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Mortalidade infantil cresce 40% dos municípios paranaenses, mostra estudo

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A cada cinco horas e 21 minutos, uma criança com menos de um ano de idade morre no Paraná (Foto: Divulgação)

A cada cinco horas e 21 minutos, uma criança com menos de um ano de idade morre no Paraná. Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2017, último ano com dados disponíveis, foram registrados 1.633 óbitos infantis no estado. O que mais chama a atenção, contudo, é o fato de que em 156 dos 399 municípios paranaenses (39,1% do total) registrou-se uma alta da taxa de mortalidade infantil na comparação com 2016.

De acordo com os dados do Ministério, embora o número de óbitos tenha registrado um pequeno aumento (passando de 1.630 mortes em 2016 para 1.633 em 2017, alta de 0,002%), a taxa de óbitos a cada 100 mil nascimentos recuou 1,49% no estado, passando de 10,51 para 10,36 (em 2017 houveram 157.701 nascimentos no estado, ante 155.066 no ano anterior).

Apesar da queda no estado como um todo, entretanto, os números revelam que dois de cada cinco municípios do Paraná verificaram alta nos registros – ou seja, 40% das cidades tiveram alta. E a situação não atingiu apenas as pequenas cidades, mas também alguns dos principais municípios do estado, casos de Londrina (de 8,7 para 10,68), Maringá (de 8,34 para 10,08) e Ponta Grossa (10,86 para 12,66), por exemplo. Curitiba, por outro lado, registrou queda: de 8,66 para 8,31.

De acordo com o pediatra Maurício Marcondes Ribas, corregedor-geral do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), uma série de fatores ajudam a explicar esse aumento no índice de óbitos – no Brasil como um todo, por exemplo, registrou-se em 2016 a primeira alta em 25 anos na taxa de mortalidade infantil.

“Tivemos um incremento de população vinda de países vizinhos que nos trouxeram doenças que considerávamos erradicadas, como o sarampo. Isso pode extrapolar para várias outras doenças e aí abre um flanco para o aumento desse índice”, diz o especialista. “Outro dado importante que vale a pena frisar são essas campanhas que condenam o uso da vacina. Deixar de vacinar é um crime, expõe a criança a uma ou várias doenças”, critica.

Ainda segundo Marcondes Ribas, a tendência é de que não haja melhora no médio-prazo por conta da situação social que o país vive atualmente. “Até que isso esteja resolvida, todas essas pessoas que imigraram para cá estejam assentadas e a situação do país esteja estabilizada, esses índices (de óbitos) podem aumentar. As campanhas de vacinação até ajudam a manter a taxa (de mortalidade) em nível mais baixo, mas com esse caráter imigratório teremos problemas a curto e médio-prazo”.

 

Prematuridade e doenças infectocontagiosas preocupam

De acordo com o corregedor-geral do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), o pediatra Maurício Marcondes Ribas, a prematuridade e as doenças infectocontagiosas (com especial destaque para a pneumonia) são hoje a principal causa de morte infantil. “Essas duas lideram. Quando mais prematuro o bebê, mais vulnerável”, explica o pediatra.

Por isso, Marcondes Ribas deixa algumas dicas para aqueles que têm ou terão em breve um bebê em casa. A recomendação é criar um ambiente o mais saudável possível para o infante, com alimentação por leite materno até pelo menos o 6º mês de vida e o acompanhamento adequado do calendário de vacinação – nos seis primeiros de vida, o bebê terá de tomar uma nova vacina a cada 30 dias.

 

Secretaria de Saúde volta a alertar para a vacinação contra a febre amarela

O boletim epidemiológico Secretaria de Estado da Saúde sobre a febre amarela divulgado ontem pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública registra 17 casos confirmados de febre amarela no Paraná, desde 1º de julho de 2018. O informe anterior apresentava 16. A nova confirmação ocorreu em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. A Secretaria de Estado da Saúde segue com as ações de combate à febre amarela, principalmente com a vacinação em todas as unidades de saúde. De 1º de julho de 2018 até agora, o Paraná tem um óbito por febre amarela. Esta morte ocorreu em 6 de março, tendo como residência e local provável de infecção o município de Morretes. Ao todo, foram notificados 467 casos da doença no Estado e 76 continuam em investigação.

 

Com Bem Paraná 

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