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Pai de aluna é suspeito de agredir estudantes de 11 anos, diz polícia

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Segundo a polícia, suspeito acreditava que adolescentes agredidas participaram de uma briga no colégio envolvendo a filha dele (Foto: Reprodução/RPC)

O pai de uma aluna do Colégio Estadual Eduardo Michelis, em Missal, é suspeito de agredir outras duas estudantes de 11 anos. Segundo a Polícia Civil, a vítimas foram confundidas pelo homem, que deve responder por tentativa de homicídio. Ele é considerado foragido.

Ainda de acordo com a polícia, o pai acreditava se tratar das duas meninas que aparecem em um vídeo brigando com a filha dele no colégio.

As imagens foram feitas no dia 22 de outubro e divulgadas pela Polícia Civil nesta quinta-feira (8).

O delegado Denis Zortéa Merino, responsável pelo caso, disse que duas adolescentes foram agredidas pelo homem na segunda-feira (3). A mãe de uma das meninas registrou um boletim de ocorrência contra o suspeito. “O fato é que ele ameaçou. Disse que ia matar quem se envolveu em confusão com a filha dele. Ele foi pego ali agredindo com muita agressividade uma das meninas. Se ninguém interviesse, acredito sim que ele poderia ter levado a vítima a óbito”, comentou o delegado.

Merino disse ainda que o pai recebeu pelo celular o vídeo da briga. Nas imagens, a filha do suspeito e outras duas meninas aparecem brigando.

Ainda conforme o apurado pela polícia, o homem, que não mora em Missal, foi até a cidade para tirar satisfação com as agressoras da filha. As duas meninas agredidas disseram, no entanto, que estudam em turnos diferentes e não conhecem a outra adolescente.

A direção do colégio informou que também registrou boletim de ocorrência e que suspendeu as adolescentes envolvidas na briga.

Segundo o delegado, Pereira tem passagem pela polícia e há contra ele um mandado de prisão a ser cumprido.

 

Perseguição e ameaça

Uma das meninas foi atacada em um ponto de ônibus enquanto esperava o transporte para ir à escola, segundo a polícia. Ela disse a amigos que o homem chegou e puxou os cabelos dela e que foi salva por vizinhos, que impediram que ele continuasse as agressões.

No fim da tarde do mesmo dia, a outra estudante lembra que seguia com uma amiga pela rua quando percebeu a aproximação do homem, que as seguia. Com medo, correram na tentativa de fugir. Mas, ela tropeçou e foi alcançada pelo agressor.

“Ele me levantou pelos cabelos, me jogou numas pedras lá e começou a gritar comigo dizendo ‘Por que você bateu na minha filha? Você acha bonito bater na filha dos outros?’. Pedi ajuda e ele me deu tapas e socos na boca”, contou a menina.

A mãe, que estava em casa, foi avisada por um vizinho.

Em seguida, o suspeito fugiu. Antes, dizem mãe e filha, ele as ameaçou.

“Saí correndo. Pensei que ela tinha sido atropelada. Até cruzei com ele [o suspeito] no caminho. Ele ameaçou de voltar. Tenho medo. A gente não sabe o que pode acontecer, né?”, observou a mãe.

A adolescente agredida ainda não voltou ao colégio e se recupera em casa dos ferimentos.

 

Com G1

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