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Paraná responde por 28% dos empregos da indústria de transformação no Brasil

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Dados do Caged apontam que o Paraná foi o quinto estado do país em geração de vagas nos últimos 12 meses, puxado principalmente pelo bom desempenho do setor automotivo (Foto: Gilson Abreu)

O saldo de empregos gerados na indústria de transformação no Brasil, nos últimos 12 meses, foi de 14.300 postos de trabalho. Este é o melhor resultado dos últimos três anos. O Paraná acompanhou a tendência nacional, com saldo positivo de mais de quatro mil vagas preenchidas. É o quinto estado do país que mais contratou no período, representando 28% dos empregos totais no setor. Os dados foram divulgados no fim de agosto pelo Caged.

No acumulado de janeiro a abril de 2018, a indústria de transformação também teve saldo positivo de 12 mil empregos. Porém, de maio a julho, devido à paralisação nacional do transporte rodoviário, o setor perdeu força e as demissões superaram as admissões, resultando em 3,8 mil postos de trabalhos fechados. “Com o retorno às atividades, os dados mostram que o setor seguiu a tendência de recuperação que vinha confirmando até maio. A expectativa é retomar gradativamente o ritmo de crescimento”, avalia o economista da Fiep, Marcelo Alves.

A alta no número de admissões, nos últimos 12 meses, pode ser atribuída, principalmente, à boa performance de sete principais setores: o Automotivo (3164); de Máquinas e Equipamentos (1571); Alimentício (612); de Produtos Químicos (604); da Madeira (590); de Borracha e de Material Plástico (417) e fabricação de Produtos Diversos (401).

Outros sete segmentos da indústria tiveram as maiores baixas nos últimos doze meses, saldo de -5.033 vagas. Entre os que mais demitiram estão o de Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (-2412); produtos Minerais Não-Metálicos (-752); Têxtil (-617); de Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (-616); de Metal (-531); Impressões e Gráfico (-84); e de produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (-21).

O resultado por cidade do Paraná também é reflexo dos setores que desempenharam melhor. São José dos Pinhais, principal polo automotivo do estado, foi a cidade que mais gerou empregos nos últimos 12 meses, cerca de 1.200. Pontal do Paraná (1.045), Cascavel (956), Curitiba (883), Fazenda Rio Grande (617), Palotina (578), Marechal Cândido Rondon (564), Medianeira (453), Quatro Barras (409) e Ivaté (403) também se destacaram.

Já os municípios com redução acentuada de vagas foram Umuarama (-1400); Maringá (-573); Piraí do Sul (-470), Araucária (-328), Matelândia (-320); Tapejara (-243); Iporã (-229); Francisco Beltrão (-228); Cianorte (-212); e Altônia (-211).

No acumulado de 2018, considerando todos os setores econômicos, o Paraná abriu aproximadamente 32,7 mil vagas de emprego. Entre 2017 e 2018, o número é de 40,5 mil novos postos de trabalho. Só na indústria, foram 15 mil admitidos neste período. O setor foi o segundo que mais contratou, superado apenas pela área de serviços, com mais de 28 mil trabalhadores admitidos.

 

Pesquisa trimestral

A pesquisa trimestral do IBGE, que teve como base os resultados de abril, maio e junho, aponta que apesar do resultado positivo, o forte impacto sentido pelo Paraná com a greve dos caminhoneiros comprometeu o resultado. O estado tem uma taxa de desemprego em torno de 9% ou de mais 540 mil pessoas desocupadas. O dado está abaixo da média nacional, de 12%, mas pior que a média da região Sul, que é 8,2% de trabalhadores desempregados. “Historicamente a taxa de desemprego do Paraná se mantem 2% ou 3% abaixo da taxa de desemprego brasileira. Isso mostra uma dinâmica específica da economia paranaense e também da região sul”, analisa o economista da Fiep.

Amapá, Alagoas e Pernambuco foram os estados com as maiores taxas de desemprego (21%, 17% e 16%, respectivamente). Já Rondônia, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, foram campeões em contratações. Nossa vizinha do Sul também foi a unidade da federação que mais gerou empregos na indústria de transformação nos últimos 12 meses. Mais de 10 mil novos postos de trabalho, segundo o Caged, superando estados São Paulo (-6.200), Minas Gerais (5.600), Rio de Janeiro (-4.300) e Rio Grande do Sul.

 

Com assessoria

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