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Poder Legislativo Denúncias

Depois de Pedralli pedir cassação do mandato de Nilson, agora é Nilson que pede cassação de Pedralli

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Montagem/O Presente

 

O vereador Nilson Hachmann, de Marechal Cândido Rondon, denunciou seu colega de Câmara, Josoé Pedralli, no Ministério Publico e também no Legislativo rondonense por suposta fraude em empresa de consultoria nos anos de 2009 e 2010 e solicitou abertura de CPI para cassação de mandato.

Nilson justifica que após o recebimento de várias denúncias fez uma investigação sobre Pedralli e descobriu que nos anos de 2009 e 2010 ele “mantinha uma consultoria de fachada para receber uma espécie de ‘mensalinho’ do governo municipal”. Na época, Pedralli era suplente de vereador pelo MDB.

Nilson afirma que apurou que os recebimentos da época ultrapassaram as cifras de R$ 30 mil, sem a realização de licitação. “Ou seja, sua consultoria era contratada diretamente”, diz.

O denunciante também destaca que a empresa de consultoria, de forma curiosa, prestava serviços quase que exclusivamente para a prefeitura, conforme as notas de prestação de serviços emitidas junto à Receita Federal.

Nilson comenta que também levou a conhecimento do Ministério Público o fato de que entre os anos de 2012 e 2016 Pedralli teve uma variação patrimonial de mais de 750%.

Na sessão de ontem (18) da Câmara, Nilson ainda destacou mais um fato que para ele causou estranheza: a esposa do assessor de Pedralli na Câmara é sócia de uma empresa de comércio de presentes e chocolates de propriedade do parlamentar.

“Após algumas denúncias anônimas de cidadãos rondonenses resolvi fazer uma breve investigação sobre algumas atitudes suspeitas do vereador Pedralli. Descobriu-se então o que pode ser um sistema audacioso e engenhoso de mensalinho. Enquanto era suplente de vereador pelo PMDB e não assumiu a cargos da prefeitura, suspeita-se que prestava consultoria de fachadas para encobrir uma remuneração mensal da prefeitura ao equivalente a R$ 5 mil por mês. Tais consultorias sequer passavam por licitação, mas eram contratadas diretamente pela prefeitura comandada pelo seu grupo político. Através dos documentos solicitados à prefeitura e da numeração das notas fiscais, pode-se notar que a empresa de consultoria do vereador Pedralli prestava apenas serviços quase que exclusivamente para a prefeitura, nesse esquema de mensalinho”, destaca Nilson, acrescentando: “Nesses mesmos documentos não constavam objeto ou detalhamento dessa consultoria, tão pouco o contrato de serviço. Como não há fornecimento de materiais ou obras palpáveis, é um tipo de fraude que é muito difícil de ser detectada, mas que se mostrou nos últimos anos ser uma prática muito comum de desvios e recursos públicos. Tendo em vista tudo isso, levei essas informações ainda ontem ao conhecimento do Ministério Público para que tomasse as medidas que julgasse necessárias. Ao mesmo tempo, protocolei, durante a sessão de ontem à noite, um pedido de abertura de CPI de cassação do mandato do vereador Pedralli. Constatamos também e verificamos na declaração de imposto de renda do vereador que de 2012 a 2016 tem uma variação patrimonial aumentada em 153%. Nos chamou muita a atenção esse número. Esse número não é nosso, ele está no site do Tribunal de Contas, e qualquer cidadão pode acompanhar. O que mais causou espanto, no levantamento, foi que todos esses documentos a mim enviados, todas as notas fiscais emitidas pela empresa, quase que exclusivamente eram emitidas na prefeitura. Ele emitiu a nota 59, 60, 62, 63, 65 e 68, todas elas no ano de 2009, então uma sequência de seis notas. E em 2010 ele emitiu a nota 73, 74 e 75. E o que mais me causou estranheza foi, no discurso dele de ontem à noite, dizer que essa empresa também encerrou suas atividades. Então dá para suspeitar de que essa empresa foi aberta única e exclusivamente para prestar serviços ao município de Marechal Cândido Rondon”, enfatizou.

 

Denúncias contra Nilson

No último dia 28 foi Pedralli que protocolou na secretaria da Casa de Leis denúncia contra o vereador Nilson Hachmann. Pedralli acusa Nilson de ter utilizado empresas jurídicas em nome de terceiros, mas que seriam de propriedade dele, para participar de processos licitatórios e fazer venda direta à prefeitura.

As supostas irregularidades apontadas pelo denunciante teriam sido cometidas desde 2009 até agora. Nilson Hachmann foi secretário municipal de Viação e Obras de 2009 a 2012 e, atualmente, exerce cargo de vereador em mandato assumido em 2017.

O denunciante também entregou à Câmara de Vereadores documentos no qual, ele afirma, ficariam comprovadas as irregularidades. A mesma documentação foi entregue por Pedralli ao Ministério Público.

 

O Presente com Rádio Difusora

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