Número de imóveis financiados que foram notificados ou a leilão cresceu 81% no Paraná, diz associação

O número de imóveis e terrenos financiados que foram notificados ou a leilão no Paraná cresceu 81% no primeiro semestre de 2019, no comparativo com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Nacional dos Mutuários (ANM).

De janeiro a junho deste ano, 458 imóveis financiados pela Caixa Econômica Federal – um dos principais bancos financiadores – foram a leilão, segundo a associação. No mesmo período de 2018, 252 imóveis foram leiloados.

Conforme a associação, o não pagamento de três meses consecutivos da prestação permite que o imóvel seja levado notificado e levado a leilão. O processo, segundo a ANM, é rápido. Por isso, a recomendação é para buscar a renegociação com o banco ao primeiro sinal de dificuldade.

“Para tudo tem que ter dinheiro. Dar uma entrada, refinanciar. Tem a incorporação, a pausa, existem várias situações para tentar se livrar do leilão”, explica o presidente da ANM, Luiz Alberto Copetti.

Além disso, segundo ele, há cuidados para serem tomados antes do financiamento, como não comprometer mais do que 30% da renda com a dívida e fazer o cálculo dos impostos e da escritura – gastos no momento da compra.

“Tem que ver o que realmente pode comprar, o que cabe no bolso, para não comprar um imóvel que amanhã ou depois não possa pagar”, diz o presidente.

O contador Rondinelli Pereira passou por momentos de desespero quando descobriu que a casa onde mora com a família iria a leilão.

 

 

 

“Eu tinha uma escolha. Ou eu paga a minha casa ou a comida da minha casa. Eu não tinha outra coisa pra fazer”, conta.

 

Ele diz que ficou sem pagar a prestação e recebeu o aviso sobre o leilão. O contador afirma que procurou ajuda, foi ao banco e renegociou a dívida, o que impediu a perda da casa.

“A sensação foi de encostar a cabeça no travesseiro e dormir em paz”, explica.

Com G1