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Paraná Economia

Produção industrial do Paraná repete bom desempenho em fevereiro

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Em relação ao mesmo mês do ano passado, resultado superou o crescimento de 8,1% em janeiro, chegando a 10,8% agora (Foto: Gelson Bampi)

Os números da produção industrial do Paraná divulgados nesta terça-feira (09), pelo IBGE, sugerem que o setor aos poucos vem se recuperando das perdas dos anos anteriores. Após o período de crise e de um ano atípico, com greve dos caminhoneiros e indefinições no cenário eleitoral, a indústria do estado traz pelo segundo mês consecutivo indicadores de crescimento. Em relação a janeiro, houve alta de 1,1%, valor maior que o registrado pela média nacional, que foi de 0,7%.

Em relação ao mesmo mês de 2018, o crescimento foi ainda melhor, 10,8%, índice bem superior aos 2% da média nacional. O Paraná foi o segundo estado que mais evoluiu comparando-se fevereiro de 2018 com o de 2019. O primeiro foi o estado do Pará, com 12,7% de crescimento. Os vizinhos do Sul ficaram bem abaixo do Paraná nesta avaliação, com Rio Grande do Sul e Santa Catarina registrando 7,2% e 3,5% de alta, respectivamente.

O resultado positivo se repete quando se avaliam os indicadores do bimestre, o acumulado do ano, que apontam elevação de 10,3% em relação ao primeiro bimestre de 2018. Só para se ter uma ideia da relevância do resultado, em nível nacional, este mesmo índice registrou queda de 0,2%. “O Paraná foi o estado que mais cresceu no país neste primeiro bimestre de 2019, enquanto a produção industrial brasileira registra queda. O estado já apresenta sinais de recuperação com resultados robustos, acima dos vizinhos Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que no mesmo período tiveram crescimentos menores, de 6,7% e 2,7%, respectivamente. E este é um fato importante a ser considerado”, avalia o economista da Fiep, Evânio Felippe.

Quando se analisa a composição do crescimento divulgada pela pesquisa do IBGE, identifica-se que as atividades que mais influenciaram no crescimento da produção industrial paranaense em fevereiro deste ano, com relação ao mesmo período do ano anterior, foram o setor automotivo, de alimentos e de máquinas e equipamentos. Já o setor da madeira e de produtos químicos foi o que teve menor participação no resultado. “Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que houve elevação tanto na produção quanto na comercialização (vendas) de veículos no país, o que explica este crescimento mais robusto no Paraná, que é um importante parque industrial do segmento no país. No setor de Alimentos, também houve alta na produção de carnes, rações e de chocolates no período”, analisa.

No resultado do bimestre, além do setor automotivo e de alimentos, um dos que mais contribuiu foi o de produtos derivados do petróleo. “Um dos motivos que explicam o crescimento do setor é o crescimento das exportações de petróleo nos dois primeiros meses deste ano acima de 400%”.

 

Mercado de trabalho

O número de vagas de trabalho no estado acompanha o bom resultado da indústria. De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), só nos dois primeiros meses deste ano, a indústria de transformação do Paraná criou 7.633 novos postos de trabalho. O resultado é 11,5% maior do que o registrado no primeiro bimestre de 2018. O setor de produtos de metal gerou 866 empregos; borracha e plástico, 708; automotivo, 662; e de aparelhos e materiais elétricos, 379 novas vagas.

 

Com assessoria 

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