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Paraná Dados do Inca

Paraná registra um novo caso de câncer a cada quinze minutos

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(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

A cada quinze minutos, um novo diagnóstico de câncer é registrado no Paraná. A estimativa para 2021, feita pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão auxiliar do Ministério da Saúde, é que ao longo deste ano 35.060 paranaenses serão diagnosticados com algum tipo de tumor, o que dá, ainda, a média de 96 casos novos de neoplasias por dia.

O número serve de alerta. Desde 1998 o Brasil celebra em 27 de novembro o Dia Nacional de Combate ao Câncer, que tem como objetivo ampliar o conhecimento da população brasileira sobre as neoplasias, principalmente sobre a sua prevenção.

Entre os diversos tipos de neoplasias existentes, os mais comuns no estado (considerando-se a localização primária da neoplasia maligna) são os casos de câncer de pele (não melanoma), com 8.390 casos estimados para este ano, seguido ainda pelo câncer de próstata (3.560 diagnósticos), pelo câncer de mama feminina (3.470) e pelo câncer de cólon e reto (2.480).

Para se prevenir do problema, o INCA preparou algumas dicas de saúde. Uma delas, considerada a mais importante, é não fumar, o que previne, principalmente, os cânceres de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago. Além disso, também é importante manter o peso corporal adequado e uma alimentação saudável, com ingestão rica em alimentos de origem vegetal (como frutas, legumes, verduras e cereais) e se evitando alimentos ultraprocessados (como aqueles prontos para consumos ou prontos para aquecer, bebidas adoçadas, etc).

A prática de exercícios físicos é igualmente fundamental, bem como a vacinação contra a hepatite B (o câncer de fígado está relacionado à infecção pelo vírus causador da hepatite B) e contra o HPV (para as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos) e a realização do exame preventivo (Papanicolau), que deve ser feito a cada três anos por mulheres que tenham entre 25 e 64 anos.

Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas (especialmente se combinado com o consumo de tabaco), evitar comer carne processada e não se expor ao sol entre 10 e 16 horas (usando proteção adequada quando tiver de fazê-lo, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios) também são outras medidas importantes e que podem fazer a diferença.

 

Mortes em alta

Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, revelam que o número de mortes causadas por neoplasias está em alta no Paraná nos últimos anos. Em 2016, por exemplo, 13.877 falecimentos tiveram como causa associada algum tipo de câncer. No ano passado, último período com dados disponíveis, já foram 14.832 registros, o que aponta para uma alta de 6,88% no período analisado. Números que reforçam, ainda, a importância de se adotar as medidas preventivas, garantindo uma maior e melhor qualidade de vida.

Entre os diversos tipos de cânceres, os que mais matam são as neoplasias dos órgãos digestivos (média de 4.874 mortes por ano no Paraná), seguido pelas neoplasias do aparelho respiratório e dos órgãos intratorácicos (2.241), pelo câncer de próstata (1.020) e pelo câncer de mama (1.001).

 

Gastos com câncer de intestino devem crescer 88% até 2030

O INCA lançou a campanha do Dia Nacional de Combate ao Câncer focando nos casos de câncer de intestino (colorretal), o quarto mais incidente no Paraná, com 2.480 diagnósticos por ano, sendo que 30% desses casos ocorrem devido a fatores comportamentais, como má alimentação, tabagismo e inatividade física.

A estimativa do INCA, inclusive, é que as despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) com pacientes diagnosticados com câncer colorretal suba 88% no Brasil até 2030, com o valor saltando de R$ 545 milhões (montante gasto em 2018) para algo próximo ou até superando a marca de R$ 1 bilhão.

“Estratégias de prevenção primária voltadas à promoção da alimentação saudável, manutenção de peso corporal adequado, prática de atividade física regular, redução do consumo de bebidas alcoólicas e interrupção do uso do tabaco têm grande potencial de reduzir os gastos associados com o câncer colorretal no Brasil”, ressalta Liz Almeida, chefe da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA.

 

Com Bem Paraná

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