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Paraná Prisão temporária

STJ rejeita novo habeas corpus de Fernanda e Beto Richa

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Fernanda e Beto Richa: prazo de prisão preventiva termina no sábado (Foto: Divulgação)

A ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, rejeitou hoje (13) pedido de habeas corpus da defesa do ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB) e de sua esposa, a ex-secretária da Família, Fernanda Richa, presos desde a última terça-feira (11), na operação “Rádio Patrulha”, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual, que investiga suspeita de fraudes em obras de estradas rurais. Na noite de quarta-feira, o mesmo pedido para libertar o tucano e sua mulher já havia sido negado pelo desembargador Laertes Ferreira Gomes, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). A defesa do tucano recorreu então ao STJ.

A prisão temporária é válida por cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco ou convertida em preventiva, sem prazo. Na decisão de quarta-feira, o desembargador do TJ afirmou que as prisões são necessárias para evitar que eles e os demais detidos deturpem a investigação “orientando testemunhas e destruindo ou alterando documentos”. Richa e Fernanda são acusados de participar de um esquema que teria desviado mais de R$ 70 milhões através de fraude em licitações do programa “Patrulha do Campo”, de obras de melhorias em estradas rurais. Eles negam as acusações. As denúncias foram baseadas nas delações do ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR), Nelson Leal Júnior e do ex-deputado estadual Tony Garcia, amigo de infância do ex-governador.

Laurita Vaz negou, de uma só vez, em julho, 143 habeas corpus que pediam a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um ano antes, havia concordado com o benefício da prisão domiciliar ao ex-médico Roger Abdelmassih, condenado 278 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes em sua clínica de reprodução humana. O habeas corpus do casal Richa não tem prazo para ser analisado.

Um dos três filhos do casal, André Richa, também investigado na Operação Rádio Patrulha, prestou depoimento ontem na sede do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O irmão de Beto, o ex-secretário de Infraestrutura, José Pepe Richa, que também está preso prestou depoimento por volta das 15 horas. Beto e Fernanda que inicialmente deviam ser ouvidos hoje, devem depor amanhã.

 

Transferido

Além de Beto e Fernanda, Pepe Richa também foi transferido, hoje, para o Regimento da Polícia Montada, no bairro Tarumã, em Curitiba. Os outros 12 presos na operação do Gaeco estão no Complexo Médico-Penal, em Pinhais (região metropolitana de Curitiba), na Galeria 6 da detenção, conhecida por abrigar presos da Operação Lava Jato.

Estão entre os presos pelo Gaeco o ex-secretário Ezequias Moreira, o ex-diretor Geral da Secretaria de Infraestrutura Aldair Petry, o empresário Celso Frare, da empresa Ouro Verde, e o contador Dirceu Pupo. Também foram alvos de mandados de prisão, Edson Casagrande, ex-secretário de Assuntos Estratégicos, e o empresário Joel Malucelli. Casagrande se entregou hoje. Na terça-feira, Malucelli alegou estar em viagem à Itália e a assessoria informou que ele aguardaria orientação de seus advogados.

 

Com Bem Paraná

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