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Paraná Alep

Veja o que pensam os deputados estaduais sobre a possibilidade de o Governo do Paraná tentar comprar vacinas contra a Covid-19

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(Foto: Divulgação)

A discussão sobre a possibilidade de o Governo do Paraná buscar a compra de vacinas contra a Covid-19 chegou à Assembleia Legislativa (Alep).

O estado iniciou a campanha de vacinação no dia 18 de janeiro, após receber a primeira remessa de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde, com 265 mil doses da CoronaVac.

Com a chegada de outros carregamentos com mais doses para as regionais do estado, a primeira etapa da imunização ocorre com aplicação da CoronaVac e também com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.

Por conta da grande demanda e da baixa disponibilidade de doses, entrou em discussão a possibilidade de o Governo do Paraná tentar a compra das doses.

No dia 20 de janeiro, o tema foi levantado novamente, quando o governador do estado, Ratinho Junior (PSD), não assinou uma carta em que outros 16 governadores do país pedem ao presidente Jair Bolsonaro que a diplomacia seja acionada para que China e Índia enviem insumos para a produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil.

A reportagem tentou contato com todos os 54 deputados estaduais do Paraná. Desses, 49 responderam se apoiam ou não a compra. Os outros cinco não retornaram ou não quiseram se manifestar.

Os parlamentares comentaram se são favoráveis ou contrários à possibilidade de o Governo do Paraná tentar comprar vacinas contra a Covid-19 por conta própria, de forma independente ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

Deputados que se declararam a favor:

Ademar Traiano (PSDB): afirmou ainda que a Alep transferiu R$ 100 milhões com esta finalidade;
Alexandre Amaro (PRB)

Alexandre Curi (PSB): se definiu como “totalmente a favor” da compra e reforçou a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para o governo comprar novas doses;

Anibelli Neto (MDB): disse que é a favor da compra, desde que a vacina seja aprovada pela Anvisa;

Arilson Chiorato (PT): definiu como “lamentável” a falta de assinatura do governador, Ratinho Júnior (PSD), na carta de governadores pedindo que Bolsonaro negocie insumos com outros países;

Artagão Junior (PSB): reforçou a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para o governo comprar novas doses;

Boca Aberta Junior (PROS): afirmou que “qualquer e toda vacina, independente do governo federal estadual ou municipal, é bem vinda nesse momento”;

Cantora Mara Lima (PSC)

Cobra Repórter (PSDB)

Delegado Francischini (PSL): disse que “toda ajuda administrativa ou financeira para aquisição de vacinas é importante neste momento”;

Delegado Jacovós (PR)

Delegado Recalcatti (PSDB): afirmou que o governo do estado deveria seguir a regra nacional, mas por conta das dificuldades e da necessidade da vacina para prevenir a doença “deve comprar a vacina de forma independente”;

Do Carmo (PSL)

Douglas Fabricio (PPS)

Emerson Bacil (PSL)

Evandro Araujo (PSC): destacou a “inoperância e o atraso, na compra das vacinas e no planejamento da vacinação pelo Ministério da Saúde” junto a gravidade da pandemia no estado. Além de reafirmar a necessidade de ser uma vacina aprovada pela Anvisa.

Francisco Buhrer (PSDB)

Galo (PODE): Reforçou a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para o governo comprar novas doses;

Gilberto Ribeiro (PPS)

Goura (PDT)

Homero Marchese (PROS)

Hussein Bakri (PSDB): Se definiu como favorável “no caso de haver qualquer inviabilidade do andamento do Programa Nacional de Imunização (PNI). Do contrário, o trabalho dos poderes estaduais deve ser atuar em parceria com o Ministério da Saúde na política de imunização”;
Jonas Guimarães (PSB): afirmou que “o Governo Federal está com uma irresponsabilidade muito grande […] e o certo é cada estado tomar a frente, quem tem recurso deve comprar a vacina e vacinar, pois o prejuízo para o estado é muito maior se não vacinarmos a população”. Reforçou também a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para o governo comprar novas doses;

Luciana Rafagnin (PT)

Luiz Carlos Martins (PP)

Luiz Claudio Romanelli (PSB): Reforçou a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para o governo comprar novas doses;

Mabel Canto (PSC): afirmou que “se temos a chance de adquirir, o estado precisa tentar buscar essas doses para nossa população”, além de reforçar a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para a compra de novas doses;

Mauro Moraes (PSDB)

Michele Caputo (PSDB): disse que o acesso à vacina é “fundamental”. Reforçou ainda que a compra não significa “jogar contra o programa nacional. É simplesmente utilizar recursos orçamentários destinados pela Alep para tal fim”;

Nelson Justus (DEM)

Nelson Luersen (PDT): afirmou que é a favor da compra “já que o governo federal não atua a contento”. Disse ainda que “o plano nacional é mais justo com os estados mais pobres”;

Paulo Litro (PSDB): é a favor “apenas caso o Programa Nacional de Imunização (PNI) se demonstrar insuficiente para atender a demanda de vacinação no estado”;

Plauto Miró (PSDB): Reforçou a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para o governo comprar novas doses;

Professor Lemos (PT)

Requião Filho (MDB): cobrou a falta de posicionamento do governador, Ratinho Júnior (PSD), na carta de governadores pedindo que Bolsonaro negocie insumos com outros países. Afirmou que “na ausência e na omissão do Governo Federal temos que agir”;

Rodrigo Estacho (PV): afirmou que entende a compra de vacinas como “uma ótima medida de enfrentamento da doença aqui no Paraná”, além de destacar que com isso o estado já estaria um passo à frente no processo de vacinação e que isso abre a possibilidade para uma “gestão muito mais inteligente na distribuição das vacinas” uma vez que “o governo estadual conhece melhor as demandas e as necessidades de cada região do Paraná, avaliando as cidades que estão com menos leitos de UTI disponíveis, regiões com maior índice de mortalidade, entre outros”;

Soldado Fruet (PROS): afirmou que o orçamento para a compra é algo que “pode ser assumido pelo Estado”, assim como reforçou a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para o governo comprar novas doses. Segundo o deputado o “governo estadual deve intensificar suas tratativas com o federal para ter informações precisas sobre o prazo de fornecimento por parte da União e se esse prazo for superior a 30 dias, deve comprar por sua própria conta a vacina”;

Tadeu Veneri (PT)

Tercilio Turini (PPS): destacou que “o Governo Federal perdeu várias oportunidades. O ideal seria que o governo federal tivesse antecipado e comprado as vacinas dentro do Programa Nacional de Imunização”. Reforçou também a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para o governo comprar novas doses;

Tiago Amaral (PSB): afirmou que é a favor da compra ainda que considere que “o ideal é sempre os entes (União, Estados e Municípios) fazerem parte de um plano nacional”;

Tião Medeiros (PTB): Reforçou a destinação de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná para o governo comprar novas doses;

Wilmar Reichembach (PSC)

 

Deputados que se declararam contrários:

Cristina Silvestri (PPS): defende que o estado permaneça no Programa Nacional de Imunização pela questão da centralização do controle, mas não descarta a possibilidade do estado ter que intervir e comprar vacinas por conta própria caso o Governo Federal atrase entregas ou dificulte acesso aos lotes;

Delegado Fernando (PSL): afirmou que o Governo do Paraná segue a linha do Programa Nacional de Imunização, e que iniciativas isoladas de aquisição desmontam a lógica do PNI, pois “cria desequilíbrio entre estados e municípios e não democratiza o acesso”. Além disso, em referência ao Governo Federal afirmou que “quem compra para mais de 200 milhões de pessoas compra melhor e mais barato do que para 11 milhões de pessoas”;

Gilson de Souza (PSC): destacou o Programa Nacional de Imunização e afirmou que “neste momento precisamos pensar e agir verdadeiramente como uma nação e respeitar o planejamento, pois entendo que se cada estado trabalhar de forma independente poderá prejudicar esse plano, acarretando, inclusive, em maiores custos para aquisição das vacinas”;

Gugu Bueno (PL): afirmou que o Paraná deve seguir o Plano Nacional de Imunização;

Luiz Fernando Guerra (PSL): disse que o Paraná deve seguir o Plano Nacional de Imunização e “caso ocorra problemas na distribuição ou ela for ineficiente, não atingindo a totalidade da população, por exemplo, ai sim, o estado deve adquirir doses de forma independente”;

Maria Victória (PP): disse que é contrária, mas preferiu não comentar o posicionamento;

Ricardo Arruda (PSL): se posicionou contra porque o Governo do Paraná está em diálogo constante com o Ministério da Saúde, no processo que envolve a imunização e, acredita que o Programa Nacional de Imunização – PNI, realiza um trabalho democrático de acesso à vacinação, permitindo que todos os estados e municípios recebam de forma justa e igualitária as doses da vacina. Segundo o deputado “um programa que existe há mais de 50 anos, que já logrou êxito em diversos processos de imunização para mais de 200 milhões de pessoas, tem muito mais experiência para adquirir vacinas do que estados isoladamente”;

Soldado Adriano (PV): defende o fortalecimento do Plano Nacional de Imunização (PNI) para aplicação das doses contra a Covid-19, de forma que todos os estados da federação estejam ligados ao Ministério da Saúde.

 

Veja a lista de quem não retornou ou optou por não se manifestar:

Coronel Lee (PSL): preferiu não se manifestar;

Dr. Batista (PMN): não retornou;

Marcio Pacheco (PPL): preferiu não se manifestar;

Subtenente Everton (PSL): preferiu não se manifestar.

 

Com G1

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