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Navio iraniano deixa o Porto de Paranaguá e segue para Santa Catarina

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Foto: Reprodução/RPC TV

 

O navio Termeh, de bandeira iraniana, começou a sair do Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, por volta das 13 horas de sábado (27), de acordo com a instituição. Ele seguiu para Santa Catarina.

O outro navio iraniano, o Bavand, deve deixar a área na manhã deste domingo (28), segundo a administração do porto. Eles estavam parados na litoral paranaense desde junho, por falta de combustível.

Os dois navios começaram a ser abastecidos nesta madrugada, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A Petrobras havia se recusado a vender combustível para as embarcações, por receio de ferir sanções norte-americanas aplicadas a empresas iranianas.

Contudo, o presidente do STF, Dias Toffoli, obrigou a estatal a fornecer o combustível. A decisão dele é da última quarta-feira (24). O Termeh começou a ser abastecido pela Petrobras por volta das 04 horas.

Já o abastecimento do Bavand começou uma hora depois e terminou pouco antes das 18 horas, conforme o Porto de Paranaguá. A previsão é de que ele saia ainda na manhã de domingo.

 

NAVIOS

O MV Bavand seguirá para o Porto de Bandar Imam Khomeini (IRBIK), no Irã. Já o MV Termeh irá para o Porto de Imbituba, Santa Catarina.

O Bavand, que chegou a Paranaguá no dia 8 de junho e parte carregado com 48 mil toneladas de milho para o Irã, recebeu 1,3 mil toneladas de combustível. Conforme o porto, a viagem de volta para o Irã dura 37 dias.

O Termeh, que aguardava desde 09 de junho pela liberação do combustível, seguiu para o Porto de Imbituba para embarcar cerca de 60 mil toneladas do grão. A embarcação recebeu 600 toneladas de combustível.

Segundo a empresa que presta serviço para a Petrobras no abastecimento de navios, eles estão alinhando com a agência marítima a programação para o abastecimento.

O governo afirmou ainda que nenhum dos dois navios iranianos movimentou carga nos portos paranaenses. As embarcações apenas fizeram parada técnica de apoio, para abastecimento.

Este ano, de janeiro até o dia 25, seis navios passaram no Porto do estado para apenas abastecer. As origens das embarcações foram, além do Irã, Libéria, Bahamas e Dinamarca, conforme o governo.

 

O IMPASSE

A Petrobras foi obrigada judicialmente a fornecer combustível para os navios após Dias Toffoli rejeitar o recurso da Petrobras, que pedia para não efetuar o serviço.

Em trecho da decisão de dez páginas, o presidente do Supremo afirma que não vê riscos para a soberania nacional com o abastecimento dos navios iranianos.

Segundo Toffoli, a análise dos documentos apresentados mostrou que a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná que determinou a venda do combustível não prejudicaria o país.

O presidente do STF destacou ainda a Petrobras “saltou instâncias” ao recorrer diretamente ao Supremo. Toffoli ponderou que a estatal deveria ter questionado o fato em instâncias inferiores antes de ajuizar recurso na mais alta Corte do país.

Na visão do ministro, há no caso “premência da decisão judicial por razões humanitárias”, em razão de os navios iranianos estarem transportando alimentos para o país do Oriente Médio.

De acordo com o magistrado, o fornecimento do combustível no caso foi exigido por decisão judicial, o que supera a “convergência de vontades” das empresas envolvidas.

A Petrobras tinha se recusado a fornecer o combustível porque, segundo a estatal, a empresa dona dos navios está sob sanção dos Estados Unidos, e temia ficar sujeita às mesmas sanções caso prestasse serviço para as embarcações iranianas.

Os iranianos estão entre os maiores importadores de milho do Brasil. O país asiático também é um dos principais compradores de soja e carne bovina brasileira.
ABASTECIMENTO

Os navios foram abastecidos com cerca de 1,2 mil toneladas de combustível cada, em uma operação que dura, em média, de seis a dez horas.

De acordo com o governo, o abastecimento de navios pode ser feito com as embarcações atracadas no cais ou fundeadas. A operação é segura, com barreiras de contenção para evitar que qualquer produto caia no mar.

No Porto de Paranaguá apenas uma empresa faz esse serviço para a Petrobras. Sete marinheiros foram envolvidos no serviço, segundo o governo.

 

Com RPC TV

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