Paraná segundo o Corpo de Bombeiros
Número de mortes por afogamento cai mais de 70% no primeiro mês da Operação Verão no Paraná
O número de mortes por afogamentos registrou queda de 71,4% no primeiro mês da Operação Verão 2019/2020. De acordo com o Corpo de Bombeiros, duas pessoas morreram desde o dia 21 de dezembro, enquanto na temporada passada foram sete vítimas.
A quantidade de afogamentos graves também caiu, de dez para quatro. Conforme o levantamento, outro número que reduziu foi o de salvamentos aquáticos – que considera ocorrência em meio líquido, como praias e rios do litoral. Na temporada passada, foram 478 ocorrências e nesta foram 417, sendo 61 casos a menos.
A Tenente Virgínia Turra, considera o resultado bom e afirma que os banhistas estão mais responsáveis.
“O levantamento mostra que menos pessoas precisaram de salvamentos, então é sinal de que as medidas de prevenção do Corpo de Bombeiros estão sendo mais eficientes. Além disso, os números também representam que as pessoas estão mais atentas, responsáveis e orientadas”, explica Turra.
A tenente alerta os veranistas sobre a importância das bandeiras de sinalização nas praias, que indicam os pontos seguros para o banho.
O uso das bandeiras segue os padrões internacionais para que o significado seja entendido até mesmo por estrangeiros. São seis bandeiras: vermelho sobre amarelo, preta, verde, amarela, vermelho e duplo-vermelho, que possuem significados distintos.
Turra ainda lembra que somente é seguro para o veranista nadar no local que fique entre duas bandeiras vermelhas sobre amarela, que sinalizam a área protegida por guarda-vidas.
“É importante que os banhistas mantenham as atitudes corretas que estão tendo, como ficar próximo sempre dos postos de guardas-vidas e não ingerir bebidas alcoólicas antes de entrar na água”, disse ela.
O Corpo de Bombeiros do Paraná está com um efetivo de mais de 700 militares e guarda-vidas civis em todo o Paraná. Há também apoio da aeronave do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas. Segundo a tenente, somente no litoral são mais de 430 guarda-vidas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, duas pessoas morreram desde o dia 21 de dezembro, enquanto na temporada passada foram sete vítimas (Foto: Arnaldo Alves/AEN)
Águas-vivas
Apesar dos resultados mais baixos, o Corpo de Bombeiros registrou um número de queimaduras por águas-vivas/caravelas maior do que na temporada passada nas praias do litoral paranaense. Foram 3.520 casos em um mês, enquanto na operação verão passada foram 986.
“Qualquer aumento nesse sentido é negativo, mas considerando a média que é de 5.966 casos, ainda estamos abaixo. Na operação de 2016/2017 foram 20.760 casos de queimaduras por águas-vivas”, comentaTurra.
O Corpo de Bombeiros orienta que, em caso de contato com água-viva ou caravelas, o banhista deve limpar o local da queimadura com água do mar, sem esfregar. Não se deve usar álcool e nem água doce sobre o ferimento. Para aliviar a ardência, de acordo com os bombeiros, pode-se aplicar vinagre.
Número de queimaduras por águas-vivas/caravelas maior do que na temporada passada nas praias do litoral paranaense (Foto: Divulgação/Sesa)
Nos postos de guarda-vidas localizados nas praias do estado, os bombeiros disponibilizam vinagre para ser aplicado nestes casos, e os guarda-vidas estão treinados para auxiliar e orientar os banhistas a respeito do assunto.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ressalta que não se deve tocar em águas-vivas ou caravelas, mesmo que os animais pareçam estar mortos, na praia.
A Sesa afirma que águas-vivas e caravelas não atacam, e que os acidentes são registrados quando os animais encostam nos banhistas e, por isso, liberam substâncias que, na pele, causam as queimaduras.
O que fazer se for ‘queimado’ pela água-viva (Foto: Arte/TV Globo)
Com G1 PR