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Paraná Pandemia

Usina da UFPR de Palotina irá produzir álcool 70 a partir de bebidas alcoólicas

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(Foto: UFPR/Palotina)

O Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) contará, em breve, com uma Central de Produção de álcool 70 para auxiliar no combate à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O objetivo da central é destilar etanol de bebidas alcoólicas apreendidas pela Receita Federal para produção de álcool 70.

Pensando em auxiliar no combate à pandemia e em utilizar a estrutura já existente na instituição, um grupo de professores do Setor Palotina elaborou um projeto para destilar o etanol de bebidas alcoólicas apreendidas na fronteira do Brasil com o Paraguai. A iniciativa está firmando parceria com a Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu.

A infraestrutura utilizada para o projeto é da usina piloto de produção de etanol, adquirida pela UFPR há alguns anos para fins didáticos e desativada no segundo semestre de 2019, por conta de reformas no prédio. Antes disso, funcionava como laboratório didático quase que exclusivamente para produção de etanol a partir de cana-de-açúcar. A usina possui capacidade de destilar até 350 litros de etanol por dia e obtê-lo na forma hidratada (92ºGL), principal insumo para a produção do álcool 70 INPM e em falta no mercado no mercado nacional.

“O uso destas bebidas agregará valor a um produto impróprio para consumo e de descarte oneroso ao meio ambiente, tornando-o útil para a saúde pública e para a sociedade de uma maneira geral”, avalia Helton José Alves – químico, professor do Setor Palotina e diretor de Desenvolvimento e Integração (INTEGRA) da UFPR.

O projeto tem apoio financeiro do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Justiça do Trabalho (JT) no Paraná que, por meio da campanha “Esta Luta é de Todos Nós” da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), destinaram R$281.400,00 para a central. A verba doada, proveniente de multas aplicadas às empresas da iniciativa privada que cometeram algum tipo de irregularidade, está sendo utilizada para a construção de uma pequena edificação que deve garantir as condições adequadas para o funcionamento da usina. A responsabilidade pela execução financeira do projeto é da Funpar.

“A estrutura, uma edificação pré-moldada de 115 m², será capaz de expandir significativamente a produção de álcool 70, tornando o projeto de combate à Covid-19 já existente no Setor mais sustentável financeiramente e ambientalmente. A medida também ampliará o raio de atuação do projeto, podendo atingir outros municípios da região oeste do Paraná”, explica a diretora do Setor Palotina, Yara Moretto, garantindo que a proposta, além de atender o momento atual, manterá a produção após a pandemia e distribuirá o produto para as áreas de saúde e de segurança da região.

Alves afirma que mesmo quando o período de aceleração do contágio da Covid-19 passar, ainda haverá atenção redobrada nos estabelecimentos públicos de saúde. “Portanto, a demanda pelo álcool 70 (líquido ou gel) permanecerá por um período prolongado, o que exigirá a mobilização de toda a sociedade e também das universidades para viabilizar sua disponibilização, principalmente no atendimento a órgãos públicos”. Além da participação de vários docentes, o projeto envolve servidores técnicos administrativos e alunos de graduação e de pós-graduação do Setor Palotina.

Com Bem Paraná

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