apoiadores do petista tentaram entrar no prédio e agentes da PF reagiram com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. Entre os feridos há um policial militar.

Com informações Bem Paraná

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