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Paraná Fortalecimento regional

PTI: 15 anos fomentando o desenvolvimento sustentável e tecnológico

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Desde 2006, 338 ideias de negócios foram submetidas às incubadoras do PTI, que tem duas unidades em Foz do Iguaçu e uma filial em Marechal Rondon (Foto: Divulgação/PTI)

 

Em maio de 2003, a partir da articulação da usina de Itaipu junto ao Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (Itai) e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), começava a ser escrita a primeira das muitas páginas do livro que conta a história de uma comunidade inteira voltada para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.

Dois mil e dezoito marca os 15 anos do nascimento da intenção de se criar um ambiente de ciência, tecnologia e inovação, em documento pactuado por 37 autoridades brasileiras e paraguaias: o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). “Hoje temos um panorama de inclusão, democratização, tecnologia, informação, inovação, caminhando para fazer com que a região Costa Oeste sirva de exemplo não só para o Paraná, mas para o Brasil, exemplo de integração e realização, colocando que o que é tecnológico e científico precisa estar de forma positiva presente no cotidiano dos municípios e das pessoas”, resume o diretor superintendente do PTI, Jorge Augusto Callado.

Servindo como braço direito para transformar a região Oeste por meio de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, o PTI foi criado pela Itaipu Binacional como fruto da sua expansão e, para viabilizar esta missão, promove desde sua fundação a união entre empresas, centros de pesquisa, laboratórios e instituições de ensino. “Por termos uma missão multitarefas, atuando voltados para turistas até cientistas e em todas as áreas, desde a sustentabilidade, educação, ciência, tecnologia, inovação, cultura e empreendedorismo, entre tantas outras que englobam o desenvolvimento regional nós estamos presentes, promovendo soluções tecnológicas para a Itaipu Binacional e apresentando inovações”, enaltece em entrevista ao O Presente.

 

Referência

Dentro deste amplo portfólio, menciona Callado, o PTI já tornou-se referência em diversas áreas de atuação, entretanto, entre os objetivos está aumentar a eficácia dessa característica. “E queremos fazer isso sempre cada vez mais próximos da sociedade, da comunidade, porque todas as nossas ações devem chegar na vida das pessoas, dos municípios e da região, transformando essas realidades, sejam desde os nossos planos de saneamento para os municípios até a incubação de novos negócios, para aquelas pessoas que têm boas ideias e querem transformar essas ideias em negócios”, enaltece.

 

Parcerias

Um dos principais marcos na história do PTI aconteceu em 2017, quando a Itaipu Binacional ampliou a área de atuação socioeconômica e ambiental para os 54 municípios do Oeste do Paraná, permitindo que, com o apoio do governo federal, o PTI se tornasse um polo global de sustentabilidade, contribuindo para o avanço econômico e social regional.

De 2017 até agosto de 2018, mais de 30 convênios foram assinados entre o PTI e diversas instituições governamentais e não-governamentais e nesses 15 anos de atuação foram mais de 260 convênios, entre fomentos, termos de patrocínio, acordos de cooperação e protocolos de intenção. “O PTI foi fundado por um grupo de pessoas de grande visão e extremamente competentes, tanto que hoje vemos o resultado dessa iniciativa que prosperou muito graças a todas as parcerias e apoios que existem, sendo a principal delas com a Itaipu Binacional, que nos ampara não somente em termos estruturais, mas também institucionais”, salienta Callado. “A relação entre as duas organizações é extremamente acertada e temos uma harmonia muito boa entre a diretoria do PTI e da Itaipu, o que nos propicia a assinatura de novos convênios que estão sempre à disposição da região Oeste”, complementa.

O diretor superintendente do PTI observa que a fundação não pode manter um centro de conhecimento fechado para si mesma, mas, sim, estar muito além de suas barreiras físicas. “Precisamos estar muito além dos nossos 75 hectares, onde coabitam empresas, universidades, centros de pesquisa, projetos de educação, empreendedorismo, cultura, inovação e negócios”, salienta.

A estrutura do PTI conta com mais de 60 laboratórios usados por estudantes e pesquisadores de diversas instituições, mais de 50 salas de aula e 11 espaços de eventos.

Acompanhando o alçar de voos

Pelo desenvolvimento social estar conectado ao desenvolvimento econômico local, o Parque Tecnológico Itaipu tem entre seus principais projetos o fomento à incubação de negócios. Além de uma incubadora na sede do PTI, conta com uma unidade na Uniamérica, também em Foz do Iguaçu, e uma filial em Marechal Cândido Rondon.

São nas incubadoras que nascem empresas das mais diferentes áreas, como tecnologia, construção, gestão e sustentabilidade e agronegócio. Desde 2006, 338 ideias de negócios foram submetidas, 56 novas empresas já passaram pela incubadora e 13 já ocuparam o condomínio. Até o final de 2018 a projeção é que as três unidades da incubadora gerem mais de 1,5 mil postos de trabalho, com uma receita de R$ 52 milhões. “O objetivo da incubadora é justamente transformar a intenção que a pessoa tem em projetos factíveis, que tenham aplicação, pois muitos têm boas ideias que, se não sistematizadas, se não colocadas de acordo com a realidade, são lançadas ao ar e não se concretizam”, enfatiza Callado.

Na primeira filial da Incubadora Santos Dumont no município rondonense, constituída em parceria com a prefeitura e a Associação Comercial e Empresarial (Acimacar), as primeiras ideias começaram a ser incubadas em 2017. Hoje, dentre as 12 empresas incubadas, três são de Marechal Rondon: Rondotec Tecnologia, Selfie Tecnologia, Embio, além da Ambioeste, empresa já graduada pela Incubadora Santos Dumont e apta a alçar grandes voos e definir novas conquistas. “Nosso papel com a incubadora é fazer a avaliação das ideias acerca da viabilidade, dar o suporte, auxiliar nos primeiros passos, colocar as boas ideias na rampa de lançamento e depois acompanharmos a altura do voo que as empresas vão alcançando. Felizmente os resultados têm sido muito positivos”, resume o diretor.

 

Projetando o futuro

Atualmente, o Parque Tecnológico Itaipu executa ações para o desenvolvimento em 54 municípios da região Oeste, congregados pela Associação do Municípios da Região Oeste do Paraná (Amop) e pela Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresarias do Oeste do Paraná (Caciopar). Apesar deste foco, Callado salienta que o PTI expande os seus resultados para todo o país, pois as demandas em que atua fortalecem o desenvolvimento de tecnologias nacionais, inovação, novos negócios e sustentabilidade. “Com a experiência desses 15 anos, vemos um cenário futuro muito positivo. A nossa vocação será ainda mais fortalecida. Teremos uma produtividade agrícola mais acelerada por meio dos nossos projetos, pois os produtores terão informação em tempo real de temperatura e umidade”, ressalta.

No âmbito educacional, o diretor superintendente do PTI prevê que a maioria dos cursos de mestrado e doutorado também serão voltados ao talento regional do Oeste paranaense. “E isso fará com que as pessoas da nossa região permaneçam aqui, trabalhando conosco, para que os talentos regionais sejam valorizados”, projeta.

Além disso, ele prevê o reforço do processo de internacionalização da fundação, a fim de que as boas soluções fomentadas pela entidade possam ser replicadas e aperfeiçoadas por outras instituições fora do Brasil. “Estamos caminhando para um cenário bastante positivo com os projetos do PTI, tendo em vista que a nossa agenda está voltada para um desenvolvimento responsável, sustentável, com bases técnicas e científicas”, conclui Callado.

 

 

Diretor superintendente do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Jorge Augusto Callado: “Estamos caminhando para um cenário bastante positivo com os projetos do PTI, tendo em vista que a nossa agenda está voltada para um desenvolvimento responsável, sustentável, com bases técnicas e científicas”

 

 

“Com a experiência desses 15 anos, vemos um cenário futuro muito positivo. A nossa vocação será ainda mais fortalecida”

 

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