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Paraná Índices negativos

Sem chuvas grandes desde maio, Paraná sente os efeitos da estiagem prolongada

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Foto: Divulgação

Desde a sexta-feira (13) passada, Cascavel tem rodízio no abastecimento de água. Outros municípios da região também estão em alerta e a Sanepar pede que o consumo seja feito de forma consciente. Na Grande Curitiba ainda não há risco de desabastecimento, mas desde a semana passada a barragem da Vossoroca, às margens da BR-376, está com seu nível bem mais baixo, um claro sinal da falta de chuvas. O Vossoroca não é utilizado para o abastecimento de água da região.

E é isso que está em falta em algumas regiões do Estado. O último período de chuva significativa foi registrado em maio, e mesmo assim na parte Sul do Estado. No Norte o índice ficou negativo. No Oeste o déficit vem desde abril. Em junho a média de chuva ficou negativa em praticamente todas as regiões, em comparação com a média histórica. No Oeste, por exemplo, choveu -140 mm a menos que a média.

Em julho o fenômeno se repetiu, com índices negativos na maior parte do Estado. Agosto também foi um mês seco, com pouca chuva. Em Loanda choveu apenas 1,6 mm. Chuva boa mesmo apenas na região da Serra do Mar, que terminou o mês com 200 mm de precipitação.

 

GRANDE CURITIBA

Na região de Curitiba, a Sanepar ainda monitora os reservatórios e não há qualquer previsão de racionamento. Apenas em um bairro de Fazenda Rio Grande, o Gralha Azul, é que a situação é de atenção, em razão da posição geográfica do bairro. De acordo com a Sanepar, os consumidores da região estão recebendo mensagens SMS com pedidos para que haja economia de água.

 

CASCAVEL FAZ RODÍZIO NO ABASTECIMENTO

Cascavel, que segundo a Sanepar é o único município onde há racionamento de água. Lá, desde a sexta passada é realizado um sistema de rodízio no abastecimento e que deve seguir até quinta-feira desta semana. Os bairros afetados pelo racionamento foram definidos conforme cronograma, ou seja, nem todos serão afetados no mesmo dia.

Esse sistema de rodizio de racionamento deve continuar nas próximas semanas caso o volume de água não retorne a normalidade ou o consumo reduza.

Outros municípios, de acordo com a Sanepar, ainda estão com abastecimento regular, porém há diversos alertas para que a população economize, em especial nas regiões Oeste, Sudoeste e Noroeste do Paraná.

Mas, mesmo para regiões que ainda não correm risco de desabastecimento, a Sanepar pede que o consumo de água seja feito de forma consciente, pois o consumo elevado pode prejudicar a produção, ainda mais em dias mais quentes, como aconteceu na semana passada, quando os termômetros chegaram a passar dos 40ºC no interior do Estado.

 

AGRICULTURA DE OLHO NO CLIMA; 2018 FOI DE QUEBRA NA SAFRA

Com o encerramento do vazio sanitário na semana passada, com o objetivo de evitar o fungo causador da ferrugem asiática, os agricultores paranaenses começaram o plantio da safra de soja. A previsão do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento é de que sejam colhidas 19,8 milhões de toneladas na safra 2019/2020, caso as condições climáticas sejam favoráveis. O plantio está liberado de 11 de setembro a 31 de dezembro, dependendo da região do Estado.

“No ano passado, tivemos percalços com a falta de chuva e o excesso de calor. Se os fatores climáticos colaborarem, neste ano a produção será 22% maior, o que representa uma recuperação da produtividade”, explica o chefe do Deral, Salatiel Turra. Na safra 2018/2019, a soja teve uma quebra de 17%, correspondente a cerca de 3 milhões de toneladas. Com relação aos preços, a saca de 60 kg agora é comercializada atualmente por R$ 75,00, valor considerando bom, já que cobre os custos de produção.

Depois de um período muito seco, o mês de setembro de 2018 começou com chuvas em algumas regiões do Estado, mas elas não foram suficientes para repor a umidade do solo e garantir a germinação da semente. No entanto, ainda é cedo para indicar possíveis perdas para a cultura, o que depende de outras variáveis.

“Se a escassez de chuva se prolongar mais, é possível que a safra tenha problemas. Por enquanto, a seca pode provocar atraso especialmente no Oeste, que é a primeira região do Estado a fazer a semeadura da soja”, afirma Turra. A intenção dos produtores paranaenses é plantar a soja o mais cedo possível, para adiantar o plantio do milho na segunda safra.

 

Com Bem Paraná

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