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Paraná Concurso 2018

Professoras de São Miguel do Iguaçu vencem Agrinho e faturam carro zero km; confira os demais vencedores

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As professoras vencedoras, bem como as os alunos que participaram da competição por meio de desenhos e redações (Foto: FAEP/Divulgação)

Como acontece todos os anos desde 1996, quando o Concurso Agrinho passou a premiar as boas iniciativas das salas de aula paranaenses, a proteção ao meio ambiente e o respeito pelo produtor rural estiveram no pódio das experiências pedagógicas premiadas em 2018.

As professoras vencedoras, bem como as os alunos que participaram da competição por meio de desenhos e redações, foram revelados nesta segunda-feira (05), em uma grande cerimônia realizada no Expotrade Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, que reuniu mais de 1.400 pessoas.

Pais, estudantes, docentes, autoridades e lideranças rurais de todas as regiões do Estado participaram desta grande festa da educação. O evento é a coroação e um ano de trabalho, dentro e fora das escolas, onde professores e alunos juntaram forças para estreitar os laços entre o campo e a cidade, mostrando que existe uma interdependência entre estes dois cenários e a harmonia entre eles é a chave de uma vida melhor.

Este ano foram inscritos no concurso mais de 7 mil trabalhos. Apenas na categoria Experiência Pedagógica foram 700, para, ao final escolher quatro iniciativas da rede pública e uma da rede particular de ensino. Desde o ano passado, também é premiado um docente na categoria Agrinho Solos, somando seis vencedores ao todo. Cada um levará para casa um carro zero quilômetro. Os estudantes premiados recebem tablets e laptops.

Este ano a primeira colocada entre as professoras da rede pública no concurso Agrinho 2018 veio da cidade de São Miguel do Iguaçu (região Oeste). Paula Rosângela Manente, da Escola Municipal Serafin M. de Souza, trabalhou com seus alunos as relações entre o campo e a cidade no projeto “Do campo à mesa”, que utilizou a origem dos alimentos para tratar deste tema.

“É uma emoção indescritível, um evento desta dimensão valorizando o trabalho árduo dos professores em sala de aula”, afirmou a vencedora na cerimônia de encerramento.

A segunda colocada da rede pública foi Ana Paula Mara, da Escola Municipal Heitor Ditzel, de Ponta Grossa (Campos Gerais). Seu projeto vencedor tratou da implantação de uma rádio dentro da escola, a Rádio Comilão, que envolveu familiares e a comunidade do município em prol dos bons hábitos de alimentação.

A professora Márcia Aparecida Hyoshimotom, da Escola Municipal Therezinha Bagatin, em Terra Boa (região centro-ocidental), levou a terceira colocação com o projeto “A influência da tecnologia na agricultura e na nossa mesa”, que promoveu uma reflexão entre as crianças, mostrando que equipamentos agropecuários também carregam muita inovação e tecnologia.

De Quatro Barras (região metropolitana de Curitiba) veio a quarta colocada entre as escolas públicas. A professora Taiza Tanajura Klemba da Escola Municipal João C. da Silva, trabalhou o preconceito linguístico e a valorização do homem do campo entre os jovens.

A vencedora entre as escolas particulares foi a professora Ana Paula Ghellere, do Colégio Franciscano Nossa Sra. de Fátima, em São Miguel do Iguaçu. Seu projeto “Reeducação alimentar – plante essa ideia, valorize quem planta”, buscou promover a saúde e valorizar o produtor rural paranaense, que é o grande responsável por levar o alimento à mesa. “Foi o reconhecimento de um trabalho de um ano inteiro, estou muito feliz”, disse ao receber a chave do automóvel.

Na categoria Agrinho Solos, que neste ano chega à sua segunda edição no Concurso Agrinho, a professora Lia Marcia da Silva, da Escola Municipal São Sebastião, na cidade de Castro (Campos Gerais) foi a vencedora. Seu projeto “Alunos em defesa da natureza preservando seu maior patrimônio: o solo”, envolveu a comunidade escolar e a população do município em ações de conscientização e preservação deste recurso natural. “O sentimento é de gratidão. Só tenho a agradecer a Deus por esse prêmio”, disse.

 

Agrinho

O Programa Agrinho é a maior iniciativa de responsabilidade social do Sistema FAEP/SENAR-PR, que já foi inclusive replicado em outros estados e até outros países de língua portuguesa. Todos os anos a iniciativa mobiliza cerca de 1,5 milhão de alunos e 80 mil professores em todo Paraná. Ao longo do ano, os docentes utilizam os materiais didáticos do Agrinho para levar para as salas de aula temas transversais como cidadania, ética, segurança pessoal e meio ambiente.

O Concurso Agrinho, cuja premiação ocorreu hoje (05), premia as melhores experiências pedagógicas desenvolvidas pelos professores ao longo do ano e também os alunos. Também existem as categorias Escola Agrinho, Município Agrinho e Núcleo Agrinho, que são premiados anualmente.

O projeto conta com o apoio institucional da Copel, Governo Federal, Caixa Econômica Federal, Sanepar, BRDE, Viapar, Rumo Logística, Governo do Paraná, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Tribunal de Justiça do Paraná, Ministério do Trabalho e Emprego, Receita Federal, Ministério Público do Trabalho, Tribunal Regional do Trabalho, Banco do Brasil, Itaipu Binacional, Dow AgroSciences, além de prefeituras de diversos municípios.

 

Discurso do presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR

Nosso planeta está ameaçado e, por consequência, nós também.

Assim, precisamos cuidar com carinho e eficiência dele para nosso bem e para o bem das gerações futuras.

Esta é a mensagem que o Programa Agrinho traz este ano o que, na verdade, é uma síntese do que tem feito desde a sua instituição, há 23 anos.

Sustentabilidade é um termo que engloba as ações de defesa do nosso planeta e que nós poderíamos traduzir em ações que o SENAR-PR vem realizando, capacitando trabalhadores e produtores rurais para que produzam mais, com mais eficiência e com respeito ao meio ambiente.

O Agrinho nasceu sob a égide da sustentabilidade, preocupado com a saúde da família rural e com o cuidado que se deve ter com o meio ambiente.

Com o passar dos anos, o Agrinho alargou sua área de atuação e incorporou temas de importância para a formação da cidadania, questões éticas, direitos e deveres, a saúde pessoal e a saúde do planeta.

Fico muito orgulhoso em saber que esses ensinamentos chegam às novas gerações, levados por esses notáveis professores do ensino básico, a quem rendo minhas homenagens.

O Agrinho, não canso de repetir, é o programa que olho com mais carinho no SENAR-PR porque é dedicado a crianças e jovens e porque leva a eles lições importantes de cidadania e sustentabilidade. Ajuda a prepará-los para uma vida correta e de respeito.

Mas o SENAR-PR vai além no apoio à nossa juventude, com programas como o Jovem Agricultor Aprendiz, que já capacitou mais de 50 mil jovens de 14 a 18 anos, com cursos que variam de 80 a 280 horas, preparando-os para a gestão de propriedades e para que possam entrar para cursos profissionalizantes específicos da área rural.

Ou cursos da Aprendizagem de Adolescentes e Jovens, uma exigência legal para empresas que tenham mais de sete trabalhares e são obrigados a contratar aprendizes entre 14 e 24 anos.

Mas o SENAR-PR não é só Agrinho e cursos para jovens.

É muito mais.

Sua função legal é capacitar trabalhadores e produtores rurais nas mais diversas atividades do meio rural. Desde que foi criado em 1993, passaram pelo SENAR-PR mais de 2,6 milhões pessoas.

Juntamente com outras instituições voltadas para o campo, ajuda explicar porque o Paraná deu um salto extraordinário na produção e na produtividade agropecuária.

Não basta desenvolver a tecnologia, é indispensável capacitar quem a utiliza.

Não é por acaso, portanto, que o SENAR-PR criou o Programa Empreendedor Rural para capacitar em elaboração de projeto da área agropecuária e que já o fez com mais de 22 mil trabalhadores e produtores rurais, onde se destaca a participação de mulheres, hoje mais envolvidas nas lides do campo, principalmente na gestão da propriedade, base para o sucesso da produção rural.

Recentemente, o Senar criou o Programa Herdeiros do Campo, visando evitar que os jovens saiam do campo e que a propriedade da família acabe abandonada.

O Herdeiros do Campo procura sensibilidade as famílias proprietárias a pensar com que fazer com a propriedade quando ela for herdada. É preciso decidir com antecedência qual dos herdeiros será o gestor e qual o arranjo familiar para a continuidade do empreendimento.

Mas este encontro de hoje tem como finalidade a entregar prêmios a alunos e professores do ensino básico que participaram do Programa Agrinho durante este ano. É sempre uma data muito feliz para mim e para toda família do Sistema FAEP/SENAR-PR.

É o resultado do esforço de secretários municipais de educação, de chefes de núcleo de educação, de diretores e, principalmente, de professores. De professores e técnicos que fizeram parte da banca que examinou milhares de trabalhadores feitos nas escolas para chegar a este momento.

Trata-se, também, de um grande esforço de técnicos, supervisores e funcionários do Sistema FAEP/Senar e de dirigentes e mobilizadores dos sindicatos.

Não seria possível este encontro sem o apoio que tivemos de nossos parceiros: o Governo do Estado através das secretarias de Educação, Meio Ambiente, Justiça e Agricultura e Abastecimento, do Instituto Ambiental do Paraná, do Tribunal Regional do Trabalho – 9ª Região, do Ministério Público do Trabalho, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Paraná, da Receita Federal – 9ª Região Fiscal, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Banco de Desenvolvimento da Região Sul, da SANEPAR, da Itaipu Binacional, da Viapar e da empresa ferroviária Rumo Logística.

Agradeço a todos esses parceiros pela confiança que tem demonstrado neste programa de grande alcance social.

Agradeço aos secretários de educação dos municípios, chefes de núcleo de educação, diretores e professores de escolas públicas e particulares que se empenharam em suas escolas para que seus alunos pudessem receber os conteúdos das cartilhas do Agrinho, Aos pais que vieram assistir com orgulho a premiação de seus filhos.

Agradeço a presença de nossos ilustres convidados que aqui vieram testemunhar este momento de alegria.

Meu muito obrigado.

Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR.

 

Com FAEP

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