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Paraná Ranking nacional

Paraná lidera o crescimento da produção industrial de 2019

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(Foto: Divulgação)

O setor automotivo foi o que mais contribuiu para o crescimento da produção industrial paranaense. O estado liderou o ranking nacional entre janeiro e novembro de 2019, com alta de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, ficando à frente de Amazonas (3,5%) e Goiás (3,3%). Os resultados foram divulgados pelo IBGE e revelaram, ainda, que o Paraná esteve na contramão do desempenho da indústria nacional, que registrou queda de 1,1% no acumulado do ano.

Quando se avalia o resultado de cada segmento, o setor automotivo foi o que fez a maior diferença, com crescimento de 27% em relação ao ano de 2018. O setor de fabricação de máquinas e equipamentos veio em segundo lugar, com 12,7%. A produção de alimentos cresceu 6,6%. Máquinas, aparelhos e materiais elétricos tiveram alta de 6,2%, enquanto os produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) aumentaram a produção em 4,7%.

Entre os produtos que mais influenciaram o crescimento desses setores estão, no segmento automotivo, a produção de automóveis, de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, e reboques e semirreboques. Máquinas para colheitas, ares-condicionados e equipamentos para refrigeração e ar-condicionado foram os produtos que impulsionaram a alta no setor de máquinas e equipamentos. No setor de alimentos, destaque para carnes e miudezas de aves congeladas, rações para animais e açúcar cristal.

Para Evanio Felippe, economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), a boa performance do setor automotivo pode estar relacionada ao aumento nas vendas e à melhora do cenário econômico. “Houve redução na taxa de juros, recuperação do emprego e expansão na oferta de crédito, indicativos de que as pessoas estão voltando a consumir e a fazer financiamentos. Em 2018, já percebemos uma evolução no setor automotivo, que já apresentava alta de 16,5% de janeiro a novembro daquele ano”, explica. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a produção de veículos entre janeiro e novembro de 2019 teve alta de 10,3%, demonstrando a recuperação pela qual o setor vem passando.

 

EMPREGO IMPULSIONA CRESCIMENTO

Os dados de emprego também contribuíram para os bons resultados. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o saldo foi positivo: a diferença entre admitidos e demitidos em 2019, na indústria de transformação do Paraná, foi 7.918. “Com mais pessoas no mercado de trabalho, o consumo aumenta, o que favorece diversos segmentos da indústria, impulsionando a produção”, comenta o economista.

 

EXPECTATIVAS

Segundo a pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central, a projeção é que a produção industrial nacional cresça 2,10% em 2020, ante ao resultado de -1,1% entre janeiro e novembro de 2019. Para o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, além dos resultados positivos do último ano, outros fatores contribuem para a expectativa otimista. “A aprovação da Reforma da Previdência, a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica, a taxa de inflação dentro dos parâmetros estabelecidos pelo COPOM, a redução da taxa de juros básicos da economia ao menor nível da história, bem como os saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), são alguns dos fatores que influenciaram positivamente as expectativas dos industriais, inclusive os paranaenses”, explica.

Ele acrescenta que a Reforma Tributária e os investimentos em infraestrutura também podem contribuir para este cenário. “Ao diminuir a complexidade do sistema de cobrança e unificar tributos, a Reforma Tributária pode gerar ganhos em eficiência para as empresas. Já os investimentos em infraestrutura podem criar oportunidades de empregos, como também ampliar e melhorar as oportunidades de novos negócios”, completa o presidente.

Essa prospecção reforça o que foi apresentado na Sondagem Industrial realizada pela Fiep em 2019, pesquisa que mostrou que 80% dos industriais do estado estão otimistas para 2020. “Entre os otimistas, 57% esperam melhorias na conjuntura econômica e 49% apostam em abertura de novos negócios”, explica Evanio.

 

Com assessoria

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