Fale com a gente

Paraná Geração "nem-nem"

No Paraná, 17% dos jovens nem estudam nem trabalham

Publicado

em

Quase um quinto dos jovens paranaenses (17,7% da população com idade entre 15 e 29 anos) não estuda e nem trabalha (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Quase um quinto dos jovens paranaenses (17,7% da população com idade entre 15 e 29 anos) não estuda e nem trabalha. É o que revelam dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mais recente módulo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que trata sobre educação.

Segundo o estudo, o porcentual de jovens que não trabalha nem estuda atingiu 17,7% no Paraná no ano passado. Em 2017, era 17,3%. Ainda assim, o dado estadual é melhor do que a média nacional. No país, 23% dos jovens brasileiros nem estudam nem trabalham. Na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos, quando os jovens deveriam estar na universidade e estagiando, o porcentual é ainda maior: 27,7%.

Analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren) do IBGE, responsável pela apresentação da pesquisa, a pesquisadora Marina Águas pede para que esses jovens não sejam chamados de “geração nem, nem”.

“O fato de nem estarem estudando, nem trabalhando não significa que sejam inúteis. Uma grande parte das mulheres, por exemplo, está ocupada com o trabalho doméstico, com o cuidado de idosos e crianças. Há questões de gênero importantes por trás dessa estatística”, argumenta ela.

Os dados, inclusive, corroboram com o comentário da especialista. No Paraná, por exemplo, apenas 12,7% dos homens com até 29 anos não estudam e nem trabalham. Entre as mulheres, entretanto,o porcentual é de 23,1%.

Além disso, questões de raça também parecem envolvidas: entre as pessoas de cor ou raça branca, 16,8% não trabalham e nem estudam. Entre os negros e pardos, o porcentual sobe para 19,2%.

Outro dado relevante apresentado no estudo é que o analfabetismo voltou a crescer no Paraná. Hoje, 5% da população paranaense com 15 ou mais anos de idade não sabe ler nem escrever. Um ano antes, o porcentual era de 4,6%.

 

Analfabetismo entre gêneros

Entre os homens a situação se mantém estável nos últimos anos. Em 2016 o analfabetismo atingia 4,1% da população masculina, caiu em 2017 e voltou ao patamar anterior um ano depois. Entre as mulheres há uma tendência de aumento. Em 2016, 4,8% delas eram consideradas analfabetas. No ano seguinte 5,5% e em 2018 uma nova alta, alcançando a marca de 5,8%.

 

Com Bem Paraná 

Continue Lendo

Copyright © 2017 O Presente